segunda-feira, março 31, 2008
Cristiano Ronaldo, anteontem, contra o Aston Villa
Melhor que o golo só mesmo os comentários. Muito aconselhável.
fnv à presidência (se o Filipe se candidatar, juro que pago as quotas em atraso)
1) O Benfica sempre na linha da frente da inovação organizacional: temos um director desportivo que é o melhor jogador da equipa e um presidente que nem conhece as regras do jogo.
não dá para fazer um referendo?
cuba libre
O Iraque, Pacheco Pereira e o politicamente correcto
Hoje tiro o meu chapéu a Pacheco Pereira que, coerentemente e com base nos factos e não nas opiniões dominantes ou na prosa fácil tipo Sousa Tavares, recusa-se a aceitar as verdades impostas pela opressão socialista que domina as nossas sociedades. Sendo ele um homem de esquerda, dos poucos que se dão ao respeito, aqui fica a minha admiração.
Etiquetas: Pacheco Pereira
sexta-feira, março 28, 2008
APRITEL diz que telecomunicações não são alvo de diploma sobre concorrência desleal
Até onde é que pode ir a pouca-vergonha das empresas portuguesas que se estão perfeitamente a borrifar para as leis?
A APRITEL expressou em comunicado algumas considerações acerca do Decreto-lei 57/2008 sobre concorrência desleal e que levou à publicação de notícias sobre a taxação das chamadas móveis ao segundo, com a limitação dos arredondamentos das chamadas.
No entender da Associação dos Operadores de Telecomunicações, o diploma é "vocacionado para outros sectores de actividade, não visando impor aos operadores de comunicações electrónicas, e aos consumidores clientes do sector, qualquer alteração às actuais ofertas comerciais".
Com o intuito de acabar com as especulações e dúvidas levantadas no mercado ao longo do dia de ontem, a APRITEL frisou o impacto que este sector tem na economia, assim como as vantagens significativas que a concorrência acentuada entre operadores tem trazido para o consumidor português, nomeadamente através dos diferentes planos de preços oferecidos por cada empresa, todos com "preços ao nível dos melhores da Europa".
No mesmo comunicado, a associação refere que "o aperfeiçoamento da oferta levou a que os operadores pratiquem unidades de tarifação diversificadas, sofisticadas e reduzidas (minuto seguido de fracções de minuto, unidades para SMS ou MMS, ou Megabit, …), em particular se comparadas com a prática noutros sectores de actividade" e que os tarifários em vigor são "transparentes, amplamente divulgados aos clientes e conhecidos por estes, não suscitando quaisquer dúvidas quanto à sua duração e ao preço final a pagar".
Posto isto, a APRITEL considera que "seus Associados continuarão […] a procurar enriquecer e sofisticar as suas ofertas comerciais e, em particular, os seus modelos tarifários" e salienta que "o ruído criado acerca de uma hipotética proibição não encontra nenhum fundamento na directiva agora transposta".
Já ontem o TeK tinha confirmado junto das operadoras que não se prvia nenhuma alteração ao sistema de tarifação das chamadas a partir de dia 1 de Abril.
Se quando eu compro 1,33 kg de cerejas pago 1,33 kg de cerejas, porque carga de água se permite às operadoras cobrar tarifas ao minuto e pôr tarifários tão complexos que nunca é possível comparar, para uma verdadeira e sã concorrência? E depois ainda fazem de nós parvos a dizer que essa panóplia de ofertas é para nosso bem.
Se houvesse um só plano tarifario uniforme, taxado ao segundo, os preços viriam de facto por aí abaixo até estarem próximo do preço de custo. Isso sim era concorrência. Assim, é só fachada.
Istambul faz hoje 68 anos
Quando os Romanos conquistaram a Grécia, Bizâncio tornou-se uma cidade livre, mas subordinada de Roma.
Em 324,d.C., após uma batalha, o imperador romano Constantino pernoitou uma noite em Bizâncio, durante a qual terá tido o sonho de transformar a cidade.
Após de 6 anos de obras que mais que triplicaram o tamanho da cidade, o imperador inaugurou a sua cidade, Constantinopla, substituindo Roma como capital do império. Assim, "durante 1599 anos, 10 meses e 17 dias", a antiga Bizâncio chamou-se Constantinopla, em honra do primeiro imperador Romano cristão.
Durante longos séculos, foi a maior cidade do mundo, mas não resistiu à invasão turca de 1453. Mesmo assim, o nome manteve-se, até que neste dia em 1930, Kemal Ataturk terá decidido alterar o nome da milenar cidade para "Istambul, expressão de origem grega eis tem pólin, que significa “na cidade”.
