quinta-feira, janeiro 31, 2008

"May you live in interesting times"

Se as neves que paralisam a China e que já arruinaram as colheitas de frutas e legumes nesse país, continuarem com se prevê, as colheitas de arroz e outros cereais (chineses) bem como dos combustíveis, irão subir em flecha. Uma coisa é certa, já não estamos no tempo do Mão Tse-tung nem o Partido Comunista Chinês de hoje vai deixar que sua economia capitalista arrefeça (muito), nem que o seu povo passe fome, ainda para mais no ano em que a China vai ser anfitriã dos Jogos Olímpicos.
Torna-se assim fácil de prever uma subida em flecha dos preços dos cereais, isto é, dos bens alimentares em geral, não só na China mas provavelmente a nível mundial. (Não esquecer o preço da pasta em Itália, disparou em 2007, o que levou a protestos e até alguns manifestações).
As alterações climáticas e a treta dos bio-combustíveis que ainda inflacionam mais o preço dos cereais, podem despoletar toda uma série de... problemas.
Por enquanto fico me por aqui.
(Já agora conhecem este site?)

Revolucionários




Hoje, um grupo de republicanos vai evocar o 31 de Janeiro de 1891. Os próximos 2 anos, de resto, vão ser pródigos em evocações. Todos temos o direito de lembrar os "nossos" e celebrar "os nossos heróicos feitos". Como recordava o Rui Tavares há dias, todos temos o direito de ter as nossas ideias. Menos legítimo me parece transformar esse direito na faculdade de podermos construir os nossos próprios factos.
Diz o CAA, com a sua seriedade costumeira, que os revoltosos do 31 de Janeiro (revoltosos, insisto), a caminho do degredo, exibiam "rostos esculpidos em firmeza, com uma expressão convicta que hoje já não se tem, de cerviz dura, gente do Porto que exibe um alento que nenhuma derrota alquebrará". Aos revoltosos, por serem-no, a derrota impõe sacrifícios. E é vê-los, coitados, no retrato que ilustra a pungente evocação do CAA, tão sacrificados, pobrezitos, rumarem num qualquer vapor com destino ao inferno certo. É vê-los todos desgrenhados, nus quase, barbas por fazer, chapéus sujos e maltrados e acorrentados... com correntes de ouro a segurar os relógios que apesar de tudo conservam. Estranha opressão esta... Felizes subversivos estes.
Estes revolucionários, coitadinhos, carregam rostos esculpidos em firmeza. Os revolucionários da Monarquia do Norte são apenas trauliteiros. Provavelmente, na sempre iluminada convicção do CAA, os sublevados monárquicos, tudo gente do pior, como é óbvio, foram apesar disso recebidos de braços abertos pela bonomia republicana. Qual presos, qual quê! Só os republicanos, coitadinhos, gente do melhor, já se sabe, com rostos esculpidos em firmeza, sofreram as agruras muitas que o CAA tão bem mostra naquele horroroso cenário da fotografia. Melhor sorte do que estes heróis republicanos teve El Rei Dom Carlos, poupado às angústias do degredo e à humidade dos calabouços. Generosos os heróis carbonários que não querem para o inimigo que os aflige os males com que ele os acossa. Bem-hajam pela vossa grandeza. Tendes émulos que não são melhores do que vós! Alegrai-vos.

O MARADONA modificou a causa?

Então não é que o lendário Maradona pediu desculpa pelo golo da "Mão de Deus"...

disparate

Juntas Médicas passam a ser compostas exclusivamente por médicos (Publico)
Mas afinal cabe na cabeça de alguém que uma Junta Médica seja unicamente composta por médicos!?

Pensamentos do Dalai Lima 09787876876


As palavras são como
as cervejas.

McCain is the main man!

Se McCain é o único que pode derrotar a opressão socialista nos EUA então que vença as primárias. Eu votaria em McCain.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Steven Redgrave

Em anos de olímpiadas, nada como relembrar um dos maiores atletas de sempre - Steven Redgrave. Talvez por ter fingido durante uns anos que pratiquei remo, o feito de Redgrave é-me particularmente caro. O rapaz ganhou a medalha de ouro em 5-repito-5 jogos olímpicos, com diabetes diagnosticados pelo meio. Este vídeo reporta à sua última vitória em "Men's Four Race - Sydney 2000". Mais informações aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Steve_Redgrave

E POR QUE NÃO 6 MESES? OU MESMO SEIS ANOS...?

Como é que só agora descobri esta notícia...?
1º - Em Espanha há, imaginem, associações de clínicas de aborto. São tantas que até se organizam em associações (plural!). É o corporativismo ao serviço da defesa dos seus interesses, sejam eles quais forem.
2º - As ditas associações anunciaram recentemente uma greve de seis dias. Não querem esticar isso para seis meses ou mesmo seis anos? Aposto que muitas ex-futuras clientes agradeciam.
3º - A greve é uma forma de protesto contra a falta de protecção legal e institucional em que consideram encontrar-se. E por que é que se sentem desprotegidas? Porque algumas clínicas em Barcelona e Madrid foram alvo de rusgas que levaram a várias detenções por alegadas violações da lei do aborto em Espanha. Imaginem bem... as clínicas foram inspeccionadas... uma afronta, é o que é!
4º - Quem é o bode-expiatório? Grupos religiosos, of course!!!!! Vá lá, grupos fundamentalistas...
5º - E quem promoveu a greve? Esta é ainda mais óbvia: uma Associação de Planeamento Familiar (no caso, a da Catalunha e Baleares).
Segundo o Ministério da Saúde espanhol, em 2006 realizaram-se 101.592 abortos, a maioria em clínicas privadas, com a taxa de abortos a situar-se em 10,62 por cada mil mulheres em idade fértil (entre 15 e 44 anos), comparativamente aos 9,6 registados em 2005.
Em quase 97% dos casos foi apontada como causa o risco para a saúde materna, seguindo-se os casos de risco para a saúde do feto (2,83%).

Se tiver um tigre à porta de sua casa não lhe abra a porta!

Dois tigres do Circo Chen, escaparam esta manhã das respectivas jaulas, à entrada da Azambuja, e estão a causar alguma confusão na Estrada Nacional 3, que liga o Cartaxo ao Carregado.

Uma ministra mais dócil?

Segundo Notícia do Jornal Público, a nova Ministra da Saúde faz parte do grupo que foi processado pelo Ministério Público por ter deixado o Hospital Amadora-Sintra lesar o estado em 70 milhões de euros de facturação indevida.
Será este o sinal de que o governo se tornou mais dócil e aceitou uma ministra da saúde com historial de deixar os grupos privados de saúde fazer o que bem entendem?
O simples facto de a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Enfermeiros (o que raio faz uma Ordem dos Enfermeiros) terem saudado a saída do Ministro enche-me de preocupação.
Quando os principais lóbis que não deixam que se mexa na saúde em Portugal rejubilam com a saída de um Ministro, é muito, muito mau sinal.
João Cordeiro, na ANF, e João Pedro Lopes, na Apifarma, então, não devem caber em si de contentes.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Pensamentos do Dalai Lima Especial Remodelação - II

De certeza que ele não disse
«Agricultura»?

Pensamentos do Dalai Lima Especial Remodelação - I

Parto.

Finalmente

Afinal Correia de Campos não demorou a ser "defenestrado". E a senhora que se segue ?...

Publicidade não, obrigado!

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) solicitou um estudo sobre a programação infantil das televisões portuguesas. È uma boa iniciativa, mesmo que algo tardia, já que esta questão há muito necessita de ser abordada. Mas mais vale tarde do que nunca. O problema é simples de explicar. As nossas crianças vêem demasiada televisão, três horas por dia em média, e os pais nem sempre sabem o que os seus filhos vêem.

O estudo vai propor medidas especificas para regular a programação mas parece estar mais direccionado para os conteúdos do que para outros aspectos associados á transmissão de programas infanto-juvenis. Os conteúdos são importantes mas é preciso ter muito cuidado com os fundamentos das limitações que se impõem. Cabe aqui aos pais, como não poderia deixar de ser, a responsabilidade de controlarem o que passa pelos olhos dos seus filhos.

A ERC, no entanto, parece não estar muito preocupada com a questão mais importante, a publicidade destinada aos mais novos. A lógica do mercado livre tem moldado algumas cabecinhas pouco pensadoras que não percebem quais são as condições para a sua implementação. Crianças de 5 anos não são consumidores nem são senhoras da sua vida. A pressão publicitária que se exerce actualmente sobre as crianças, que depois indirectamente se repercute sobre os pais, é inadmissível. A solução é, a meu ver, muito simples: Proiba-se a publicidade direccionada aos menores, especialmente nos canais cuja programação lhes é exclusivamente dirigida. A palavra proibição choca muitas “almas” sensíveis, mas mais sensíveis do que os nossos filhos não conheço ninguém.

O que vale realmente a pena

Após tanto tempo sem postar regressei abaixo com um post relacionado, ou talvez não, com as eleições americanas.

De qualquer modo acho que o melhor é mesmo que nos voltemos a focar no que realmente vale a pena ler, e para isso há poucas coisas melhores que o Estado Civil. A não perder o post do Pedro "A insignificância".

A president like my father

Num texto que pode levar muitos americanos a sonhar com o político que melhor encarnou o efeito Elvis, este pode ser um apoio de peso.

