terça-feira, março 18, 2008

Da tirania que trouxeram os republicanos

A chegada ao poder dos republicanos nos diversos países da Europa teve como características comuns uma constante e crescente aposta na desestabilização do reino, na difamação pública do Rei e de todos os que com ele governavam, num falso moralismo de supostas virtudes, num nacionalismo demogógico e acima de tudo, na violencia pura e dura de quem não olha a meios para atingir os seus fins.

Os resultados deste "mix" de atributos nunca poderiam ser os melhores, como efectivamente não foram. Aliás, o resultados foi invariavelmente um retrocesso no processo de democratização dos estados ou a manutenção de tiranias com um grau de violência muito superior e comandados directamente pelo tirano republicano. Tirano esse que nunca hesitou em perseguir muitos dos que o ajudaram a chegar ao poder. Alguns exemplos:

No Reino Unido, o único período em que os repúblicanos governaram, com os Cromwell, é hoje unanimemente reconhecido como o de maior tirania e despotismo violento na História daquele país. Violência que se manifestou também contra os seus partidários.

Em França, a revolução foi o "mar de sangue" conhecido, inovadora nos seus detalhes de barbaridade como o primeiro genocídio de que há memória nos tempos modernos, na Vendeia. O resultado foi um ditador, Napoleão, que ambicionou governar toda a Europa e matou e pilhou o mais que pode para o concretizar.

Em Portugal, a História é bem conhecida. Os republicanos mantiveram a cidade de Lisboa sob terror durante 7 anos e criaram as condições para o início da ditadura salazarista.

Na Russia, não vale a pena fazer qualquer descrição. Os números falam por si.

Em Espanha, tirando uma curta experiência no século XIX, a república eleita de 1931-1936 caracterizou-se por actos de selvajaria que prenunciaram o descalabro da Guerra Civil. Só na cidade de Madrid morreu 5 vezes mais gente entre 1931 e 1933 do que em 35 anos de atentados da ETA.

Finalmente em Itália, a república foi imposta num referendo em que os republicanos, fazendo jus às suas virtuosas qualidades, manipularam o resultado de forma a que a monarquia perdesse.

Estas são as tristes histórias da implantação da república na Europa.

20 Comments:

Anonymous Anónimo said...

fui republicano uma semana na república dos galifões em coimbra.
depois curei-me embora tenha pertencido ao moribundo grande oriente donde fugi a 7 pés por ter sido roubado

3/18/2008 9:27 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Para quem gosta de ler apenas um lado da história, aconselho vivamente Ricardo Pinheiro Alves.

3/18/2008 10:49 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

É por boçais análises pseudo-historicas como esta, que a causa monarquica anda pelas ruas da amargura...
D-e-p-r-i-m-e-n-t-e.

3/18/2008 11:40 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado caro Inconveniente. Durante muito tempo só nos foi permitido ler o outro lado da História. Agora temos de equilibrar a "balança".

Quanto à causa monárquica andar pelas ruas da amargura, caro anónimo, é questão que não me diz respeito pois não sou monárquico.

3/18/2008 12:26 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

A grande diferença entre este 'lado da História', apresentado pelo Ricardo, e o outro, é que este baseia-se nos factos.

3/18/2008 4:09 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

MJ, estamos a falar dos factos dos Távoras? Da inquisição dos reis católicos, sobretudo em Espanha mas também em Portugal? Das tentativas de extermínio levadas a cabo essencialmente pela coroa espanhola, mas também pela portuguesa, na América latina? Os Cortez e os Pizarros e outros que tais? Isto, para não sair da Península Ibérica, porque exemplos para o outro lado não nos faltam... Pior cego é aquele que não quer ver, e a realidade é que a violência de Estado não está ligada à República nem à Monarquia. Ou está ligada de igual forma a ambas. Com uma diferença: um mau presidente tem, por natureza, um mandato limitado. Para destituir um mau rei é preciso um golpe de Estado...

3/18/2008 6:12 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Inconveniente
Extermínio na América latina? Antes da chegada de Colombo - sim, com toda a certeza (viu o 'Apocalito'?); extermínio na América do Norte, sim, com toda a certeza, e não em tempos de monarquia... Inquisição comparada com a Vendeia? ...
Quanto aos Távoras, isso foi obra do marquês de Pombal, um dos muitos coveiros da monarquia como ela era antes do séc. XVIII - limitada pelo direito natural... e é por isso que hoje em dia, tendo-se perdido a noção do que é o direito natural, já não sei se sou monárquica ...

3/19/2008 3:04 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

É por isso que se lê isto e ficamos a entender a ignorância que se estabeleceu.
Mais, é a prova provada de um programeta que há dias "debateu" a monarquia e a república. Se a ignorância fosse música Portugal era um País de sonho.
(Com pontinho.)
.

3/19/2008 7:19 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado MJ. O Marquês de Pombal aliás foi idolatrado pelos republicanos portugueses como um exemplo a seguir, o que só por si já é significativo.

Mas, caro inconveniente, contra-argumentar com os erros dos outros não elimina as barbaridadse que os republicanos cometeram e continuam a cometer. Esse truque argumentativo já é muito velho.

O que estes factos eliminam, e isso é que é importante, é a continuada propaganda dos próprios republicanos sobre o virtuosismo das suas pessoas e das suas ideais, a inventada ética republicana.