Hoje parece que já não resta nenhum vestígio de Bizâncio, e “a única recordação de Constatino Magno é a coluna epónima em pórfiro calcinado que ainda atrai os olhares dos turistas”.
E assim se mantém, na minha opinião, a única razão pelo qual se pode afirmar que a Turquia é um país ocidental e europeu…
são rosas, senhor
Ingrid Betancourt
ataque em Jerusalém
Há semanas, um palestiniano entrou numa escola em Jerusalém e disparou indiscriminadamente contra os estudantes que, na altura, se encontravam a rezar. Provocou 8 mortos e diversos feridos. Este vídeo foi agora divulgado, contendo algumas fotografias na sequência do ataque.
quinta-feira, março 27, 2008
FITNA
Sempre Eça
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!
"As Farpas", 1871.
POVO
Serviço Público
Ainda a cena marada da ESCM!
E não resisto a comentar porque esta história é toda ela fabulosa!
Uma professora que permite que os telemóveis estejam ligados durante uma aula de francês, para os alunos ouvirem música. Onde terá ela aprendido o que quer que seja…?
Uma Mãe que liga para a filha no decorrer de uma aula. Grande exemplo.
A rapariga que mostra um desrespeito pela professora, mais velha e (suposta) autoridade dentro da sala, provavelmente em linha com o que lhe é exigido em casa.
Um colega que não se lembra de nada melhor do que filmar e publicar a cena deplorável. Talvez uma dose de vergonha não lhe fizesse mal.
E no fim das contas, transferem-se os miúdos de escola. À laia de castigo? Ou de segregação?
Acabe-se com o casamento! E com os contratos!
OL 2008 - Dalai Lama
Hillary in Tuzla: The Tale of Bosnian Sniper Fire (TRAILER)
Quem não tem acompanhado as primárias norte-americanas, provavelmente não saberá, mas Hillary, à semelhança de McCain, é também um heroína de guerra (ou será viciada em heroína!?).
quarta-feira, março 26, 2008
sobre boicotes
para inglês ver
barbarian corner aka cantinho dos bárbaros
energias renováveis
blond girl in West Africa
terça-feira, março 25, 2008
balls
ups
A Message from John Cleese
Inventem-se novos... transportes!
(também postado aqui)
Clinton tale
ler os outros - com a devida vénia
não há direito
concorrência desleal
é fazer as contas
Esqueletos no armário
Paul Newman
"e tu Manuela, quanto ganhas?"
segunda-feira, março 24, 2008
Timor
Antão?
NÚMEROS CURIOSOS - Música
NÚMEROS CURIOSOS - Música
evangelização
um ligeiríssimo pormenor, diga-se
e a cor da lingerie da noiva, não interessa?
quid iuris: e se o casamento não tiver sido consumado, persiste a obrigação de informação?
NÚMEROS CURIOSOS - Suicídio
NÚMEROS CURIOSOS - Suicídio
Religião e praça pública
In Expresso, 21 de Março de 2008
João Carlos Espada
Creio que a tentativa de exclusão da religião da praça pública exprime um impulso autoritário e antiliberal. Boa Páscoa
Na passada terça-feira, tive o grato prazer de rever o meu amigo Vicente Jorge Silva - que, em 1981, primeiro me convidou a escrever no Expresso. O reencontro deveu-se a Teresa de Sousa e ao seu agradável programa televisivo ‘Clube de Imprensa’, na RTP 2, para o qual convidou também o padre Peter Stilwell.
O tema foi ‘valores, religião e democracia’ e terá sido suscitado pelas recentes declarações do Presidente Sarkosy acerca do papel positivo que os valores cristãos podem ter para a democracia. Parece que o assunto provocou grande polémica em França, o que não foi o caso no nosso debate. Em boa verdade, penso que a controvérsia francesa exprime o arcaísmo da cultura política gaulesa.
Que Estado e religião devem ser separados é um princípio adquirido pelas democracias liberais (ainda que em Inglaterra e na Escandinávia a liberdade religiosa tenha convivido com uma igreja estabelecida) . Mas a França tem uma interpretação peculiar dessa separação: acha que ela implica a hostilidade do Estado para com as religiões. E, em França, essa hostilidade é entendida como um princípio liberal.
Vejo com dificuldade como poderia ser liberal a hostilidade do Estado para com a religião. Se a religião for livremente escolhida pelas pessoas, e não coercivamente imposta pelo Estado, por que razão seria liberal hostilizar a religião? Por que razão deveriam ser colocados obstáculos à livre expressão religiosa na praça pública?