Caroline não é uma política, mas muita gente pensa que por isso mesmo se pode rever com mais facilidade na sua opinião, do que na de muitos politólogos com complexas teorias de relações externas, responsabilidade e maturidade.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

I Want a Referendum

Rapto da europa (17)

O Reino Unido é a patria da liberdade e da democracia. Há quem prefira França, confundindo jacobinismo com aqueles atributos. Mas se dúvidas houvesse, a questão do referendo sobre o novo tratado europeu dissipa-as de imediato.

O Governo inglês já decidiu que não iria realizar um referendo sobre o Tratado de Lisboa. Como se passou recentemente em Portugal, o Primeiro-Ministro Gordon Brown afirma que a sua ratifição pode ser feita por via parlamentar dado que estamos perante um novo tratado que veio substituir a anterior proposta de Constituição. À semelhança de Sócrates também o anterior PM inglês, Tony Blair, tinha prometido realizar um referendo sobre este assunto. Mas como a mentira não é exclusiva de Portugal, também em Inglaterra se mente ao povo.

A organização inglesa “I Want a Referendum”, uma entidade privada que vive dos apoios prestados pelos seus membros e por outros benfeitores, está por isso a organizar um referendo sobre o Tratado de Lisboa em várias cidades do Reino Unido. Como o Governo não o faz, aquela organização decidou avançar como uma consulta popular. È verdade que não terá qualquer peso legal. Mas poderá ter um importante peso político se conseguirem abranger uma parte significativa da população e se o resultado daquela consulta for negativo para a ratificação do tratado.

Nesta consulta espontânea colaboram outras entidades da sociedade civil e membros do parlamento de todos os partidos. O que é mais importante, como refere a organização, é que o povo inglês se possa pronunciar livremente fazendo juz aos ideais de liberdade e de democracia que há séculos habitam por aquelas paragens. E em França, o que se passa? “Rien ne reste à faire”.

Pensamentos do Dalai Lima 13112006

Novo Código da Estrada:
Governo institui
prioridade à esquerda.

domingo, janeiro 27, 2008

A Al Qaeda queria explodir o Mosteiro dos Jerónimos

A Al Qaeda queria explodir o Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa. (Washington - CNN Special)
Documentos mantidos em sigilo pelo Serviço de Informações da República (SIR), revelam que a organização Al Qaeda, de Osama bin Laden, ordenou a execução de um atentado em Portugal.

O alvo da acção seria o Mosteiro dos Jerónimos, um dos símbolos religiosos mais conhecidos de Lisboa.

Bin Laden destacou dois mujahedins para o sequestro de um avião que seria lançado contra um «Monumento símbolo dos infiéis cristãos».

A missão, no entanto, começou a sofrer embaraços logo após o desembarque, quando a bagagem dos muçulmanos foi extraviada, seguindo num vôo para o Moçambique.
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Após quase seis horas de peregrinação por diversos guichés (dificuldades de comunicação), os dois mujahedins saem do aeroporto, depois de aconselhados por funcionários da TAP a voltarem no dia seguinte, com um intérprete.

Os dois guerrilheiros de Allah apanharam um táxi na saída do aeroporto. O motorista, percebendo que eram estrangeiros, rodou duas horas pelos arredores da cidade, até os abandonar junto ao rio, ao pé do Cais da Matinha

No trajecto, parou o carro, perto de uma urbanização clandestina e degradada, na Buraca, e três cúmplices seus assaltaram e espancaram os dois mujahedins

Os árabes conseguiram ficar com alguns dólares que tinham escondido em cintos próprios para transportar dinheiro e arranjaram boleia num camião de entrega de gás.

Na segunda-feira, às 7h33m, graças ao treino de guerrilha no Afeganistão, os dois terroristas conseguem chegar a um hotel na zona do Parque EduardoVII.

Alugaram então um carro e voltaram ao aeroporto, determinados a sequestrar um avião e a atirá-lo, de imediato, contra o Mosteiro dos Jerónimos.

Enfrentam um congestionamento monstro por causa de uma manifestação de funcionários públicos e de professores e alunos em protesto... e ficaram três horas parados na Praça do Cais do Sodré, onde os seus relógios são roubados por um grupo de menores delinquentes vindos da zona da Brandoa.

Às 12h30m, resolvem ir para o centro da cidade e procuram uma casa de câmbios para trocar o pouco que sobrou dos dólares que tinham trazido.

É-lhes indicado um cambista «particular» que faz melhores preços!! Recebem notas de 100 Euros falsas, dessas que são feitas grosseiramente em impressoras de computador.

Por fim, às 15h45m chegam à Portela de Sacavém para sequestrar um avião. Mas os pilotos da TAP estão em greve por mais salário e menos trabalho.

Os controladores de vôo também estão parados (querem equiparação com os pilotos). O único avião na pista é da Air Luxor, mas está em situação de arresto judicial e sem combustível.

Trabalhadores da companhia aérea e passageiros estão acantonados num saguão do aeroporto, gritando slogans contra o governo.

O Corpo de Intervenção da PSP chega e bate em todos, inclusive nos dois terroristas.

Os árabes são conduzidos à Esquadra da PSP no Aeroporto, acusados de tráfico de drogas, em face de um flagrante forjado pelos polícias, que "plantaram" saquinhos de cocaína nos bolsos dos dois.

Às 18 horas, aproveitando a confusão causada por uma ameaça de bomba no Aeroporto, conseguem fugir da Esquadra, mas não sem antes serem novamente agredidos pelos polícias que tentavam evitar que eles fugissem.

Às 19h05m, os muçulmanos, ainda ensanguentados, dirigem-se ao balcão da Air Luxor para comprar as passagens.

Mas o funcionário que lhes vende os bilhetes omite a informação de que os vôos da companhia estão suspensos por tempo indeterminado.

Eles, então, discutem entre si: começam a ficar em dúvida se destruir Lisboa, no fim de contas, é um acto terrorista ou uma obra de caridade.

Às 23h30m, sujos, doloridos e mortos de fome, decidem comer alguma coisa. Dirigem-se a uma roulotte de comidas e bebidas estacionada na 2ª Circular entre o Aeroporto e o Estádio da Luz.

Como o dinheiro já é pouco, pedem uma sandes de courato, uma bifana, dois queijinhos frescos e duas limonadas.

Só na terça-feira, às 4h35m, conseguem recuperar da intoxicação alimentar, de proporções equinas, decorrente da ingestão de carne estragada usada na confecção das sandes e das consequências do leite estragado usado nos queijinhos!!

Depois de terem esperado três horas para que a ambulância chegasse e percorresse os hospitais da cidade até encontrar vaga, foram levados para o Hospital de S. José. Aí foram atendidos por uma enfermeira mal encarada e gorda.

Teriam de esperar dois dias pelos resultados das análises. Suspeitava-se de intoxicação grave, causada pela limonada feita com água contaminada por coliformes fecais. Debilitados e de caganeira, só terão alta hospitalar no domingo.

Domingo, 18h20h: os homens de bin Laden saem do hospital e voltam à 2ª Circular, perto do estádio da Luz. O Benfica acabara de ser eliminado da Taça de Portugal, ao perder por três a zero com o Lixa FC .

Um grupo de adeptos benfiquistas (No Name Boys) confunde os terroristas com os poucos integrantes da claque adversária (que viajara de furgoneta até Lisboa) e dá-lhes uma coça sem precedentes.

O chefe deste grupo de «No Name Boys» é um negro, por alcunha o "Pé de Mesa", da Cova da Moura, que abusa sexualmente deles.

Às 19h45m, finalmente, são deixados em paz, com dores terríveis pelo corpo, em especial na área proctológica.

Desmoralizados, ao verem outra roulotte de bebidas nas proximidades, decidem embebedar-se uma vez na vida
«Mesmo que seja pecado, Alá que se lixe»)!!!

Bebem whisky adulterado com metanol e precisam voltar ao Hospital de S. José.
Os médicos também diagnosticam gonorreia no rabo inchado. («Pé de Mesa» não perdoa!)

Segunda-feira, 23h42m: os dois terroristas fogem de Lisboa escondidos nas traseiras de um camião de electrodomésticos que, horas depois, foi assaltado por um bando de feirantes ciganos na Serra da Arrábida.

Ao descobrirem dois homens de pele escura, nariz comprido e bigode na caixa de carga do camião, os ciganos confundiram-nos com membros de outra família cigana rival e sovaram valentemente os dois guerrilheiros de Alá.

Desnorteados, famintos e desidratados, enfraquecidos pela brutal diarreia, com o rabo ardente e dorido, sem se poderem sentar ou andar, são encontrados por uma carrinha de apoio aos sem-abrigo e levados para a zona do Estoril.

Viajam deitados e de lado. Na bela estância balnear vagueiam, com dificuldade, o dia todo à procura de comida e de água.

Cansados, acabam por adormecer debaixo da marquise de um prédio de luxo numa área residencial e muito chique de Cascais
A Polícia Judiciária ainda não revelou o hospital onde os dois foram internados em estado muito grave, depois de espancados quase até a morte por um grupo de «cabeças rapadas» (skinheads) perseguidores de minorias étnicas.

Quarta-feira, 12h20: os homens de Bin Laden saem do hospital e são recolhidos, ao cuidado do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no sector de imigrantes ilegais, em Oeiras, onde deveriam permanecer até que o Ministério da Justiça autorizasse a deportação dos dois infelizes, para o país árabe de origem, se houver verba, é claro.

Esfomeados, os guerrilheiros de Aláh dirigem-se directamente ao balcão do self-service, ultrapassando a fila dos restantes imigrantes ilegais também a aguardarem extradição para os respectivos países.

