Alhos e bogalhos - II
Mais perplexizantes são as ironias apontadas por Rui Tavares. O Papa, como bem se compreende, condena o marxismo, o liberalismo e o relativismo. E com ele muitos, como eu. E diz Rui Tavares, na posse de dados que me escapam, que não faltam católicos liberais ou marxistas. Claro que isto vale o que vale. Provavelmente, e em benefício do rigor, melhor andaria o autor de tão surpreendentes revelações - sabidas de todos, como obviamente esclarece - se tivesse fixado esses conceitos tão fluidos: católicos, liberais e marxistas. Desconfiemos sempre de quem, à míngua de provas, transforma o indemonstrável em axioma.
6 Comments:
Esse Rui Tavares tem uma boca que deve cheirar a alho...
Mas, afinal, quem é esse Rui Tavares?
Vale a pena perder tempo?
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Este post todo cheira-me a "No true Scotsman"
Caro L. Rodrigues,
Foi dessa falácia que me lembrei quando li o texto do Rui Tavares e procurei explicar porquê. Gostaria de saber os fundamentos da sua conclusão sobre o meu post. Obrigado
Não foi tanto no texto como no subtexto. Daí a expressão "cheirar".
Ficou-me a impressão de que o Nuno Pombo rejeita a proposta de que haja católicos marxistas e/ou liberais.
Como sabemos que os há, entre Pedros Arrojas e Teólogos da libertação, para dar exemplos (outros haveria), fica a sensação de que ou não são "verdadeiros" católicos ou não são "verdadeiros" marxistas/liberais.
É preciso definir termos, conclui o Nuno Pombo. Defina escocês, riposto eu.
Essa é boa. Quem diz que há católicos marxistas não tem a obrigação de definir os termos. Quem pede essa definição é que tem de apresentá-la... Que nome terá esta falácia, L. Rodrigues?
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