Suponho que haverá duas razões, nenhuma delas particularmente recomendável. A primeira consiste em confundir praça pública com Estado. Mas a praça pública não é o Estado: é um espaço informal, não centralmente organizado, de conversação interpessoal onde as pessoas e instituições cruzam argumentos rivais. Querer limitar a presença da religião na praça pública implica querer limitar a liberdade de expressão e a liberdade de consciência.
Outra hipótese consiste em atribuir à democracia e à liberdade um propósito substantivo: a modernização, ou a secularização, ou a libertação das pessoas do jugo do mito, ou da tradição, ou da religião. Não vejo nada de mal em que essa interpretação possa existir, exprimir-se e concorrer com outras. Mas já tenho sérios obstáculos a que queira adquirir estatuto constitucional. Isso equivaleria a capturar a Constituição para um ponto de vista particular - em vez de ela consagrar as regras do jogo que permitem a convivência pacífica entre diferentes pontos de vista particulares.
Em suma, creio que a tentativa de exclusão da religião da praça pública exprime um impulso autoritário e antiliberal. Boa Páscoa.
quinta-feira, março 20, 2008
NÚMEROS CURIOSOS - Moda
quarta-feira, março 19, 2008
Porreiro Pá! Porreiro
O Baptistério da Morgada de Sintra – Capítulo II – 4ª parte
A interrogação de Doroteia, proferida com um esgar que não se sabia se de dor ou comoção, como que ecoou, repetidamente, na sua própria cabeça. Enquanto aguardava pela resposta que não vinha, sentiu a corrida rápida do Macau por entre as suas pernas. Nunca entendera por que bulas o raça do bichano se aventurava em gincanas humanamente impossíveis para chegar ao seu destino. A qualquer destino. Nunca uma tíbia e um perónio verticalmente arrumados entre um tornozelo e um joelho escaparam à felina inclinação do bicho para o atletismo. Nos Novelões sempre se orgulharam da visão aquilina do Macau. Uma bomba! Dizia-se que cheirava qualquer rato a, pelo menos, 5 jardas de distância... a não ser que o Cónego Malaquias se interpusesse entre ele e o murídeo. A sotaina deslavada, pela qual o prelado dizia ter grande afeição (por certo proporcional ao facto de não ter outra), cegava qualquer lince. Mesmo já entrado praticamente na oitava vida, o Macau não dispensava o seu exercício, agora ainda mais radical, porquanto desde o óbito do Cónego, velado com todas as honras na capela dos Novelões, não mais o odor da talar veste se desalojara das suas vítreas retinas.
- Sai, Macau! Deixa o Pai em paz! gritou Doroteia. Estava visivelmente perturbada. Sempre o gato devotara por D. Jerónimo uma fidelidade canina. Estava agora claro que até o cego animal o via. E lambia sofregamente a esfumada silhueta, agora exangue. Pálida. E à medida que Macau passava a língua por ela, mais esbatida ficava. O grito de Doroteia procurava, sobretudo, que o gato não tragasse, lambidamente, aquela paterna aparição. Que seria, o seu Pai sorvido!
- Sai Macau! que também a ti te entrego à China... Era ao som desta ameaça que todos os meninos nos Novelões eram seduzidos a comer a sopa, ou a arrumar o quarto dos brinquedos, ou a não depenar vivos os cisnes do lago. A China era uma criada que, por trabalhadeira e barata, um antigo Senhor da Casa trouxera do Oriente, quando por lá andou quase dois anos em missão que se sabia, se não secreta, seguramente sigilosa. Dela não restou coisa alguma. Nem sepultura. Só a memória da pedagogia persuasiva das suas inusitadas feições.
A nitidez de D. Jerónimo estava claramente a sofrer a erosão do bicho. Mas permanecia quedo, estático, imóvel. Branco como a cal. Porém feito de sal. Mais petrificado estava D. Jerónimo do que a mulher de Lot, à vista da destruição de Sodoma. Macau por fim lá se escapuliu, depois de ter procurado, em vão, contornar as ossadas pernilongas de D. Jerónimo. Mesmo petrificado, salinizado, era apenas fumo. Fumus salis, como diria o Cónego Malaquias. E por certo, dotado que era de uma perspicácia quase humana, o instinto privilegiado lhe teria recomendado que evitasse a ingestão excessiva de cloreto de sódio. Morrer cego, ainda vá. Hipertenso, sendo gato, é que não!
- Bernardo?! Que fazes tu aqui?!, repetiu Doroteia.