Um porta-voz do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) informou que os dois árabes serão directamente encaminhados para o Aeroporto e extraditados, assim que tenham alta do hospital onde se encontram novamente internados após as violentas agressões que sofreram às mãos de uma trupe de romenos ilegais, em pleno refeitório do Centro de Detenção de Imigrantes Ilegais de Oeiras

Os dois estão tão apavorados com Portugal que só pensam em ir embora. No entanto, parece que vão propor ao bin Laden que mande o pessoal da Al Qaeda, treinar aqui !!!

sábado, janeiro 26, 2008

Em contra-maré

É minha opinião que o Ministro da Saúde tem sido flagelado publicamente porque ousa desafiar interesses instalados que lucram milhões com irracionalidades do SNS.
Apesar de haver algumas políticas que tenho mais dificuldade em compreender, acho que o ministro é dos melhores ministros da saúde que já tivemos em Portugal, o que parece contradizer a má onda que se forma contra ele na comunicação social. Por isso, vou deixar alguns números falar por si sós.

387.000 novas primeiras consultas foram realizadas em três anos (de 2004 para 2007), o que representa uma subida de 19,3%. A sua proporção no total de consultas subiu de 25,2% para 26%. O Ministério quer chegar aos 30% em 2009.

3,3 em cada mil nascimentos, é o número de 2006 para a mortalidade infantil, que se situava nos 3,7, dois anos antes. A mortalidade neonatal encontrava-se nos 2,5 em 2004, tendo baixado para os 2,1 em 2006.

105 Unidades de Saúde Familiar (USF) atribuíram um médico de família a 150 mil portugueses inscritos nos centros de saúde que não tinham acesso a estes clínicos. A meta é chegar ao final deste ano com 150 USF em funcionamento.

21,4% dos internos foram para Medicina Geral e Familiar no ano passado. Em 2004, apenas 15,8% o tinham feito. O objectivo do Ministério da Saúde é que este ano a percentagem suba para 25% e depois atinja os 35%.

6000 doentes a menos à espera de uma cirurgia em Outubro de 2007. Em Dezembro de 2005, constavam da lista de espera 241 mil utentes. Em média, os meses de espera eram 8,6 em Dezembro de 2005, passando agora para 4,4.

1885 lugares de cuidados continuados estão actualmente contratualizados com o sector privado ou social. A tutela pretende que este número aumente para cinco mil já durante o próximo ano de 2009.

24.307 chamadas de utentes foram recebidas pelos profissionais da linha telefónica Saúde24, desde 24 de Abril de 2007, dia em que o serviço foi inagurado. O ministro garante que foram evitadas muitas idas desnecessárias às urgências.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

é por isto que a Educação em Portugal está como está

"Professores são profissão em que portugueses mais confiam e a quem dariam mais poder" (Publico)

Djoker corta no rate do FED

e Tsonga agradece...
Foi assim, que se perdeu aquela que seria, para mim, a melhor final masculina do australian open.
Valha-nos a final das senhoras!

IPA 22


O último «Alien»




A idade não perdoa. Na última «sequela» da saga «Alien», não é apenas Sigourney Weaver que acusa os efeitos da passagem do tempo. A «criatura» aparece-nos mais humanizada, menos assustadora, menos «a preto e branco». Continua a rebentar do ventre dos seres humanos, sim, mas agora com outras preocupações. Típico é o seu comentário «Posso replicar-me infinitamente, mas isso faz de mim único?» Ou «Semeio o terror porque me aterroriza confrontar-me com a perda das minhas faculdades.» E é Sigourney que assume a condução do processo degenerativo ao confrontar o monstro com a suas limitações, a sua incapacidade existencial de assumir - ou pelo contrário, de pôr em causa - a dialéctica contemporânea do freak que se vê reduzido a atracção de feira. No espaço exterior, como nas ruas de Nova Iorque, onde a acção decorre em segmentos onde o realizador assume a não-linearidades do espaço e do tempo tal como a vemos desde os primeiros trabalhos de David Lynch, ou, recuando um pouco mais ainda, desde os filmes experimentais de Andy Wharol. O maniqueísmo dadaísta atinge por isso a sua máxima expressão neste último trabalho de Ridley Scott, que volta, num sentido witgensteiniano, ao local do crime. Por tudo o que fica dito, o título deste que poderá bem ser o último e definitivo da série não podia ser mais adequado: «Woody Alien». A não perder.

Pensamentos do Dalai Lima @£@€§££§§

Faria era idealista,
mas pouco concretizador.
Até lhe chamavam Faria.

A Vitória da Razão




Na sequência deste post do Ricardo Pinheiro Alves, temos hoje esta notícia na BBC.

Foi publicado na revista SCIENCE , a forma como uma equipa do laboratório do já famoso John Craig Venter (que ainda no Sábado passado deu uma fantástica palestra em Londres, em directo na BBCWorld), recriou o código genético de uma bactéria. Trata-se de uma forma de vida sintética, e não artificial - a diferença é ténue. Passou-se assim da fase de leitura do ADN, para a fase da escrita do código genético, neste caso com o intuito de criar formas de energias eficientes e nao poluentes.

Independentemente de todas as questões éticas que se levantam com mais este avanço na criação de vida artificial, é indiscutível que estamos hoje perante mais um giant leap for mankind. Uma indiscutível vitória da razão.


PS: Será igualmente interessante ver que tipo de cobertura este assunto terá nos media portugueses, bem como o debate em torno deste tema. Cá para mim, será pouco ou nenhum.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Como o Cristianismo gerou a liberdade, os direitos do Homem, o capitalismo e o milagre económico no Ocidente

Notável o livro de Rodney Stark "A Vitória da Razão", editado pela Tribuna. Sabe bem ler um livro que ensina e espanta pela simplicidade e pela profundidade do seu texto. Aconselho vivamente, especialmente a não Cristãos.

A tese de Starck é muito simples. O Cristianismo é a única religião virada para o futuro. «A razão é um dom de Deus e a ferramenta que permite um desenvolvimento progressivo na compreensão da Biblia e da Revelação.» Deste modo, o Cristianismo renova-se em função do progresso e com base na razão. A confiança na razão foi trazida pelo Cristianismo e enraizou-se no mundo ocidental durante a Idade dita das "Trevas", dando origem a coisas tão simples como a ciência, a teoria e a prática democráticas e o capitalismo. Ou seja, a superioridade do "modelo" ocidental tem uma só base, o Cristianismo. E foi durante as tais "trevas" que tudo isto teve início. Bendita época.

Para os mais cépticos apenas uma nota: Stark não é Cristão, é historiador das religiões.

Pensamentos do Baú do Dalai Lima 2003

A fidelidade à americana é cómica.
A fidelidade ao americano é hillaryante.

A ADICIONAR AOS FAVORITOS, CATEGORIA BLOGS

Numa rapidíssima ronda pela blogosfera, acabo de descobrir um novo porto de grande qualidade. A visita foi curta mas o conhecimento que tenho dos autores permite-me assegurar, garantir sem qualquer dúvida, que vai valer a pena acompanhar diariamente mais este blog.

CODFISH WATERS, de seu nome. António e Kiko, bem-vindos a esta casa, que esperemos visitem com regularidade ;)


Algum dos meus ilustres co-bloggers, mais versados em IT do que eu, poderia acrescentar esta casa na nossa coluna da direita? Agradecida.

alelulia

Maria Sharapova


Ana Ivanovic

Depois de anos a gramar as manas Williams, a Mauresmo, a Clijsters e a Davenport, vamos finalmente poder assistir a uma final de um torneio do Grand Slam verdadeiramente feminina.

Pensamentos do Baú do Dalai Lima jhbkjh gj

Portugal prescreveu.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

futura primeira dama americana...

dorme em cerimónia evocativa de Martin Luther King, dias antes das primárias chegarem à Carolina do Sul...

Pensamentos do Dalai Lima 09809hkjg

«Ele quer é a quadratura do círculo!»
Carlos Andrade, moderador do debate das quartas na SIC-Notícias, comentando a sugestão de Luís Filipe Menezes de inclusão dum PSD «ortodoxo» para discutir com Pacheco, Lobo Xavier e Coelho.

"sábios"

Rui Ramos, no Publico de hoje:
"Acontece que, em vez de marcharem contra os jihadistas, ei-los a avançar contra as igrejas cristãs, e especialmente contra a católica. Enganaram-se no século? É por hábito? Ou dá-lhes mais jeito mostrar contra o Papa a coragem que lhes falta perante os jihadistas? Pois: morrer pelas ideias, mas de morte lenta."

