terça-feira, julho 31, 2007
gostas pouco gostas
"Missão Vitalícia"
português - uma língua oficial que poucos conhecem
de estalo
a lei mata
segunda-feira, julho 30, 2007
ler os outros
bad girls - free Lindsay (3)
Os Citacionistas 5
Antes de fecharmos para férias, aqui fica uma frase para reflexão durante este período:
O seu autor foi Manolete, um dos maiores toureiros de sempre. Foram as suas últimas palavras. Manolete morreu no dia 28 de Agosto de 1947, após ter sido colhido por um toiro da ganadaria Miura de nome Islero. A sua mãe chamava-se Angústias Sanchez. Vá lá saber-se porquê...
Jardim Gonçalves, no Público
O que penso é que há alguma confusão de procedimentos."
Pontapés na Língua
sexta-feira, julho 27, 2007
METEO
F1
quinta-feira, julho 26, 2007
socialismo na gaveta
contra-as "canções" do meu imaginário de A a Z
A Gi escolheu, e bem, Eurythmics. No entanto, tenho aqui aqui fazer uma confissão. Quando muitos, nos anos 80, se pontepeavam a ouvir Clash ou Metallica, eu pedia dinheiro aos meus pais para adquirir o Best Of de Elvis Presley (aqui, com Unchained Melody, cantado em 1977, seis semanas antes de morrer). Bem sei que é de um romantismo que roça o piroso, mas é a mais pura das verdades. Desculpem.
Um bom par de siglas ou a onomástica política
quarta-feira, julho 25, 2007
As "canções" do meu imaginário de A a Z
A minha escolha para a letra E recai nos Eurythmics com o tema "When Tomorrow Comes".
"Das Leden der Anderen" ("A vida dos Outros")
cuidado, eles andam aí... (2)
melhor que f. só mesmo f.f.
Introduza aqui a foto da sua princesa
cuidado, eles andam aí...
O soneto contra o medo
terça-feira, julho 24, 2007
mercado a funcionar... ou será que deveria ser ao contrário!?
PSD, um partido singular
o debate à esquerda nos EUA
O debate envolveu todos os candidatos do partido democrático à Presidência. Mais que um debate, tratou-se de um esclarecimento. Os vários candidatos aceitaram responder a questões previamente colocadas no youtube. Deixo aqui a questão n.º 36, em que se pediu a cada candidato que dissesse o que mais gostava e o que menos lhe agradava no candidato à sua esquerda. Pelas respostas, percebe-se o avanço que a política e os políticos norte-americanos levam relativamente a Portugal e aos políticos portugueses. Chega a ser confrangedor.
bad girls - free Lindsay (2)
24 Julho - FYI
(info Wikipedia)
publicidade institucional
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Ir ao cinema
segunda-feira, julho 23, 2007
E se Sócrates, instado a cantar o hino nacional, cantasse... o espanhol!?
Quando pediram a Yves Leterme, provável futuro primeiro-ministro belga, para cantar o hino da Bélgica, este não se fez rogado e cantou "A Marselhesa".
Nota: bem sabemos que o hino de nuestros hermanos não tem letra, mas acho que se percebe a ideia.
Alonso vs Massa
Depois da tentativa de abalroamento de Massa a Alonso, esperava-se no mínimo uns valentes empurrões. Em alternativa, assistimos a uma discussão de meninas em que só faltaram gritinhos histéricos e falsos desmaios. Se na pista a F1 já deu o que tinha a dar, cá fora o cenário não é melhor.
o buraco à Direita está cada vez mais fundo
silly season
sábado, julho 21, 2007
Pelos vistos, não sou o único a considerar o PS de direita
sexta-feira, julho 20, 2007
METEO
Palmas!!!
"É pena que tu te afirmes um bipede racional e sejas só um bimbo".