Religião e Ciência, Princípio, Meio e Fim
Pensar nisto do ponto de vista de um ateu positivista deve ser preocupante. Se não há mais para conhecer, se a ciência está a chegar ao seu limite, o que faz o Homem agora? A questão é interessante porque permite contrapôr a perspectiva perante a vida e o conhecimento do ateu positivista, ou "crente" na ciência, e do crente na religião.
Se pensarmos um pouco vemos que o conhecimento que nos é dado pela religião é mais amplo do que o permitido pela ciência, pelo menos em dois aspectos que, curiosamente, correspondem exactamente aos extremos do nosso percurso terrestre, aquilo a que se convencionou chamar vida.
No início está a origem. O "crente" agarra-se a uma teoria do "big bang" que não tenta sequer explicar de onde é que o próprio surgiu, o que é que havia antes desse suposto "big bang". O crente, por seu lado, afirma que existe Deus, o Criador.
No fim está a morte. O conhecimento procurado pelo "crente" termina nessa altura, quando as ossadas se desfazem em pó. O crente crê que existe algo após a morte que não sabe o que é mas que liga à sua origem, a Deus.
O "crente" rejeita a religião pelo que o seu conhecimento do Meio, que é muito, fica limitado entre o Princípio e o Fim. O crente aceita a ciência pelo que o seu conhecimento é ainda maior do que o do "crente", pois inclui Princípio, Meio e Fim.
Felizmente para o "crente", as conclusões na Gulbenkian foram que ainda havia muito para descobrir entre o Princípio e o Fim.
OBAMA: a more perfect union (2)
Problemas de referência
Em primeiro lugar, o sistema de preços de referência (SPR) não "penaliza o doente". O SPR é uma alternativa ao sistema de comparticipação, em que o utente para uma percentagem do preço fixado pelo produtor, e o resto é pago pelo Estado. No SPR, o utente só paga a diferença entre o preço do medicamento que escolhe comprar e o preço de referência (que no caso português é o preço do medicamento genérico mais caro). Não percebo como é que dizem (BE e PCP) que o SPR penaliza o doente. Se o utente sai penalizado, é por uma de duas coisas - ou não quis comprar o genérico (e então não sai penalizado, porque escolheu), ou o seu médico não o deixa comprar o genérico.
Ao contrário do que se diz, a escolha não tem de ser necessariamente do médico, e é por aí que deve passar a "revolta". Porque é que não exigem a prescrição por DCI (denominação comum internacional), por exemplo? A culpa, desta vez, não é do Sistema.
Outro ponto curioso é a questão dos 60%.
"No mercado de medicamentos que têm genéricos, 60 por cento das embalagens vendidas são de medicamentos de marca, o que contribuiu para um aumento significativo da despesa dos cidadãos"(...) E "quase 60 por cento dos medicamentos têm um preço superior ao de referência."
Se 60% das embalagens são de marca, e o preço de referência é o do genérico mais caro, estranho seria que 60% dos medicamentos (que são a totalidade dos medicamentos de marca) tivesse um preço mais baixo que o genérico mais caro. Parece-me que o mais grave destes 60% não é contribuir para o aumento da despesa, mas sim não contribuir para a sua diminuição.
Por fim, mais uma vez se confirma que as mudanças administrativas nos preços não são mais do que meras operações de cosmética "para inglês ver". Melhor dizendo, para português engolir, com um pouco de água.
Etiquetas: Política de saúde
OBAMA: "A more perfect union"
Os detractores insistem em dizer que Obama não passa de um bom orador. A questão é que os discursos de Obama vão muito além da forma. Experimentem ouvir, de facto, o que ele diz. Vão ver que vai muito além da simples oratória. Este discurso de há 2 dias em que é abordada a questão racial é de antologia e vai muito além da discussão entre Esquerda e Direita. E embora esteja cada vez mais convencida de que Obama dificilmente ganha a eleição, a verdade é que não há muitos como ele.
spam (ao cuidado da esquerda e dos pseudo-liberais de direita)
(...)
O Divórcio na Hora consiste num requerimento electrónico de divórcio que permita a dois cidadãos requerer o seu divórcio por acordo, por via electrónica e fazendo uso das tecnologias já existentes e do CC (Cartão do Cidadão), com igual valor legal que o requerimento em papel com assinaturas a caneta.
Neste projecto estiveram envolvidas e colaboraram várias entidades, entre as quais destacamos a Multicert, a INCM, os CTT, a SonaeCom.
