quinta-feira, janeiro 24, 2008

Como o Cristianismo gerou a liberdade, os direitos do Homem, o capitalismo e o milagre económico no Ocidente

Notável o livro de Rodney Stark "A Vitória da Razão", editado pela Tribuna. Sabe bem ler um livro que ensina e espanta pela simplicidade e pela profundidade do seu texto. Aconselho vivamente, especialmente a não Cristãos.

A tese de Starck é muito simples. O Cristianismo é a única religião virada para o futuro. «A razão é um dom de Deus e a ferramenta que permite um desenvolvimento progressivo na compreensão da Biblia e da Revelação.» Deste modo, o Cristianismo renova-se em função do progresso e com base na razão. A confiança na razão foi trazida pelo Cristianismo e enraizou-se no mundo ocidental durante a Idade dita das "Trevas", dando origem a coisas tão simples como a ciência, a teoria e a prática democráticas e o capitalismo. Ou seja, a superioridade do "modelo" ocidental tem uma só base, o Cristianismo. E foi durante as tais "trevas" que tudo isto teve início. Bendita época.

Para os mais cépticos apenas uma nota: Stark não é Cristão, é historiador das religiões.

4 Comments:

Blogger L. Rodrigues said...

http://www.meridianmagazine.com/ideas/050210darwin.html

Pela amostra deste artigo acerca de Darwin e pelo que li da Biografia do autor naa Wikipedia, questiono bastante a sua honestidade intelectual...

Mas deve ser reconfortante quando um proclamado não crente (mas que pelos visto quer muito acreditar !?) nos diz que temos razão.

Já agora, estar na origem do capitalismo é uma coisa boa?

1/25/2008 11:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caro L. Rodrigues,

O artigo que introduz refere no essencial, e sem entrar nos detalhes do darwinismo, do qual eu pouco percebo, que não deve haver dogmatismo na ciência e que alguns, como Dawkins, o são ou pelo menos fazem afirmações dessa natureza. Isso não tem nada de novo se pensarmos que Newton também não estava totalmente correcto.

Quanto á biografia do autor na wikipédia não é uma fonte credível porque não sabemos o seu autor nem as ideias que professa. Mas se questiona a sua honestidade intelectual nada como ler o livro e julgará por si próprio e não com base em apreciações alheias.

Quanto ao termos razão, não se aplica ao meu caso. O que leio no livro de Stark é, em grande medida contrário ao que me foi ensinado na escola, nomeadamente que a idade média foi um período obscurantista de onde nada de bom veio. Ou que o capitalismo só apareceu com a Revolução Industrial, o que também não é verdade.

Por fim, o capitalismo é uma boa coisa em termos puramente materiais. O capitalismo nunca pretendeu trazer a felicidade a ninguém, ao contrário do socialismo e afins. Trouxe riqueza material e se essa não é a mais importante, é também necessária. Logo, é bom estar na origem do capitalismo.

1/25/2008 12:39 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

Dizer que o cristianismo está na base do primado da Razão? Só podem estar a brincar.
A Igreja de hoje aceita a Razão e vive até bastante bem com ela mas, na sua génese, teve de ser arrastada, a gritar e a espernear contra ela.
Galileu, o grande pioneiro do uso da Razão em ciências, teve muitos dissabores.
Copérnico nem se atreveu a publicar. Newton safou-se porque vivia na protestante inglaterra. Darwin ainda hoje sofre da rejeição dos criacionistas entre cristãos não católicos.
Isso é que é o cristianismo como farol da razão?

1/25/2008 2:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Curiosamente, todos eles eram Cristãos. O melhor mesmo é ler o livro porque estarmos a discutir com base num assunto que só uma das partes é que conhece não leva a lado nenhum.

1/26/2008 1:48 da tarde  

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