Palmas para quê? É um artista português!
virar o bico ao prego (3)
virar o bico ao prego (2)
virar o bico ao prego
coisas que eu gostava de ter escrito
quinta-feira, julho 19, 2007
Quem não faz falta sei eu quem é...
vip dixit
Incompetência (4)
Já tinha levantado esta questão no saudoso Blogue do Não. Na altura escrevi isto:
Incompetência (3)
Ah não, espera lá: não vai haver mulheres a abortarem em estabelecimento não autorizado! É que nesses vãos de escada continuam a ser as próprias mulheres a pagar o servicinho, e se forem às clínicas autorizadas não gastam um tostão.
Portanto, acaba-se com o aborto clandestino como? Financiando o aborto, passando-o de clandestino a legal.
Há também a questão da consulta prévia obrigatória, pretensamente com um efeito dissuasor. Talvez fosse interessante saber, daqui a uns tempos, quantas mulheres desistiram de abortar por efeito directo dessa consulta prévia a que são obrigadas a assistir. Tenho para mim que este número será bem reduzido o que significará, em termos gerais, uma manutenção (para não dizer aumento) do aborto em geral, quando o que todos (todos mesmo...?) queríamos era uma diminuição do aborto. Lá se vai a eficácia da lei. E o que resta? Uma redução do aborto clandestino, por via do financiamento público desta prática. O português nunca foi de pagar o que pode ter de borla.
o meu cilício é maior do que o teu
mais do mesmo
até já
incompetência (2)
e que tal água de rosas?
stop
quarta-feira, julho 18, 2007
Para ter sorte é preciso muito trabalho!
A estrondosa derrota eleitoral do CDS não se explica por (mero) azar. É que dá muito trabalho ter sorte. E o portismo fez tudo para merecer um mau resultado.
Não basta anunciar candidaturas a partir do CCB para que o país confie no candidato. Portas regressou à Presidência do CDS de forma desastrosa. Falhou, sobretudo, na forma atribulada como conduziu o seu regresso, protagonizando Conselhos Nacionais que não serão apagados da memória dos Portugueses tão depressa. O CDS, naqueles dias, foi posto à margem do Estado de Direito Democrático pelo portismo.
O país sabe bem que um homem de Estado não se comporta daquela forma.
Portas conduziu mal o processo eleitoral. Primeiro, demorou muito tempo a avançar com uma candidatura própria: foi o último Partido a fazê-lo. Entrou no campo de batalha quando outros já estavam a marcar posição e a fixar eleitorado. Pelo meio soaram rumores que noticiavam (i) a vontade do CDS se coligar com o PSD numa candidatura de Fernando Seara e, depois, (ii) a hipótese do CDS apresentar o independente Carmona como candidato. Depois, ao anunciar que o candidato podia ser tanto ele, como Nobre Guedes, como, Telmo Correia, desvalorizou a importância deste último. Por último, ao depositar metade da Comissão Directiva do CDS, e 3 dos seus 12 deputados, nos primeiros 5 lugares, parecia estar a querer compensar a falta de carisma do candidato.
Portas escolheu mal os candidatos. Os primeiros cinco não «colavam» com o slogan “Competência”. O cidadão poderá reconhecer competência a Nobre Guedes e algum (pelo visto, não muito) capital político a Telmo Correia. O sub-slogan “Útil a Lisboa” era demasiado parecido com o “Voto Útil” da campanha de 2005, o que fazia a candidatura uma espécie de recauchutagem. Por outro lado, ninguém percebeu onde estava a grande novidade do CDS. Como bem disse Constança Cunha e Sá na véspera do Congresso do CDS: amanhã o Dr. Paulo Portas apresentará uma grande novidade, tal como um dos deputados do CDS.