Alhos e bogalhos - IV e último

Por fim, agarra-se Rui Tavares a mais uma ironia. Como é possível que a Igreja acuse quem quer que seja ou o que quer que seja de censório quando vive, ela própria, mergulhada na censura? Como pode o Papa (ou a Igreja) defender a liberdade de expressão quando impõe o Index aos seus fiéis? Sobre o Index já o Gabriel, aqui, disse tudo. Apesar da imprecisão da referência, sobra o essencial. É sistemática a confusão entre aquilo que são regras gerais, impostas urbi et orbe e o que são normas de comportamento exclusivas de um grupo. Uma coisa é impedir, para além dos limites da legalidade, que qualquer pessoa diga o que quiser; outra, bem diferente, é aceitar que um grupo, num exercício que os modernos chamam "auto-regulação", se imponha a si próprio baias ditadas por um comum sentimento de pertença. Isto na Igreja como em todos os outros grupos de adesão voluntária. Aquilo que muitas vezes se chama "delito de opinião", nos partidos políticos por exemplo, e que tantas carpideiras de circunstância convoca, mais não é do que verdadeira infracção disciplinar. Não poderão as pessoas pensar de forma diferente dos programas dos partidos? Claro que sim. Admitir o contrário seria sacralizar a censura. Mas não se pode estranhar a conclusão de que quem pensa de forma substancialmente diferente do programa do partido em que milita não pode continuar a considerar esse partido como seu. Mais ainda, os outros partidários devem ter o direito de mostrar que quem pensa daquela maneira não pode arrogar-se como pertencendo ao partido.
Que a Igreja impõe aos seus fiéis exigências várias é evidente. Que essa evidência possa sustentar a afirmação de que há uma castradora censura a abater-se sobre os católicos é que não se pode aceitar. Tanto quanto me é dado ver, ninguém é obrigado a ser católico e a seguir os preceitos da Igreja. Portanto, talvez não fosse menos avisado deixarem os católicos em paz com as regras que eles próprios não rejeitam. Isso, Rui Tavares, é que é liberdade de expressão.

terça-feira, janeiro 22, 2008

claro que o único "tuga" a aparecer tinha que ser a apanhar

Alhos e bogalhos - III


Ratzinger, no bom juízo de Rui Tavares, condena o relativismo. Como então explicar, pergunta ele, que o Santo Padre ouse socorrer-se das palavras de Feyerabend, um dos expoentes do relativismo do séc. XX? Para Rui Tavares parece ser normal semear rótulos em todos os seres pensantes e, sendo o distintivo de um deles pouco consentâneo com a minha própria etiqueta, estarei impedido de o citar. Este hábito, que afecta sobretudo as mentes arejadas do pós-modernismo, as mais das vezes é involuntário. A pretensa valorização do indivíduo e da sua irreprimível liberdade, agrilhoada pelo que entendem ser o obscurantismo moralista da Igreja, esbarra no maniqueísmo com que comodamente resolvem os seus dilemas. Há o nós e o eles. Parece que é assim que pensa Rui Tavares e ele próprio deixa demonstrado que não é assim que pensa o Papa. Para o Santo Padre é possível zurzir o relativismo e citar um relativista. Para Rui Tavares isso é irónico.

Eu já experimentei na pele este tipo de arrumação mental, aquando da campanha para o referendo do aborto, a propósito do Blogue do Não. A deputada Helena Pinto, num dos seus rasgos de maior inteligência, convocou jornalistas e salivou barbaridades várias, todas de uma imbecilidade confrangedora, acusando o nosso blogue de ser uma correia de transmissão de ideias fascistas. Tudo porque no dito blogue, o André Azevedo Alves citara uma afirmação, absolutamente inócua, de uma pessoa que a senhora considerava ser um perigosíssimo fascista. Lá está a mesma lógica. Se aquele tipo é fascista (e desconfio de que devem ser muito generosos os critérios da deputada, a avaliar pelo resto) eu não posso concordar com nada do que ele diz. Pois. Está certo.

Alhos e bogalhos - II


Mais perplexizantes são as ironias apontadas por Rui Tavares. O Papa, como bem se compreende, condena o marxismo, o liberalismo e o relativismo. E com ele muitos, como eu. E diz Rui Tavares, na posse de dados que me escapam, que não faltam católicos liberais ou marxistas. Claro que isto vale o que vale. Provavelmente, e em benefício do rigor, melhor andaria o autor de tão surpreendentes revelações - sabidas de todos, como obviamente esclarece - se tivesse fixado esses conceitos tão fluidos: católicos, liberais e marxistas. Desconfiemos sempre de quem, à míngua de provas, transforma o indemonstrável em axioma.

Alhos e bogalhos - I


Que a Universidade é, hoje, um lugar muito mal frequentado, não há dúvidas. E já não espanta que um punhado de soixantes-huitards après la lettre se bata feroz e irracionalmente contra os seus próprios moinhos de vento. E a Igreja é, para boa parte de uma certa esquerda, aquela que cobre a histeria com o diáfano manto da veemência, um dos últimos bastiões de uma incómoda resistência que importa anular.

Não me atrevo a evocar os méritos académicos do Santo Padre. Sublinho apenas o que me parece óbvio: as Universidades devem ser palcos de excelência e as suas portas deviam estar sempre mansamente abertas a todos os que carreguem essa excelência. Terá sido essa, aparentemente, a leitura da Universidade de Lisboa, na hora de receber Kadhafi.

Alhos e bogalhos


Ontem, no Público, Rui Tavares comentava (com eco noutros meios) o lamentável sucedido de La Sapienza. Como costuma fazer, uma no cravo outra na ferradura. Se é verdade que alguns dos académicos não estiveram bem, o certo é que o Papa esteve (e tem estado) pessimamente. Como de costume também, discordo dele.

Sob a incontestada afirmação de que todos têm direito à sua opinião mas não aos seus próprios factos, Rui Tavares conclui que "declinar um convite para evitar protestos desagradáveis" não é sinónimo de "ser impedido de ir a um lugar". Faz-me lembrar esta passagem os exemplos usados na Faculdade para distinguir coacção física da coacção moral. Aquela inelutável, esta deixando ainda espaço para a vontade. Pode ainda escolher o que se vê coagido por uma pistola apontada à cabeça. Pois pode. Nesta linha de lógico raciocínio, o Santo Padre só não foi à Universidade porque não quis. Poderia sempre ter ido, mesmo com ameaças de desacatos e com a declaração das autoridades de que não poderia garantir a segurança de pessoas e bens (afirmação tanto mais esdrúxula quanto é sabido que vivemos tempos de um terrorismo global). Poderia Bento XVI ter ido a La Sapienza. Podia. Mas não quis ir. E infelizmente, neste caso, "declinar o convite" e "ser impedido de ir", são quase uma e a mesma coisa.

Domínios do marketing e da publicidade

No fim-de-semana que passou coube-me a ingrata tarefa de comprar um frigorifico. Detesto fazer compras, com a pontual excepção de livros, e abomino centros comerciais e grandes superfícies onde o ar pouco saudável nos faz sentir tontos. Mas restam poucas alternativas e torna-se inevitável a frequência de tão nefandos locais. Lá fui, contrariado, na esperança de resolver rapidamente o problema de um frigorífico avariado e sem conserto. O meu comportamento não iria ser certamente o do consumidor racional, presente nos modelos económicos, que toma as decisões visando a maximização da sua utilidade. Ou melhor, ao contrário do que é habitualmente assumido, a maximização da minha utilidade, pelo menos naquele dia, passava essencialmente por não ter de me deslocar para efectuar tal compra. A partir do momento em que tinha de ser eu a realizá-la a utilidade estava irremediavelmente perdida.
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Passado algum tempo após ter chegado ao hipermercado dou comigo a comparar capacidades de congelação, áreas úteis, eficiências energéticas e outros indicadores desse maravilhoso mundo que é o dos electrodomésticos. Finalmente cheguei à questão do preço e reparo que poderia optar entre despender 300 euros de imediato ou comprar em 10 “suaves” prestações de 35 euros. È o custo do dinheiro, pensei. Mas ao lado dizia claramente que a compra a crédito era sem juros. Fiquei atónito. A loja não cobrava juros, nunca legalmente o poderia fazer, mas cobrava mais 50 euros pelo período alongado de pagamento. Ora porque é que o pagamento mais tardio significa desembolsar mais? Por causa do custo de oportunidade de não deter o dinheiro. É qual é esse custo? A taxa de juro. O hipermercado conseguia assim o extraordinário feito de cobrar juros sem legalmente o fazer.

Lembrei-me de imediato de um anúncio de um Banco que agora se ouve muito na rádio. Alguém arranjou um novo emprego e ao segundo dia de trabalho foi aumentado. Qual a razão de tão extraordinário evento? Ter domiciliado o seu salário no dito Banco e assim ter passado a ter acesso a uma linha de crédito superior em 10% ao seu salário. Mas isso não é nenhum aumento, diria eu. “Pois não”, responderia o Banco ou o publicitário que idealizou o anúncio, “mas o que é que isso interessa?”.

Será isto a realidade virtual de que tanto se fala? Ou será isto que explica porque é que o actual Governo se preocupa em primeiro lugar com a gestão da sua imagem? Não com os factos da governação, mas sim com os efeitos mediáticos da mesma?

Percebe-se assim porque é que as leis que regem a publicidade em Portugal não são levadas a sério. Porque é que as televisões ultrapassam desavergonhadamente os limites de tempo para passarem publicidade. Porque é que os nossos filhos são constantemente, e sem qualquer restrição, “assaltados” com “tentações” com a cara dos “Noddys” que povoam as suas imaginações. Tudo isto acontece sem qualquer reacção do Governo porque este é precisamente o seu comportamento perante os portugueses. Mudar e fazer cumprir as leis do marketing e da publicidade, de uma forma moralmente digna e aceitável, significaria limitar as inúmeras formas de propaganda de que o Governo dispõe. E isso é que não é aceitável.

Também publicado em http://www.demoliberal.com.pt/noticias.php?noticia=6616

Pensamentos do Dalai Lima 1111111111111


Constâncio não regula.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Obituário

1 - Neste dia em 1793, Luís XVI com 38 anos, foi guilhotinado em França. Cinco meses antes a monarquia tinha sido abolida e Luís foi considerado culpado de traição e condenado à morte pela Convenção, que votou a sentença por 380 votos contra 310, no dia 18 de Janeiro.
"Terá enfrentado a morte com coragem e compostura. Recusou que os guardas o amarrassem e subiu resolutamente ao patíbulo no meio do silêncio sepulcral da multidão, as suas últimas palavras foram: «Morro inocente dos crime de que me acusam. Perdoo aos que quiseram a minha morte e peço a Deus que o sangue que ides derramar nunca caia sobre a França.» De seguida o rei que introduziu a guilhotina, foi ele próprio guilhotinado. O silêncio terá continuado após a execução, até que finlamente se ouviram gritos de "Viva a República!"
[A Guilhotina foi usada em França até 10 de Setembro de 1977!]