(...) O conservador a quem foi presente o primeiro divórcio electrónico alinhou com a mesma interpretação jurídica e proferiu decisão administrativa a declarar dissolvido o casamento, dispensando a apresentação do requerimento tradicional em papel, dando assim origem a uma nova era de e-justice impar ao nível mundial, colocando Portugal num patamar elevado do e-government.
Em termos práticos, significa que qualquer cidadão português poderá usar o seu CC que lhe permite assinar documentos electrónicos sem sair de casa, nomeadamente, o divórcio electrónico agora inventado por este português.
O divórcio electrónico poderá servir para já apenas para casos que não envolvam realidades jurídicas complexas, nomeadamente quando não existam bens comuns, filhos menores, ou alimentos. Brevemente serão ainda lançados outros tipos de divórcio electrónico, através deste portal, menos imediatistas, envolvendo outros operadores, designadamente, mediadores, psicólogos e mandatários, para casos mais complexos que envolvam questões afectivas.
Januário Lourenço é pós-graduado em direito da comunicação pela Faculdade de Direito de Coimbra, com tese publicada no livro “Estudos de Direito da Comunicação”, exercendo como mandatário e especialista em direito do ciberespaço desde 2000, tendo sido técnico de Internet sénior da SonaeCom.
O site onde pode ser prestado este serviço é o www.divorcionahora.com e está disponível a partir de hoje e gratuitamente, para emitir divórcios electrónicos. Este portal faz igualmente parte do recente projecto Procuração na Hora.PT" (Recebido por e-mail. Aconselho vivamente a leitura do parágrafo sublinhado. Tudo patrocinado pelo Eng.º Belmiro)
Os "twentysomethings"...
- Gen Y
- Gen Why
- Nexters
- Net Generation
- Boomlets
- Baby Busters
- The Millennials
São os filhos dos Boomers.
Não sabia...
terça-feira, março 18, 2008
imprescindível
Da tirania que trouxeram os republicanos
Os resultados deste "mix" de atributos nunca poderiam ser os melhores, como efectivamente não foram. Aliás, o resultados foi invariavelmente um retrocesso no processo de democratização dos estados ou a manutenção de tiranias com um grau de violência muito superior e comandados directamente pelo tirano republicano. Tirano esse que nunca hesitou em perseguir muitos dos que o ajudaram a chegar ao poder. Alguns exemplos:
No Reino Unido, o único período em que os repúblicanos governaram, com os Cromwell, é hoje unanimemente reconhecido como o de maior tirania e despotismo violento na História daquele país. Violência que se manifestou também contra os seus partidários.
Em França, a revolução foi o "mar de sangue" conhecido, inovadora nos seus detalhes de barbaridade como o primeiro genocídio de que há memória nos tempos modernos, na Vendeia. O resultado foi um ditador, Napoleão, que ambicionou governar toda a Europa e matou e pilhou o mais que pode para o concretizar.
Em Portugal, a História é bem conhecida. Os republicanos mantiveram a cidade de Lisboa sob terror durante 7 anos e criaram as condições para o início da ditadura salazarista.
Na Russia, não vale a pena fazer qualquer descrição. Os números falam por si.
Em Espanha, tirando uma curta experiência no século XIX, a república eleita de 1931-1936 caracterizou-se por actos de selvajaria que prenunciaram o descalabro da Guerra Civil. Só na cidade de Madrid morreu 5 vezes mais gente entre 1931 e 1933 do que em 35 anos de atentados da ETA.
Finalmente em Itália, a república foi imposta num referendo em que os republicanos, fazendo jus às suas virtuosas qualidades, manipularam o resultado de forma a que a monarquia perdesse.
Estas são as tristes histórias da implantação da república na Europa.
segunda-feira, março 17, 2008
Porque é que hoje não é Saint Patrick's Day
O Magistério da Entrada Estreita - Capítulo II, 3ª Parte
Não desanime o leitor. É bem sabido que só de mentes controvertidas e disfuncionais saem obras de arte dignas do atributo, e que grandes sinfonias, como grandes pinturas, podem sair de quem perdeu o ouvido, como Beethoven e Van Gogh. Assim também desta esquizofrenia algum bem há-de sair, assim possa o leitor fiel suportar as guinadas desta viagem atribulada por desfiladeiros imprevisíveis.
Enquanto o narrador procura nas convoluções da sua mente insondável quem é este Bernardo, donde vem, e para onde irá, retomemos por momentos a visão de Genoveva, o alegado fantasma de D. Jerónimo, segundo a sua certeza inabalável.