3/19/2008 7:53 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Caro rpa, seguramente não leste o post que deu origem a estes comentários, senão verias que estamos perante exactamente o contrário daquilo que aqui dizes. O que está em causa é um post em que é exaltado o virtuosismo da monarquia relativamente à república com exemplos bacocos de violência em tempos de república. A mania da superioridade moral dos monárquicos é que é irritante, porque eu, pessoalmente, o que disse foi que havia maus exemplos tanto na república como na monarquia.

3/19/2008 10:45 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Inconveniente, a única superioridade moral que conheço é a dos republicanos. Basta ouvi-los falar da ética republicana como se esta nada tivesse a ver com os homens que chegaram ao pdoer da forma que descrevi.

Nunca ouvi nenhum monárquico declarar ser moralmente superior.

3/19/2008 2:31 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Exemplos bacocos!!!? o Terror? a Vendeia? Lenine e a sua 'descendência política'? a guerra civil de Espanha? ó inconveniente - isso é insensibilidade ou cegueira?
Quanto ao anónimo, calculo que a ignorância que refere diz respeito ao facto de ignorarmos a cartilha marxista com que o Estado Português, neste regime de monopólio do ensino, tem formatado os estudantes desde 1974... olhe que não é ignorância é mesmo uma questão de gosto pessoal: prefiro a História à ideologia, sobretudo quando aparece mascarada de 'Ciência?.

3/19/2008 2:56 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Pronto, tira-lhe lá o "bacocos" e substitui por "tendenciosos, parciais e unidimensionais". Assim ficas mais confortável?

3/19/2008 4:40 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Só fico mais confortável quando me disser quem é que foi que inventou estas mentiras que eu estudei...

3/19/2008 9:43 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Não parece que se possam eabelecer comparações entre monarquia e república e muito menos avaliar as consequências quando se sabe - por que é óbvia - a péssima governação que acarreta a republica e a infeliz ignorância que grassa nos pobres povos que a ela estão sujeitos.
O suporte das repúblicas está exactamente na "cultura da ignorância".
(Com pontinho.)
.

3/20/2008 4:50 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

mj, tu não queres entender, não entendas. Nunca disse que estavas a mentir, só disse, e reptio, que estás a ser parcial, tendencioso. Só vês um dos lados. E há lamentáveis exemplos para ambos os lados... Mas suponho que não tens tamanho suficiente para o assumir!

3/20/2008 10:47 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Caro inconveniente, tem razão quando diz que há lamentáveis exemplos para ambos os lados, e se reparar no que eu já aqui disse, perante a falta de limites ao poder, abandono as minhas convicções monárquicas... Deus nos livre de uma dinastia de Castros! O que eu afirmo é que, na nossa Civilização Ocidental, os regimes monárquicos se foram construindo no respeito pelo direito natural - com inúmeras escorregadelas como, por exemplo, o confronto entre Henrique II de Inglaterra e S. Tomás Becket. Mas no século XVIII o direito natural foi substituído pela 'razão iluminada' de uns quantos que se dedicaram a destruir as estruturas que punham limites ao poder. Para não entrar num interminável discurso sobre as liberdades medievais, aconselho-lhe a leitura de Toqueville ("L'Ancien Régime et la Révolution"). A partir de então sucedem-se os horrores perpetrados por aqueles que, em nome do que a sua razão lhes diz que é o melhor para a Humanidade, praticaram crimes contra a Humanidade - crimes SEM PRECEDENTES na História: Hitler e Staline são os exemplos mais pesados, mas há muitos mais! Nesta ordem de ideias, tanto me faz que o poder que me oprime seja hereditário ou eleito - não reconheço a nenhuma maioria o direito de me oprimir!
Mas num enquadramento de respeito pelo direito natural, o regime monárquico tem 1º, uma desvantagem que partilha com um regime eleitoral e, 2º, uma vantagem que é só sua: 1º - se o herdeiro do trono é incompetente, tenho que o gramar, assim como tenho que gramar os incompetentes que o povo eleger; 2º o rei não precisou de mentir e corromper para herdar o trono; quanto aos políticos eleitos, cada vez me convenço mais que o poder é o troféu que premeia a vigarice!

3/20/2008 1:46 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Boa MJ. E o Rei pode ser substituido se se criarem os mecanismos respectivos.

3/20/2008 2:07 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Há um assunto que nunca tive tempo para investigar (embora de pacotilha, sou medievalista), de que tomei conhecimento na Históris Diplomática de Portugal, de Borges de Macedo - a doutrina dos jesuítas segundo a qual os povos tinham o direito de resistir aos governantes que se tornavam tiranos. Ainda segundo Borges de Macedo, foi essa doutrina que legitimou as pretensões de D.João IV ao trono de Portugal . O governo filipino, pelo menos no caso português, tinha-se tornado tirânico. Se a Europa não tivesse passado pelo que passou nos tempos que se seguiram (de Luís XIV à Revolução Francesa, passando pela perseguição e extinção dos jesuítas em todo o mundo, movida pelo Marquês de Pombal) - é muito provável que esses mecanismos tivessem sido criados... mas, segundo a História republicana, os jesuítas eram as sombras maléficas por trás dos tiranos, e o Marquês um modelo de estadista!

3/20/2008 4:19 p.m.  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

O marquês era um paladino da liberdade, segundo os republicanos.

3/24/2008 11:03 a.m.  

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