2 - Neste dia em 1924, morreu Vladimir Ilitch Lenin. Ainda hoje não se sabe ao certo a causa da sua morte.

3 - Também neste dia em 1950, morreu Eric Arthur Blair, escritor inglês que usava o pseudónimo George Orwell, um dos grandes críticos do totalitarismo.

Datas e citações retiradas do "365 Grandes histórias da História", de W.B. Marsh e Bruce Carrick, Bertrand Editor. É provavel que ainda venham a ver aqui mais umas citações deste livro...

Pensamentos do Dalai Lima ««««««««««««««

À segunda custa-me
sempre a levantar.

Paciente de disfunção eréctil

sexta-feira, janeiro 18, 2008

MUITO BOAS NOTÍCIAS

Porque não tenho tempo para mais, deixo apenas o link para esta grande notícia, antes de partir para fim de semana. Vou muito mais bem disposta!

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/71a5d112f9f0eb3c63c096.html

Cheque Mate a Bobby Fischer

Morreu o famoso Bobby Fischer, aos 64 anos vítima de doença prolongada. R.I.P.

Quem avisa amigo é

O texto abaixo, do muito amado-odiado VPV, é mais um que nos avisa a todos para o que se está a passar na Europa, e por reflexo e provincianismo nosso, em Portugal. Vem no seguimento do texto de ontem de JMFernades e de outros de Pacheco Pereira e António Barreto, só para citar os mais lidos. Os portugueses não querem saber mas a pouco e pouco a podridão deste sistema que nos governa vai aparecendo e sufocando. A ausência de referendo sobre a UE e o próprio processo de construção europeia que assenta cada vez mais na negação da individualidade dos povos europeus, tal como a ditadura higiénica que corroi a individualidade de cada um de nós, são duas das faces mais negras de todo o processo. Quando nos sentirmos directamente afectados e percebermos o que se está a passar poderá ser demasiado tarde para reagir e fazer algo. Mas o primeiro passo para reagir é simples, não votar no PS nem no PSD em 2009. Quem avisa amigo é.

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A liberdade vai morrendo
in Público, 18.01.2008, Vasco Pulido Valente

A Mesquita Central de Oxford, muito conspícua, com minarete e cúpula, reclamou agora o direito de fazer apelo à oração, com o ruído que a ortodoxia recomenda. Para quem viveu em Oxford, isto é difícil de engolir. Mas suponho que não haverá grandes problemas. Pouca gente irá protestar contra a "islamização" da cidade e as coisas seguirão em sossego, de acordo com as regras do multiculturalismo. Já em Roma, um grupo de professores não permitiu que o Papa Ratzinger - um académico, um filósofo e um teólogo - fosse à Universidade de Roma, "La Sapienza", em nome da laicidade da investigação e do que ele pensa (se pensa) sobre a condenação de Galileu. Aqui, manifestamente, o multiculturalismo não vale. Vale o velho ódio à Igreja Católica e a intolerância da "correcção política".O direito de cada minoria se afirmar - ou, pelo menos, de certas minorias se afirmarem - acabou em conflito. Não acabou, como se esperava, numa nova espécie de coexistência pacífica. O universalismo da civilização do Ocidente, agora desprezada, está a ser substituído por uma série de particularismos, que não reconhecem o direito à diferença e que se querem impor ou separar. Usando uma antiga estratégia, o islão invoca a liberdade contra a liberdade. Um método que sempre seduziu a "inteligência" europeia, invariavelmente partidária da força e da repressão: a liberdade invocada para autorizar um muezzin em Oxford é a mesma liberdade invocada para não permitir que o Papa fale na Universidade em Roma. A liberdade condena a "islamofobia" em Oxford e aprova a "catolicofobia" em Roma.A intolerância aumenta; governa a religião, a saúde, a ética sexual (só uma é aceitável) e, contra toda a inteligência e toda lógica, começa a ressuscitar o nacionalismo. Na Bélgica, em Espanha, na Itália (embora moderadamente) , a exclusividade regional reaparece, com um ódio hesitante mas profundo. A "Europa", afinal, não juntou, separou. Por um lado, em Bruxelas, para as pessoas se entenderem, falam inglês. Por outro, na Catalunha ou no País Basco, há quem se queira afastar ou isolar do mundo mais próximo. A fragmentação cultural do Ocidente não trouxe a ninguém autonomia e poder de escolha. Trouxe, e continua a trazer, fanatismos de vária ordem, que pretendem reger, "regularizar" e limitar o comportamento do cidadão comum. A liberdade vai morrendo.

ler

a entrevista que Pauleta deu hoje ao dn. Há jogadores com quem facilmente se estabelece empatia e Pauleta é um deles.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

cristiano ronaldo - made in Portugal

Falta de "Sapienza"

O fundamentalismo racionalista e o dogmatismo científico que predominam na Europa voltaram a fazer das suas. O Papa não pôde ir falar a uma universidade porque há 18 anos disse uma frase que não agradou aos universitários (ver texto abaixo de JM Fernandes e detalhes aqui). Vai daí, coloca-se o dito centro de saber ao serviço do obscurantismo e da falta de abertura ao Mundo. Assim vai a Europa dos nossos dias ...


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O papel da sapienza e da honestidade no debate intelectual
in Público, 17.01.2008, José Manuel Fernandes

Quando se fecham a Bento XVI as portas de uma universidade, impedindo-o de falar, é sinal de que alguns praticam tudo o que no passado criticaram à Igreja. E ainda se orgulham disso...
O tempo dá por vezes razão aos que parecem não a ter mais depressa do que os próprios se atreveriam a esperar. Há uma semana, nas páginas do PÚBLICO, Rui Tavares atacava Vasco Pulido Valente por este ter sugerido, na sua expressão, que "a Igreja é capaz de ter de viver novos tempos de clandestinidade". O que era obviamente ridículo. E impensável.Nem uma semana passou sobre esse texto e acabamos de assistir não à "passagem à clandestinidade", mas a algo igualmente impensável: em Roma, na sua prestigiosa Universidade, crismada "La Sapienza" (A Sabedoria), um grupo de professores mobilizou um protesto que conseguiu levar o Papa Bento XVI a declinar o convite para falar na sessão inaugural do ano lectivo. Porquê? Porque consideraram que o convite a um dos grandes intelectuais europeus da actualidade - uma qualidade que só por cegueira se pode negar ao antigo cardeal Ratzinger - era "incongruente" com a laicidade da universidade. Ou seja, um cidadão de Roma e do mundo, um bispo que se distinguir como académico, viu serem-lhe barradas as portas do que devia ser um templo da ciência em nome de um princípio sectário e de um preconceito que levou um grupo de cientistas a deturparem o que tinha dito num passado já longínquo. Na sua arrogância consideraram mesmo o homem que manteve uma polémica aberta e elevada com Habermas como sendo "intelectualmente inconsistente".Ernesto Galli della Loggia, editorialista do Corriere de la Sera, ele mesmo um defensor dos princípios da laicidade, escrevia ontem que o gesto dos professores, poucos mas com responsabilidades, traduzia "uma laicidade oportunista, alimentada por um cientismo patético, arrogante na sua radicalidade cega". Uma laicidade que não hesitou em seguir o mesmo caminho dos islamitas radicais que tresleram o famoso discurso de Ratisbona, deturpando-o e descontextualizando -o, para atacarem Bento XVI. E Giorgio Israel, um professor de História da Matemática que se distanciou dos seus colegas, explicou que estes tinham construído o seu caso a partir de "estilhaços de um discurso" realizado pelo então cardeal Ratzinger em Parma há 18 anos. O processo foi muito semelhante ao de Ratisbona: em vez de notarem que o Papa citava outrem para a seguir marcar as suas distâncias, pegaram nas palavras do autor citado - em Parma o filósofo das ciências Paul K. Feyerabend - para, atribuindo-as a Bento XVI, considerarem que este dava razão à Igreja na sua querela com Galileu. O sentido do discurso de Parma, prosseguia o mesmo Giorgio Israel, era exactamente o contrário da caricatura que esteve na origem do protesto: afirmar que "a fé não cresce a partir do ressentimento e da recusa da modernidade".Mas que universidade é esta, que cidade é esta, que Europa é esta, que fecha as portas a alguém como Bento XVI, para mais com base numa manipulação? Não é seguramente a que celebra não apenas a tolerância, mas a divergência, a discussão em busca da verdade. E que por isso não aceitou sequer ouvir o que o bispo de Roma lhe tinha para dizer. E que já sabemos o que era, pois o Vaticano já divulgou o discurso.Como este Papa nos tem habituado, era, é, um grande texto, uma extraordinária aula onde o teólogo e o professor, unidos num só, discorrem sobre o papel da Igreja e o da universidade, que, "na sua liberdade face a qualquer autoridade política e eclesiástica, encontra a sua vocação particular, essencial para a sociedade moderna", a qual necessita de instituições autónomas de interesses ou lealdades particulares, antes dedicadas à "busca da verdade".Evoluindo entre referências modernas (John Ralls e Habermas) e clássicas (com destaque para o "pouco devoto" Sócrates, que elogia e defende), socorrendo-se de Santo Agostinho e S. Tomas de Aquino, Bento XVI escreveu um texto que, devemos admiti-lo, seria uma afronta para os seus detractores. Por possuir a abertura e a universalidade que são o oposto do seu sectarismo anticlerical. Por defender que "o perigo do mundo ocidental é que o homem, obcecado pela grandeza do seu saber e do seu poder, esqueça o problema da verdade. E isto significa que a razão, no fim do dia, acabará por se vergar às pressões dos interesses e do utilitarismo, perdendo a capacidade de reconhecer a verdade como critério único".E alcançar a verdade implica questionar - mas não ignorar - as certezas de hoje. E um Papa, na universidade, não vem para "impor a fé de cima, pois esta é antes do mais um dom da liberdade".No tribunal de "La Sapienza" foi um Papa que quiseram colocar no lugar de Galileu, e foram cientistas que fizaram o papel do acusador de então, o cardeal Roberto Bellarmino, porventura mostrando ainda menos compaixão.Mas nisso, infelizmente, não andam sozinhos. Já repararam como, entre nós, vai por aí um debate sobre Pacheco Pereira e Vasco Pulido Valente terem chamado "fascista" a Sócrates, o que nenhum deles chamou. Como, de resto, nem o próprio António Barreto chamou, pois o seu raciocínio completo é: "Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições."Como é mais sexy discutir o "fascismo", ilude-se o que o próprio autor considera ser "o importante" - o que é mais depressa chicana política do que debate intelectual, perdoe-se esta franqueza, que só pode ser tomada pelo que é: um desafio a recusar o mau exemplo de "La Sapienza".