Penetrando na sala, céptica ainda, Doroteia confrontou-se com seu pai, tal como o conhecera, nada como nas visões translúcidas e etéreas tão vulgarizadas nas ilustrações dos Dorés dos livros. Não fora aquele peculiaríssimo pormenor de à matéria dizer nada sempre que um móvel se lhe atravessava no caminho, e dir-se-ia igual a qualquer outro ser humano. Vivo, entenda-se. E com aquele vozeirão que sempre lhe infundira um respeito eivado de temor, que procurava travestir de devoção filial.
– Meu pai, que prodígio é este que vos traz miraculosamente de volta a mim? Que dádiva dos céus me concede o que mais desejo desde que partistes, que a roda da vida possa andar por uma vez para trás, e trazer-me de volta quem me deu a vida?
– Ó menina, deixe-se disso, que as Conferências do Casino já foram nos anos 70, e essas tiradas camilianas ultra-românticas agradariam a seu tio-avô Augusto, mas já não têm cabimento nos nossos dias, e sobretudo não fazem o género dum espírito positivista como o meu! Fale português de gente, que eu não vim de tão longe para trocar gongorismos.
– Seja, meu pai. Será mais uma veneta deste narrador que insiste em não respeitar o nosso trabalho, alterando diariamente o guião de modo a que nunca saibamos verdadeiramente quem somos ao certo. Mas essa é afinal a condição humana, não é?
– Bom, agora deu-lhe para existencialista, é isso? Mas adiante. Sabe o que me trouxe por cá?
– Não faço a mínima, paizinho. – Doroteia começava a apanhar-lhe o jeito.
– Nem menos nem mais que adverti-la para o que por aí virá ameaçar esta Casa que faz mais parte de nós que o sangue que nos circula nas veias. Bolas, está a ver, já começo a falar como a menina!
D. Jerónimo parou por momentos, pigarreando como que para reorganizar as ideias. E de seguida:
– Estive no futuro. No futuro é como quem diz, que isto da eternidade, para um fantasma, é uma grande salganhada. Bem faria em ter seguido as recomendações do Cónego Malaquias, O Velho, o pai do Padre Malaquias Júnior, o que ficou administrador da paróquia por intervenção minha, lembra-se?
– Pois como não havia de me lembrar, meu pai, se ele cá jantava todos os domingos? Ultimamente é que tem andado meio arredio, nem sei bem porquê…
– Pois o pai dele fazia honra ao seu nome de profeta bíblico, e aconselhava-me ele, Jerónimo, leva desta vida o que ela tem para te dar, mas quando sentires que o fim pode estar ao virar da esquina, prepara-te, arrepia caminho, toma emenda, não sejas tu apanhado como o é pelo ladrão o dono da horta que se deixa adormecer. Sobretudo, não te fiques pelas meias-tintas, porque podes não ir para o Inferno, mas de assentar praça em fantasma não te livras, e arrastarás tua existência tristemente para sempre. Nunca poderás consumar acção alguma, pois quando te parecer atingido o objectivo, ele esfumar-se-te-á nas mãos, como rolava a Sísifo o calhau encosta abaixo. Uma única coisa te será dado fazer, advertir os que te são próximos para que não repitam teus erros…
Um estrondo interrompeu de súbito o discurso de D. Jerónimo, que estremeceu como se tivesse visto um fantasma, e deixou Doroteia sem pinga de sangue.
Na soleira da porta, com ar de urso bipolar em fase antárctica, a quem houvessem interrompido a hibernação para anunciar a última saída da casa de Pêro Pinheiro, um homem. Doroteia não se conteve:
- Bernardo?! Que fazes tu aqui?!
Os Loulés... porque eu ainda tenho alguma memória...
"...como tem sucedido em anos anteriores, a Real Associação de Lisboa renovou, uma vez mais com sucesso, a realização do tradicional "Jantar de Conjurados". Foi na FIL, no dia 30 de Novembro, que ocorreu esse evento a que muitos Portugueses fizeram questão de aderir, como forma de manifestar a sua fidelidade a Suas Altezas Reais os Duques de Bragança, e a sua adesão à Causa de Portugal. As quase mil pessoas presentes, tiveram ainda ocasião de ficar a par da actuação da Real, através do discurso do Presidente da Direcção, o Senhor Dr. Filipe Folque de Mendóça; do nosso esforço e empenho em dar uma nova e dimensão ao Movimento Restauracionista"
Boletim da Real Associção de Lisboa, n.º 38.
