terça-feira, janeiro 29, 2008

Publicidade não, obrigado!

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) solicitou um estudo sobre a programação infantil das televisões portuguesas. È uma boa iniciativa, mesmo que algo tardia, já que esta questão há muito necessita de ser abordada. Mas mais vale tarde do que nunca. O problema é simples de explicar. As nossas crianças vêem demasiada televisão, três horas por dia em média, e os pais nem sempre sabem o que os seus filhos vêem.

O estudo vai propor medidas especificas para regular a programação mas parece estar mais direccionado para os conteúdos do que para outros aspectos associados á transmissão de programas infanto-juvenis. Os conteúdos são importantes mas é preciso ter muito cuidado com os fundamentos das limitações que se impõem. Cabe aqui aos pais, como não poderia deixar de ser, a responsabilidade de controlarem o que passa pelos olhos dos seus filhos.

A ERC, no entanto, parece não estar muito preocupada com a questão mais importante, a publicidade destinada aos mais novos. A lógica do mercado livre tem moldado algumas cabecinhas pouco pensadoras que não percebem quais são as condições para a sua implementação. Crianças de 5 anos não são consumidores nem são senhoras da sua vida. A pressão publicitária que se exerce actualmente sobre as crianças, que depois indirectamente se repercute sobre os pais, é inadmissível. A solução é, a meu ver, muito simples: Proiba-se a publicidade direccionada aos menores, especialmente nos canais cuja programação lhes é exclusivamente dirigida. A palavra proibição choca muitas “almas” sensíveis, mas mais sensíveis do que os nossos filhos não conheço ninguém.

11 Comments:

Blogger L. Rodrigues said...

Apoiado.
A nossa lei da publicidade roça o absurdo.
Restringe a utilização de crianças nos filmes para vender carros, por exemplo, mas permite que lhes enfiem pela cabeça a dentro todos os vícios de consumo que se pode imaginar.

1/29/2008 5:43 da tarde  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

Obrigado L. Rodrigues. È sempre bom saber que alguém concorda connosco.

1/29/2008 6:18 da tarde  
Blogger Jorge Ferreira Lima said...

E também é sempre bom verificar de novo que tu afinal não és nada liberal, mas social-democrata como eu (qualquer semelhança com o actual PSD mera coincidência).

1/29/2008 6:27 da tarde  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

Isso não sou de certeza. Social democrata e socialista é a mesmíssima coisa. E eu "sucias" nem vê-los (com poucas excepções como a tua).

1/29/2008 6:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lamento informar-te, Jorge. O Ricardo é democrata-cristão.
Rui Castro

1/29/2008 7:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

CDS (P.S. de direita): e tu, Jorge, tambem o és, embora ainda o não saibas...

1/29/2008 7:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sou democrata e Cristão.

1/29/2008 7:39 da tarde  
Blogger Jorge Ferreira Lima said...

Anónimo das 19:06:
Aguardo epifania.

Richard+Anónimo:
Quantas vezes é que eu preciso de dizer que não sou sucialista, @£§€*#$!!!

1/30/2008 9:28 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Jorge, não fiques triste. Não deixo de ser teu amigo por seres socialista. Todos temos as nossas fraquezas e com o tempo conseguimos ultrapassá-las. Deixa lá, não penses mais nisso.

1/30/2008 10:19 da manhã  
Blogger L. Rodrigues said...

Um democrata cristão é um social democrata que acredita demais na vida eterna.

1/30/2008 11:47 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Os socias democratas acreditam especialmente na vida externa, aquela que lhes garante os "tachos" para toda a vida.

1/30/2008 3:35 da tarde  

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