Pensamentos do Dalai Lima ÇDSPT

Era um ser humano
Perfeitamente normal,
Assim entre o génio
E o débil mental.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

centenário da república

Nasceu um novo blogue para rememorar convenientemente o centenário da república, aqui. Um dos animadores é o nosso amigo João Távora. O nosso milhafre também é por lá referenciado. Ide ver.

As Tertúlias do Casino

Ao longo do último ano, o Casino da Figueira da Foz organizou um conjunto de tertúlias para as quais convidou a nata de quem pensa em Portugal.
Algumas dessas tertúlias foram transmitidas pela televisão em programas como A Quadratura do Círculo ou o Prós e Contras mas algumas das mais interessantes passaram abaixo dos grandes radares mediáticos, tendo-se assistido a brilhantes argumentações e diálogos.
O primeiro ano de tertúlias fechou hoje com chave de ouro com uma conversa entre dois colossos do debate em Portugal: Mário Soares e Pacheco Pereira.
O debate, moderado pela não menos brilhante Fátima Campos Ferreira, que teve a inteligência de deixar fluir o debate sem procurar o protagonismo de outros moderadores foi, a todos os títulos, extraordinário. ---
O tema do debate era a Europa e o Mundo e, em lugar do mesmo debate estafado, de consensos politicamente correctos, a que se assiste nos media, defrontaram-se duas posições frontalmente opostas: Pacheco Pereira, tradicional opositor dos referendos, a defender o Referendo ao Tratado e a declarar que votaria contra. Mário Soares, que quando Presidente advogou o referendo à Europa, a opor-se ao referendo do tratado e a defender a sua ratificação imperiosa.
A posição de Pacheco Pereira era claramente mais fácil, dado que ambos começaram por concordar que o Tratado não é claro, tem sérios inconvenientes e foi o resultado de um processo de elaboração obscuro, dominado por interesses franceses e alemães. Mário Soares admitiu mesmo que, indo a referendo, provavelmente seria aprovado em Portugal por escassa maioria e seria chumbado na Europa. Tinha, assim, a tarefa mais complicada de argumentar que, apesar disso, é importante aprovar o Tratado para preservar o papel da Europa no Mundo e evitar condenar a Europa à irrelevância política de alguns países médios num mundo de superpotências (EUA, China, Índia, Rússia e eventualmente Brasil). Não me posso arrogar a pretensão de reproduzir aqui os seus argumentos que não foram fáceis mas que foram, sem sombra de dúvida, corajosos, por não apelarem às fórmulas fáceis com que Sócrates, Sarkozys e Gordon Browns nos querem vender o tratado. Em vez disso, apelou à visão de longo prazo, aos interesses da Europa num horizonte de 50, 100 anos, em que este tratado particular já poderá estar ultrapassado mas a realidade geopolítica do mundo não mudará. Fez uma analogia interessante com a partida para os descobrimentos, onde a dose de incerteza dominava mas a inevitabilidade da saída se sobrepôs ao bom senso.
Pacheco Pereira argumentou, com igual tenacidade e clareza de ideias, contra os perigos escondidos no tratado. Referiu os perigos geoestratégicos que se escondem na Europa, expôs exemplos claros e que deram que pensar.
No final, ninguém se poderia queixar de que os bons argumentos de um lado e do outro não foram expostos e bem defendidos. Foi, sem dúvida nenhuma, o melhor debate sobre o futuro da Europa a que já me foi dado assistir, dentro ou fora de portas.

Em seguida, o debate evoluiu para o futuro do Modelo Social Europeu. A discussão era um pouco anti-climáctica, depois de se terem discutido os grandes desígnios da Europa e do Mundo. No entanto, os dois tiveram o condão de elevar a discussão, fugindo de novo às formas batidas desse debate e argumentando com grande coragem, sem se preocuparem com a forma como as suas ideias se poderiam reflectir numa qualquer manchete ou num qualquer sound bite televisivo.
Pacheco Pereira defendeu a visão economista tradicional, do esgotamento do Modelo Social Europeu, em virtude da Inversão da Pirâmide Etária, da competição feroz de economias sem encargos sociais e do aumento da esperança média de vida, que desequilibra sistema de Segurança Social.
Numa tirada brilhante, Mário Soares lembrou que o grande ex-libris do Modelo Social Europeu, o SNS Britânico, foi criado numa Inglaterra arrasada pela Guerra, onde havia miséria e carências de toda a ordem mas que vingou e veio a dar origem a uma das melhores escolas médicas do mundo. Enquanto isso, numa sociedade de forte abundância, com exibições de riqueza majestosa quer-se argumentar que não há dinheiro para manter um sistema de saúde público? Se uma sociedade em ruínas o pôde pagar, porque não pode uma sociedade rica e avançada sustentá-lo.
O outro grande exemplo que deu, o pai dos sistemas de segurança social, foi o New Deal, que nasceu da Depressão, do Crash Bolsista, do colapso da economia liberal, em condições de extrema pobreza no Sul dos EUA. No entanto, esse sistema não só pôde ser financiado num país arruinado como contribuiu decisivamente para a recuperação desse país e para o seu estabelecimento como garante da democracia nos tempos incertos da Segunda Guerra.
Pacheco Pereira argumentou, por sua vez, com a nova realidade global, fruto da tecnologia, do irrealismo de querer segurar um dinheiro sem pátria, o que Mário Soares rebateu com a necessidade de moralizar esse dinheiro sem pátria, de unir os governos na criação de regulamentção de capitais, para que o mundo financeiro volte a ser o espelho da economia real que lhe está na base e não um fenómeno especulativo de dinheiro que negoceia dinheiro, sem qualquer substrato real subjacente.
Houve argumentos, e bons, para quase todos os gostos e voltou a haver um bom debate político em Portugal.
É pena é que seja preciso não haver televisões presentes na sala para que se possa promover uma discussão tão franca e aberta, em que as verdadeiras questões são discutidas e se chamam os bois pelos nomes.
Espero que haja mais anos de tertúlias destas pela frente.

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terça-feira, janeiro 15, 2008

Previsões para 2008

Depois das "Notas sobre 2008" do Dr. Mário Soares, deixo-vos aqui outras previsões para 2008. Bem mais acertadas, digo eu:
  • Manoel de Oliveira grava sequela de Aniki Bóbó utilizando apenas câmaras de vídeo vigilância da zona da Ribeira no Porto;
  • Sócrates nomeia Armando Vara para presidente do Benfica;
  • Francisco Louçã usa uma gravata durante uma sessão da AR;
  • Sempre inspirado por Sarkozy, mas à sua escala, Luis Filipe Menezes começa a namorar com Mafalda Veiga;
  • Carlos Cruz é nomeado director de programas da RTP;
  • BCP lança campanha de spread 0 para militantes do PS com as quotas em dia;
  • Joe Berardo inscreve-se em curso de terapia da fala e já consegue cantar as canções mais complicadas de Sérgio Godinho;
  • ASAE lança franchising de restaurantes de fast-food;
  • Vanessa Fernandes será a nova namorada de Cristiano Ronaldo;
  • Galp descobre petróleo debaixo do capachinho de Fernando Gomes;
  • Julgamento Casa Pia é anulado porque vitimas, que entretanto envelheceram e sofrem de alzheimer, não conseguem depor a mesma história que descreveram no início do processo;
  • Mourinho é vencedor da Liga do Jornal Record;
  • Pedro Santana Lopes assume paternidade de Ribau Esteves;
  • Selecção Nacional de Rugby ganha finalmente um jogo;
  • Marques Mendes só é visto no último trimestre de 2008 numa câmara de vigilância da Zara Kids;
  • Tratado de Lisboa fica sem efeito pois Sócrates rubricou "Sócrates O Magnifico" em todas as páginas;
  • Paulo Portas assume relação com Jacinto Leite Capelo Rego e casa dentro de submarino em águas territoriais espanholas;
  • Scolari consegue feito inédito ao ser campeão da Europa só com empates;
  • Isaltino Morais é o primeiro presidente de câmara a usar pulseira electrónica;
  • Ministro da saúde Correia de Campos encerra-se no seu próprio gabinete e engole a chave."