Educação
in Público, 15.03.2008, Gonçalo Portocarrero de Almada
O ensino privado é objectivamente melhor do que o público
A liberdade educativa é um direito constitucional mas, do mesmo modo como, para alguns, a liberdade religiosa é apenas um pretexto para instaurar o ateísmo sob capa de laicismo, e impedir assim qualquer expressão pública de conteúdo religioso, também a liberdade de educação não parece ser mais do que um subterfúgio para impor um ensino oficial tendencialmente único.
Só assim se entendem algumas reacções ao ranking das escolas: como não só não confirma mas desmente a tese oficial da excelência da escola pública, já não vale. É de supor que, enquanto não forem apuradas, como primeiras classificadas, várias escolas públicas, estas listagens sejam sistematicamente desconsideradas, por mais que a objectividade das classificações diga o contrário.
Para provar a inutilidade do ranking, afirma-se que são os bons alunos que fazem as boas escolas. Porquê? Porque. Se os bons alunos têm notas altas em qualquer estabelecimento de ensino, os maus estudantes só conseguem melhorar num ensino de qualidade. Apesar da escola pública receber bons alunos, nomeadamente entre os que não têm capacidade económica para optar pelo ensino privado, também a escola privada recebe bastantes maus estudantes, que escolhem esse ensino por várias razões, nomeadamente de ordem social e económica. Portanto, se as escolas mais bem classificadas recebessem os alunos piores, estes, decerto, não seriam tão maus.
Mas há uma questão em que os detractores dos rankings têm razão: seria absurdo aferir a qualidade das escolas apenas pelas classificações dos seus alunos. As notas são importantes, mas muito mais é a formação do carácter e a aprendizagem da liberdade.
A função da escola não se esgota na transmissão do saber, mas realiza-se no desenvolvimento integral do ser humano, de acordo com os princípios da liberdade e da responsabilidade. É esta a razão principal que anima muitas famílias a não enveredar pelo ensino público.
Seria preciso ser muito ingénuo para pensar que o ensino público é neutro ou ideologicamente descomprometido. Com efeito, a escola promovida pelo Estado educa as novas gerações, com pretensa autoridade científica e fingida neutralidade política, segundo os princípios do pensamento politicamente correcto.
A imposição da educação sexual, ao arrepio da vontade dos pais e das famílias, é um bom exemplo de como o poder está empenhado em realizar uma autêntica "revolução cultural", da qual é de esperar uma nova "mocidade portuguesa", tão fiel ao actual regime como o foi a sua homónima antepassada. O grande óbice para este ambicioso plano continua a ser a educação privada, sobretudo o ensino de inspiração cristã, que insiste em formar cidadãos livres, conscientes da sua dignidade e da sua responsabilidade social, homens e mulheres capazes de pensarem pelas suas próprias cabeças. Não é por acaso que as piores tiranias, como o nazismo e o comunismo, são ateias: em ambos os casos a exclusão da religião foi cruelmente praticada pelo Estado, nomeadamente através do seu ensino público totalitário.
Como não é politicamente correcto propugnar o ensino oficial único, proclama-se formalmente a liberdade de educação mas, depois, às escondidas, asfixia-se o ensino privado, mesmo quando oferece garantias de qualidade.
Assim se explica a anunciada supressão do subsídio à melhor universidade portuguesa não estatal, bem como a ameaça de revisão, ou seja, de eliminação, dos "contratos de associação" com escolas particulares. Em nome da qualidade de ensino? Certamente que não, pois o ensino privado é objectivamente melhor do que o público. Em nome da liberdade de educação? Menos ainda, pois a pretendida eliminação do ensino privado só pode servir uma causa: a do ensino "oficial" público e tendencialmente único. A tese da "unicidade" educativa é, em suma, um xeque-mate à liberdade de educação em Portugal. Vice-Presidente da Confederação Nacional de Associações de Família (CNAF).
domingo, março 16, 2008
Viriato e Barcelos
sábado, março 15, 2008
demagogia em estado puro
1000 contos de reis
sexta-feira, março 14, 2008
sobre a greve
para quem está a ver o expresso da meia-noite
O saltério à ilharga da chita - Capítulo II, 2.ª parte
- A Senhora Dona Doroteia precisa de alguma coisa? Olhe que se constipa sem o roupão! Quer que acenda a lareira?
A voz arrastada e trémula da fiel Alice despertou-a do sopitamento em que - reparava agora - se encontrava mergulhada ia para três horas.
- Não, obrigada, Alice. Vai-te deitar que ainda é cedo.
Lá fora, a luz tomava lentamente o lugar do negrume. A luta eterna voltava a pender provisoriamente para o lado da claridade. Graças a ela, as formas recuperavam os contornos que a noite elidira. Até os da própria Doroteia cuja camisa-de-noite revelava, sem que esta se apercebesse, muito mais do que o seu pudor alguma vez consentiria.
