sábado, janeiro 26, 2008

Em contra-maré

É minha opinião que o Ministro da Saúde tem sido flagelado publicamente porque ousa desafiar interesses instalados que lucram milhões com irracionalidades do SNS.
Apesar de haver algumas políticas que tenho mais dificuldade em compreender, acho que o ministro é dos melhores ministros da saúde que já tivemos em Portugal, o que parece contradizer a má onda que se forma contra ele na comunicação social. Por isso, vou deixar alguns números falar por si sós.

387.000 novas primeiras consultas foram realizadas em três anos (de 2004 para 2007), o que representa uma subida de 19,3%. A sua proporção no total de consultas subiu de 25,2% para 26%. O Ministério quer chegar aos 30% em 2009.

3,3 em cada mil nascimentos, é o número de 2006 para a mortalidade infantil, que se situava nos 3,7, dois anos antes. A mortalidade neonatal encontrava-se nos 2,5 em 2004, tendo baixado para os 2,1 em 2006.

105 Unidades de Saúde Familiar (USF) atribuíram um médico de família a 150 mil portugueses inscritos nos centros de saúde que não tinham acesso a estes clínicos. A meta é chegar ao final deste ano com 150 USF em funcionamento.

21,4% dos internos foram para Medicina Geral e Familiar no ano passado. Em 2004, apenas 15,8% o tinham feito. O objectivo do Ministério da Saúde é que este ano a percentagem suba para 25% e depois atinja os 35%.

6000 doentes a menos à espera de uma cirurgia em Outubro de 2007. Em Dezembro de 2005, constavam da lista de espera 241 mil utentes. Em média, os meses de espera eram 8,6 em Dezembro de 2005, passando agora para 4,4.

1885 lugares de cuidados continuados estão actualmente contratualizados com o sector privado ou social. A tutela pretende que este número aumente para cinco mil já durante o próximo ano de 2009.

24.307 chamadas de utentes foram recebidas pelos profissionais da linha telefónica Saúde24, desde 24 de Abril de 2007, dia em que o serviço foi inagurado. O ministro garante que foram evitadas muitas idas desnecessárias às urgências.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O Ministro da Saúde é um palhaço.
Fechou serviços, sem criar uma rede de assistência de cuidados primários que assegure as urgências. Como bom idiota, quando confrontado com a realidade, berra e é incapaz de responder a uma simples pergunta, porque se envergonha de ter de admitir que, se aquele senhor já não estivesse morto, provavelmente teria morrido ao esperar 45 minutos por uma ambulância.
Não contente, brinda-nos com uma das frases mais deliciosas dos últimos tempos: o Inem é tão bom, tão bom, que as pessoas até o chamam quando já morreram.
Podia era morrer politicamente o senhor a quem o único predicado que reputo é a má educação.

1/26/2008 12:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Deixe-me contar-lhe algumas histórias reais, para refutar os seus números:

1. uma pessoa com uma apendicite aguda está 14 horas num banco de urgências para ser atendida. 14 HORAS!!!!!

2. uma pessoa precisa de uma consulta para dar início ao processo conducente a uma operação às cataratas e indicam-lhe que a lista de espera, para a dita primeira consulta, é de 16 meses.

3. Uma pessoa tem de fazer um electrocardiograma e indicam que a data previsível para a realização do mesmo é 15 de Março (repare que estamos em Janeiro)

4. Uma pessoa necessita de uma intervenção urgente, em virtude de um cancro que lhe é diagnosticado, e fica numa lista de espera de 3 meses.

5. Um médico responsável por um serviço central de urgências relata que, como só possuem um desfibrilhador, se chegarem dois pacientes ao mesmo tempo em paragem cardíaca têm de optar por um em detrimento do outro.

Mas este mesmo ministro acha que está tudo óptimo, que se fecham serviços a bem da população. Desde que haja aborto para todos, é uma festa.
Propunha mesmo que o ministro fizesse em si um aborto com efeitos retroactivos.

1/26/2008 12:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Deixe-me contar-lhe algumas histórias reais, para refutar os seus números:

1. uma pessoa com uma apendicite aguda está 14 horas num banco de urgências para ser atendida. 14 HORAS!!!!!

2. uma pessoa precisa de uma consulta para dar início ao processo conducente a uma operação às cataratas e indicam-lhe que a lista de espera, para a dita primeira consulta, é de 16 meses.

3. Uma pessoa tem de fazer um electrocardiograma e indicam que a data previsível para a realização do mesmo é 15 de Março (repare que estamos em Janeiro)

4. Uma pessoa necessita de uma intervenção urgente, em virtude de um cancro que lhe é diagnosticado, e fica numa lista de espera de 3 meses.

5. Um médico responsável por um serviço central de urgências relata que, como só possuem um desfibrilhador, se chegarem dois pacientes ao mesmo tempo em paragem cardíaca têm de optar por um em detrimento do outro.

Mas este mesmo ministro acha que está tudo óptimo, que se fecham serviços a bem da população. Desde que haja aborto para todos, é uma festa.
Propunha mesmo que o ministro fizesse em si um aborto com efeitos retroactivos.

1/26/2008 12:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro ZLM,

Gostava de saber qual é que é a autoridade independente que fornece esses número? è a associação de apoio ao ministro da Saúde?

1/26/2008 1:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como é que é posível escrever tanta asneira?!

1/26/2008 5:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro autor do post,

afirmar que este ministro "é dos melhores ministros da saúde que já tivemos em Portugal" roça a ingenuidade ou uma grande desatenção...

Então este senhor não o mesmo que queria (será que ainda quer?) impor, judicialmente, aos médicos a alteraração do seu Código Deontológico, a fim de que os médicos que não quisessem fazer abortos não se pudessem escudar na objecção de consciência...?!!!

Ministro da Saúde que defende e promove os abortos...?!!!
Coitado do sr. ministro... Ainda não aprendeu que a Vida é o maior dom que Deus deu à Humanidade, e que só Deus - apenas Ele - a pode tirar.

1/27/2008 1:41 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Tiago Menor,

cheira-me que, afinal, é MAIOR. O seu comentário diz tudo. Só isso faria do Ministro um ser inenarrável. Ao que podemos acrescentar a inépcia para a condução das funções, o desrespeito demonstrado pelos cidadãos, a má-criação constante.

1/27/2008 12:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Malacueco é um fundamentalista e, como tal, louco...
.

1/28/2008 6:10 da manhã  

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