Recebido via e-mail.

Os «Interesses» por trás da OTA

Durante anos, os defensores da solução da Ota tiveram de ouvir as piores insinuações sobre os «interesses» que se escondiam por trás da Ota, embora nunca se avançassem nomes ou se especificasse o tipo de interesses.
Não deixa de ser curioso, porém, que agora ninguém fale dos interesses por trás da solução Alcochete.
Esta Notícia do Público desperta-me as maiores preocupações.
Para começar, preocupa-me a facilidade com que a PGR elabora pareceres «a pedido», mesmo quando um parecer contraria o parecer anterior «quando as condições eram outras».
Preocupam-me os interesses que possam estar escondidos numa eventual indemnização milionária a conceder à Lusoponte. Preocupa-me que o actual presidente seja o antigo ministro que lhes concedeu a concessão. Preocupa-me a quantidade de gastos sumptuosos que a solução de Alcochete vai implicar, com a construção de uma ponte rodo-ferroviária, com o desvio de linhas de TGV, com o desvio de auto-estradas e com todo o género de obras públicas megalómanas que a solução vai implicar.
Por fim, preocupa-me que as câmaras do Sul do Tejo, que tanto se bateram contra os danos ambientais do Campo de Tiro de Alcochete, agora ignorem olimpicamente os danos ambientais de se construir uma cidade aeroportuária na mesma zona e de se ter corredores de aproximação ao aeroporto a cruzarem rotas de aves migratórias, com grave risco para as aves mas, sobretudo, para os aviões.

Retardador

Interesante o nome que Mário Soares escolheu para a sua nova coluna no DN, "o tempo e a memória". Com um nome desses poderia ser uma coluna assinada pelo Prof. Hermano Saraiva, que palpita-me seria bem mais interessante. "promover um referendo seria um mau exemplo para outros países, entre os quais alguns que o não podem fazer"... Incrível. Cá para mim esta coluna semanal é que será um grande retardador...

Laszlo Sepsi

No que respeita ao novo reforço do Glorioso, constato que não tem qualquer vídeo no youtube. Acho que está tudo dito. Estou com o Filipe.

João Miguel Tavares (2)

Aqui fica a 2.ª parte da crónica:
"Nunca tive tanta noção de o tabaco ser uma droga como nos últimos 15 dias, após ler textos alucinados por parte de colunistas habitualmente respeitáveis como Vasco Pulido Valente ou Miguel Sousa Tavares. O que eles têm escrito sobre a nova lei do tabaco, deitando mão a comparações que deviam envergonhar qualquer pessoa que tenha lido dois livros de História, é de tal modo inconcebível que só se explica pela carência de nicotina.
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Eles fingem que um café inundado de fumo é coisa que não incomoda ninguém. Eles chamam fascismo a uma decisão que chateia dois milhões de portugueses e protege oito milhões. E Sousa Tavares conseguiu mesmo a proeza de afirmar no Expresso, sem corar de vergonha, que a lei faz "lembrar, irresistivelmente, os primeiros decretos antijudeus da Alemanha nazi". Ora, isto não é texto de um colunista prestigiado - isto é conversa de um junkie a quem o dealer cortou na dose. Faço, pois, votos que os fumadores descompensados acabem de ressacar rapidamente, para o bom senso regressar e nós podermos voltar a lê-los com gosto."

João Miguel Tavares (1)

Não sei qual a posição no ranking dos comentadores, mas o João Miguel Tavares é seguramente um dos que mais gosto de ler. A crónica de hoje no dn é disso exemplo:
"Imaginem que eu recebia um convite para ir escrever no Público. Batia à porta do director do DN e dizia-lhe: "Pagam-me melhor e eu vou-me embora. Mas queria continuar ligado ao DN. Se a coisa correr mal eu volto." João Marcelino passava-me a mão pelo ombro, dava-me uma pancadinha nas costas e retorquia: "Ó João Miguel, estás à vontade, pá. Vai lá para o Público. Cá estaremos se te aborreceres."
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Seria possível esta conversa acontecer no mundo real? Eeerh não. Mas o pessoal dos bancos não vive no mundo real. E por isso Armando Vara pediu à Caixa Geral de Depósitos, com todo a lata do mundo, que o deixe ir para o BCP mantendo o vínculo à casa. Convenhamos: isto é ridículo. É certo que Armando Vara se transformou no homem que o País adora odiar. É amiguinho de Sócrates, fez carreira a partir do aparelho do PS, chegou longe com poucos estudos, esteve acusado de trafulhices várias, recebeu um megatacho na administração da Caixa. Mas ele também não faz muito por melhorar a sua popularidade. Vara é a prova de que mesmo dentro de um administrador milionário bate um coração de sindicalista, desejoso acima de tudo de manter um emprego para a vida. Os capitalistas desta terra parecem aqueles jovens adultos que querem muito parecer emancipados e ter o seu próprio apartamento, mas que depois vão aos domingos a casa da mamã deixar a roupa suja e buscar tupperwares com comida. Armando Vara não se contenta só com os tachos - ele quer um armário para os guardar."

bichas

O meu trânsito, de manhã, tem esta vista. São cerca de 30 minutos a ver o rio e o sol a nascer. Continuo a achar que tem o seu quê de romântico.

Pensamentos do Dalai Lima BÇP


Bin Laden é finalmente abatido por um pelotão de Marines. Ao chegar ao Céu islâmico, já lhe cresce água na boca ao antecipar o encontro com as 70 virgens que o recompensarão e servirão para o resto da Eternidade. Em lugar disso, porém, confronta-se com 70 matulões que parecem saídos dum filme americano de gangues de penitenciária. Ao manifestar a sua estupefacção e exigir uma explicação, o líder do grupo, um negro tatuado de cabeça rapada e cerca de 1,90m dirige-se-lhe: «Vou dar-te uma dica: nascemos todos entre 24 de Agosto e 23 de Setembro...»

segunda-feira, janeiro 14, 2008

2 anos

Ao fim de 2 anos de incontinências (nos IV desde o seu início; ideia do Miguel e nome da Gi, desaparecidos, espero que temporariamente, em combate!), e apesar do cansaço ser já grande, a verdade é que não deixo de me surpreender com o que vou encontrando na blogosfera. Não partilho da visão negativa que alguns como o Pacheco Pereira vão discorrendo de tempos em tempos, antes pelo contrário, posso afirmar que o saldo é francamente positivo. A começar nos amigos que já fiz, nos grandes textos que já li e, essencialmente, nos efeitos que vai tendo no mundo lá fora. É óbvio que não corre tudo pelo melhor. Exemplo disso mesmo sou eu, tantas vezes excessivo nas palavras e ofensivo para quem comigo não concorda. Arrependo-me de muitas coisas que escrevi. Alguns desculparão, outros nem tanto, à semelhança do que acontece no mundo real. Resta-me agradecer a quem nos lê e, muito em especial, a todos os que aqui escrevem (alguns desconhecidos até há bem pouco tempo), espelho daquilo que um dia espero poder vir a ser. Esta casa é a deles, foram eles que a fizeram. Obrigado.

Hillary agradece




Obrigado, obrigado!

Para comemorar 2 anos de incontinências (obrigado, obrigado!), feitos ontem, dia 13, e aproveitando a abertura do mercado de Inverno, decidimos apostar em gente nova para integrar esta grande mas ainda crescente família que são os IV. É, pois, com satisfação que anunciamos a contratação de Bernardo Cunha Gonçalves – aka Tait – que visa reforçar o nosso departamento de relações internacionais. Solteiro, bom rapaz até prova em contrário e, presumimos, de Direita, o que serve igualmente para reduzir proporcionalmente a participação do ZLM. Ainda não sabemos bem a que se dedica o Tait nos tempos livres, mas nos outros é doutor (de roubar e não de curar). Bem-vindo, Tait.

Eu disse «PERNA ESQUERDA!», LOURA DO #%&@§*!


Pensamentos do Dalai Lima ço2


Paulo Bento 0 - Papa Bento 16

ler e concordar com os outros

"é urgente que a direcção leonina resista à tentação de resolver a crise da equipa de futebol profissional do Sporting com o despedimento de um treinador que para além de competente é determinado e destemido." (João Távora, no corta-fitas)
Não podia estar mais de acordo com o João. Por favor, não caiam na tentação de despedir Paulo Bento. Se for caso disso, comprometo-me a assinar uma petição a favor da sua continuação como treinador do Sporting. Palavra de honra.

Como a Igreja criou a Europa

Texto de César das Neves que, curiosamente, reforça o que aqui escrevi de uma forma provocatória na semana passada, sob o título Epifania, e que para grande pena minha não recebeu nenhum comentário dos estimados leitores.