- O Paraíso não pode ser mais bonito. Trocava-o sem hesitar por esta visão.
- Bernardo?! Que fazes tu aqui?!
Isílio Verdasca
vícios privados, públicas virtudes
Finalmente PSD faz uma coisa decente
in Público, 14.03.2008, São José Almeida
A exigência de novas políticas sociais, nomeadamente de incentivo à família, foi feita por Isabel Pedro e Isilda Pegado, anteontem, na sessão em que o PSD fez o balanço do Governo.
Convidadas por Luís Filipe Meneses, Isabel Pedro, que será em breve anunciada como porta-voz do partido para a família, e Isilda Pegado, que recusou ser porta-voz para áreas sociais por ser a presidente da Federação Portuguesa pela Vida, fizeram duas intervenções fortes, apontando para mudanças político-ideoló gicas, que deixaram perplexos os militantes.
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Isabel Pedro, autarca em Carnide, professora e consultora do Instituto de Ciências da Família, apresentou a sua análise da política de família, ou, como explicou ao PÚBLICO, "a ausência de política de família em Portugal".
Isabel Pedro sustentou que "os vários governos foram insensíveis aos indícios" de crise e destacou o aumento dos divórcios e dos nascimentos fora do casamento. Isto, somado à baixa do casamento e à baixa de natalidade - há 25 anos a percentagem era de 2,1 filhos por casal, em 2006 foi de 1,36 -, cria uma situação social grave que, para Isabel Pedro, "não tem sido olhada com seriedade", pelo que "não há medidas políticas que combatam a baixa natalidade, os filhos fora do casamento e dêem estabilidade à família".
A futura porta-voz do PSD para a família sublinha que "com o PS houve uma mudança, já que este Governo reconheceu que a natalidade é um problema". Mas Isabel Pedro pensa que as medidas do Governo "não atingem os objectivos e são contraditórias". E defende: "Era preciso que houvesse uma política que reconhecesse a família como base da sociedade e criasse um ambiente propício a que as famílias fossem fomentadas." Esta professora considera ainda que as "medidas assistencialistas do PS" não são para anular, "mas não chegam". E garante que "é preciso mudar a apreciação sobre a família".
Em declarações ao PÚBLICO, em que explicou a sua intervenção feita à porta fechada na sede nacional do PSD, em Lisboa, Isabel Pedro enfatizou que "é urgente" esta mudança e, como indicativo, citou "muitos estudos que mostram que em situações como os abusos sobre crianças, as gravidezes adolescentes, a toxicodependê ncia, a criminalidade há um factor de risco comum, embora não o único, que são as famílias desestruturadas".
E em relação a estas, afirmou que, "nem sempre, mas muitas vezes há a ausência de um dos progenitores, nomeadamente o pai".
Já Isilda Pegado centrou a sua intervenção nos três anos de Governo Sócrates. Como explicou ao PÚBLICO, preocupou-se em exemplificar o que vê como "um caminho de estatização e de falta de liberdade", que aproxima a sociedade portuguesa de "um modelo social fora de uso, semelhante ao Bloco de Leste".
Como exemplo aponta a situação da Educação (ver caixa). Outro exemplo dado por Isilda Pegado, que é advogada, foi a Justiça. Afirmando que a lei de apoio judiciário "prejudica quem é pobre", criticou: "Esta lei define como pobre quem tem rendimento inferior ao rendimento de inserção social, mas depois estes pobres têm de pagar 30 euros por consulta com o advogado!"
Presidente da Federação pela Vida e uma das protagonistas da campanha pelo "não", Isilda Pegado criticou também à lei de despenalização do aborto aprovada após o referendo de 11 de Fevereiro de 2007. Afirmando que "a lei portuguesa não tem comparação com as leis que existem na Europa", concretizou: "A maioria dos países tem o aborto legalizado, mas não como contraceptivo, as leis estão balizadas e contemplam o direito à vida."
A prova de que o aborto, em Portugal, é visto como contraceptivo é, para Isilda Pegado, o facto de o consumo da pílula do dia seguinte ter baixado. E conclui: "Portugal tem uma lei de aborto idêntica às dos países de Leste."
Isilda Pegado criticou ainda a lei da procriação medicamente assistida, que diz estar "apenas a servir os interesses da indústria, sem preocupações éticas". E mais uma vez compara com o antigo Bloco de Leste: "É igual ao que se passava no Leste, em que a ciência não obedecia a uma ética."