sexta-feira, março 14, 2008

sobre a greve

Bem cedo de manhã na tsf, uma sindicalista congratulava-se com a adesão à greve, exibindo com orgulho os números dos trabalhadores "absentistas" nos hospitais. Ora, para além do extremo mau gosto que é o regozijo com os danos evidentes que uma greve causa no sector da saúde (v.g. operações adiadas, consultas marcadas com meses de antecedência desconvocadas...), foi confrangedor constatar que os números avançados não correspondiam à realidade. A tsf, insuspeita em termos de amizades políticas, fez o seu trabalho e mandou 2 ou 3 jornalistas a diversos hospitais. O resultado, que não espantou, foi a constatação de que os serviços estariam a funcionar na quase normalidade, com uma fraca adesão ao protesto. O que me leva a fazer uma pergunta que me persegue em dias de greve: como é que é possível o Estado, enquanto empregador, não conseguir determinar com rigor a percentagem de grevistas? No dia em que o fizer, é certo e sabido que acabam de uma vez por todas as habituais diferenças (abismais) entre os números do Governo e dos sindicatos.
Já agora, alguém percebeu qual a razão (concreta) do protesto de hoje?

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"para além do extremo mau gosto que é o regozijo com os danos evidentes que uma greve causa no sector da saúde" - confessa lá, Rui, tu não estás muito de acordo com o direito à greve, pois não?

3/15/2008 1:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E quem está?
hehehehe
(Com pontinho.)
.

3/16/2008 7:16 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

PS - sem embargo de estar de acordo com o essencial do post. De facto, parece-me ninguém percebeu o porquê desta greve patética...

3/16/2008 4:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

inconveniente,
Não ponho em causa o direito à greve, mas a forma como o mesmo é usado em Portugal tira-lhe qq tipo de eficácia. Basta pensarmos nos efeitos que uma greve bem feita e planeada (v.g. argumentistas nos EUA) pode ter. Tenho para mim que uma greve, mais do que chatear a populaça, tem como fito a alteração de uma lei, a melhoria de condições salariais, etc., o que efectivamente acaba por nunca acontecer em Portugal.
Rui Castro

3/17/2008 9:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Rui Castro, ainda estou à espera de uma resposta ao post do Vitalino Canas. É ofensivo e o teu silêncio parece-me ensurdecedor... ou apenas muito conveniente!

3/17/2008 10:04 da manhã  

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