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João César das Neves
in DN, 14/1/2008

Como os debates da Constituição Europeia e Tratado de Lisboa mostram, a Europa vive uma grave crise de identidade. A origem profunda está num antigo mito que o volume A Vitória da Razão (Random House, 2006; Tribuna da História, 2007) do grande sociológico da religião Rodney Stark se esforça por destroçar. O subtítulo indica-o claramente: "Como o Cristianismo gerou a liberdade, os direitos do homem, o capitalismo e o milagre económico no Ocidente."Esta ideia não surpreende. Dado que a Europa criou os valores da sociedade moderna e é uma zona cristã, seria muito estranho não existir uma relação estreita entre esta origem e aqueles efeitos. Apesar disso é preciso afirmá-lo, porque segundo a tese comum, a Igreja manteve o continente na obscuridade e miséria durante séculos até que a emancipação, com o Humanismo e Iluminismo, permitiu a ciência, liberdade e prosperidade actuais. Esta visão, divulgada por discursos, livros de escola e tratados de História, é simplesmente falsa.Pelo contrário, a Igreja Católica, vencendo o paganismo obscurantista e civilizando os bárbaros, foi uma poderosa força dinâmica, estabelecendo os valores de tolerância, caridade e progresso que criaram a sociedade contemporânea. A Idade Média, conhecida como "Idade das Trevas", foi uma das épocas de maior desenvolvimento e criatividade técnica, artística e institucional da História.Os filósofos humanistas e iluministas posteriores repetiram, em boa medida, ideias medievais. Esta tese está longe de ser original (ver, por exemplo R. Pernoud, 1979, Pour en Finir avec le Moyen Age, Ed. du Seuil; S. Jaki, 2000, The Savior of Science, William B Eerdmans Pub. Co; T. Woods, 2005, How the Catholic Church Built Western Civilization, Regnery Pub.), mas continua oculta debaixo do persistente mito .As razões desse engano são muito curiosas. Como explica Stark, todas as ditaduras exploram o povo para criar obras grandiosas à magnificência dos tiranos. Foi assim Roma e os reinos orientais. Destroçado o despotismo com a queda do império, a Cristandade gerou um surto de criatividade prática, pois as populações não temiam a pilhagem dos ditadores. Assim as realizações da Idade Média resultaram em melhorias da vida das aldeias, não em monumentos que os renascentistas poderiam admirar. Por isso esses intelectuais posteriores, nos seus gabinetes, desprezaram uma época sem mausoléus, enquanto louvavam as tiranias de que só conheciam a arquitectura e erudição.Os avanços conseguidos na chamada Idade das Trevas são impressionantes, todos dirigidos a melhorar a vida concreta (op. cit. c. II): ferraduras, arado, óculos, aquacultura, afolhamento trienal, chaminé, relógio, carrinho de mão, etc. A notação musical, arquitectura gótica, tintas a óleo, soneto, universidade, além das bases da ciência, a separação Igreja-Estado e a liberdade dos escravos (c. III) são também criações medievais. Em todos estes avanços, e muitos outros, têm papel decisivo mosteiros, conventos e escolas da catedral, bem como a confiança da teologia cristã no progresso, contrária à de outras culturas.Mais influente, nos séculos XI e XII em Itália nasceu o capitalismo (c. IV), sistema que suporta o desenvolvimento, e que tantos ainda julgam ter origem oitocentista e protestante. A prosperidade mercantil e bancária então conseguida gerou verdadeiras multinacionais que promoviam a manufactura e comércio na Europa saída do feudalismo. Depois a peste negra, a guerra e os déspotas iluminados, retornando à pilhagem clássica, destruíram esse florescimento e levaram os filósofos tardios a pensar ter descoberto o que os antepassados praticavam.Nessa reconstrução perderam-se alguns elementos centrais da versão católica inicial. Por exemplo, no século XII, "cada vez que faziam ou reviam um orçamento era criado, com algum capital da empresa, um fundo para os pobres. Estes fundos aparecem registados em nome 'do nosso bom Senhor Deus' (...) quando uma empresa era liquidada, os pobres eram sempre incluídos entre os credores" (p.167).

Pérola beneditina


Na ressaca de mais um desaire desportivo, Paulo Bento confessou: «Estou mais perto de sair do que quando entrei».

Preocupante não é a manifesta incapacidade da equipa. Preocupante, mas mesmo muito preocupante, é um treinador de futebol começar a ombrear intelectualmente com o guru Artur Jorge. Isso sim, um drama!

pp

"Nós temos o nosso próprio caminho" (Paulo Portas)

As Três Mercearias

Quando eu era miúdo, no meu bairro só havia a mercearia do Sr. Valadão. Gostava imenso de lá ir todos os dias, com a minha Mãe e os meus irmãos, e a minha tenra idade fazia-me tomar por atraente destino de excursão diária o que mais tarde viria a perceber ser mero estagnado ponto de venda parado no tempo.---
À medida que foi crescendo a minha percepção do mundo, extravasando os doces limites das pinhoadas e pastilhas Pirata, fui sentindo que o Sr. Valadão cada vez tinha menos para nos oferecer. Poucas marcas, produtos muito próximos do fim do prazo de validade, um atendimento cortês mas demorado, pouco adequado à minha impaciência de pré-adolescente, a sugestão de irmos munidos de sacos de pano, que os de plástico eram caros – e a minha Mãe acrescentava mesmo em tom crítico que o Sr. Valadão abria às horas que queria e fazia os preços que lhe apetecia. Às vezes, dava-se até ao luxo de fechar a porta e sair por grandes temporadas, a fazer sabe-se lá o quê, deixando os clientes confrontados com uma tabuleta que dizia «Pedimos desculpa por esta interrupção – a mercearia reabre dentro de momentos.»
A mercearia do meu bairro, a única que ali algum dia existira, começava a cansar-nos.
Foi por isso que acolhemos com natural expectativa, que cedo se transformou em impaciência, e em breve redundou em ansiedade, a notícia da abertura no ano seguinte, em 1992 (lembro-me como se fosse hoje) de duas novas mercearias que iriam revolucionar o panorama do abastecimento alimentar e similares no bairro.
Que emoção, nesse 6 de Outubro, às anunciadas quatro e meia da tarde, quando finalmente abriram as mercearias do Sr. Francisco e do Sr. Moniz! Cenários de cores vivas onde antes só havia cambiantes de cinzento e beige; produtos de que nunca ouvira falar; promoções irresistíveis, e – acima de tudo – empregadas lindíssimas, produzidíssimas, que disparavam um sorriso de orelha a orelha assim que transpúnhamos a ombreira da porta, e nos acompanhavam durante todo o tempo que passávamos no interior, insinuando-se de tal maneira nas vizinhanças do nosso espaço cutâneo que nos esquecíamos do que íamos comprar, levando, por via das dúvidas, o dobro do inicialmente pretendido. Tudo isto ao som de uma música suave que nos fazia sentir ali melhor que no útero materno.
Aquele primeiro mês foi de festa. Ao Sr. Valadão, já só iam as velhas freguesas, que eram de facto velhas, fidelizadas tanto pela rotina como pelo caderninho do fiado. E o resto do bairro passou a passar a vida entre o Sr. Francisco e o Sr. Moniz. Já ninguém jogava à bola, já ninguém se sentava a conversar junto ao coreto. Já ninguém podia dar-se ao luxo de perder as fantásticas novidades das novas mercearias. E que novidades! Aliás, a rotina passou a ser constituída pelas novidades. Novos produtos, novos preços, novas promoções, novas empregadas, novas facilidades de pagamento – novas novidades! A pontos de a coisa se começar a tornar ligeiramente, não direi incomodativa, porque na altura não tínhamos a noção do incómodo, mas estranha. Por exemplo, de cada vez que pegávamos numa maçã para a meter no saco, éramos obrigados a interrromper a operação para ouvir dez minutos de auto-promoções às novas vantagens de fazer compras ali – fosse o «ali» o Sr. Francisco ou o Sr. Moniz. E quando largávamos a maçã para ir em busca de outras atracções sumarentas, verificávamos que não se encontravam nos escaparates, ou chegavam muito mais tarde que a hora anunciada. Ainda por cima, os velhos produtos, sensaborões, mas genuinamente portugueses e fiáveis, a que o Sr. Valadão nos habituara, eram agora substituídos por toda a casta de importações de aparências irresistíveis mas conteúdos decepcionantes. E caso se atravessasse a rua para tentar a sorte no Sr. Moniz, assim tentando passar uma mensagem subtil ao Sr. Francisco, o esforço era vão. O Sr. Moniz fazia a mesma coisa, âs mesmas horas, com as mesmas técnicas sedutoras e apelativas. E a mesma falta de qualidade mínima.
Foi então que muitos de nós decidimos voltar ao Sr. Valadão e trocar a novidade espampanante, mas vácua, pelo certo e sabido do antigamente. Mas já não havia antigamente. O Sr. Valadão fora substituído por um ex-empregado do Sr. Francisco, o Sr. Emídio, que aquele despedira por levar um pouco demasiado a peito a política de agressividade comercial. (Porque nesta altura, já estávamos a falar de agressividade comercial, com explosões ocasionais de pura e simples guerra comercial). E a mercearia original estava igualzinha às outras em tudo o que estas tinham inovado para pior (e passara a estar aberta 24 horas por dia, como as outras).
Aí eu disse «Basta». Disse «Basta», e continuei a ir às três mercearias, alternadamente, porque tinha de comer, e não havia mais nenhuma. A emergência da concorrência conseguira o feito notável de, contra todas as leis dos livros, abaixar consistentemente a qualidade. E não havia nada a fazer, excepto dizer «Basta».
Tenho umas saudades doidas de quando ficávamos a conversar sobre tudo e coisa nenhuma, aos fins de tarde, depois da bola, em cima dos bancos do jardim, junto ao coreto, debaixo do plátano grande, em vez de fazermos a nossa autista peregrinação infindável, já esquecidos do objectivo inicial, do Sr. Emídio para o Sr. Francisco, do Sr. Francisco para o Sr. Moniz, do Sr. Moniz, de volta ao Sr. Emídio, como se estivéssemos a fazer zapping na televisão.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

IPA 21


Os governos em Portugal

... segundo o que circula pela net

ANTES DA POSSE:

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais
para alcançar os nossos ideais.
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE: Basta ler o mesmo texto DE BAIXO PARA CIMA
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