Portas foi vítima das inimizades que gerou. Desde logo, Maria José Nogueira Pinto, cuja saída foi motivada pela forma como Portas impôs a ditadura da maioria no seu regresso à liderança do Partido. A ex-vereadora do CDS, que acumulou capital político na Câmara, saiu do CDS e constituiu um factor adicional de desânimo para o eleitorado. Por outro lado, Pedro Feist apresentou-se como n.º 2 da lista de Carmona. Feist foi Vice-Presidente da Câmara ao tempo de Abecassis, foi Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do CDS, cabeça de lista à Câmara de Lisboa pelo CDS em 1993 (arrancou, na altura mais de 27.000 votos e fez-se eleger como Vereador) e, em 2001, n.º 2 da lista de Portas à Câmara de Lisboa. Portas acabaria por afastá-lo da Vereação e este saiu do CDS em ruptura do com Portas. Por último, o PND de Manuel Monteiro. Já se tinha registado nas últimas legislativas, foi bem visível na Madeira e teve algum peso em Lisboa. O PND de Manuel Monteiro capta eleitores do CDS. Em Lisboa fora mais de 1.000, quando Telmo alcançou pouco mais de 7.000. Tudo junto, provoca dano.
Depois, a campanha foi muito pobre de ideias. Centrar a campanha contra o Governo significa 2 tiros no pé. O primeiro é não perceber que as eleições são autárquicas e não legislativas. O que estava em causa era a Câmara, era isso que motivava os eleitores. Segundo, o Dr. Portas não vê sondagens?! Centrar a campanha contra um Governo que aparece de forma positiva nas sondagens não é a melhor linha de raciocínio, tanto mais porque não era o Governo que estava em causa. Por fim, que ideias trouxe o CDS? Vídeo-vigilância? Grafitis? É isso que querem para Lisboa? Eu quero uma baixa reabilitada, quero uma maior proximidade ao Tejo, quero menos carros, quero soluções para os grandes problemas.
Por último, Portas pensava que era um às de ouros e, afinal, pode bem ser apenas um duque de paus. Entrou na campanha e assumiu o “teste à sua liderança” para procurar, em desespero, captar votos. Os eleitores responderam como, se nada se inverter, responderão em 2009. As promessas e, sobretudo, as expectativas geradas junto de certos nichos eleitorais que foram, em grande medida, defraudadas durante o tempo em que o CDS foi Governo hipotecam qualquer hipótese dos reformados ou dos ex-combatentes votarem no CDS do Dr. Paulo Portas.
Por último, uma nota sobre o efeito da abstenção. Foi o CDS quem anunciou, despudoradamente, no Expresso de sábado que a abstenção ajudaria Telmo a ser eleito. Argumentar, a posteriori, no dia seguinte, que a abstenção prejudicou o CDS é, no mínimo, uma dissonância cognitiva.
Filipe Matias Santos
Uma espécie de fé cega!
Obama Girl vs Giuliani Girl
O confronto presidencial nos EUA não se resume aos debates entre os candidatos. Apoiantes de ambos degladiam-se, sem quaisquer tréguas, por todos os meios...
como é evidente...
... eu não me podia ficar. Os "donos" da letra D são, obviamente, os Depeche Mode com este "Enjoy The Silence". Para mim, poucas bandas representam tão bem como os DM o espírito dos anos 80.
As "canções" do meu imaginário de A a Z
Chegados à letra D, é evidente que a escolha não podia deixar de recair nos Dire Straits com "Romeo and Juliet".
Imagino, ainda assim, que o senhor meu marido não concorde e traga aqui uma alternativa nos próximos dias.
terça-feira, julho 17, 2007
Não Se Prenda Por Mim...
formigas com catarro
o mercado jornalístico agita-se
Pontapés na Língua
incompetência
eis como se resolve o problema dos "independentes"
há Cavacos e há o Cavaco
A minha resposta às perguntas do AMN
segunda-feira, julho 16, 2007
Portas e a gripe das 24 horas
Mais preocupado fiquei, dois anos depois, quando o vi regressar ao governo de mão dada com Pedro Santana Lopes.
Poderia dizer-se "Demagogia ao poder" e fiquei a duvidar seriamente dos méritos do nosso sistema político. Pensei mesmo que a doença era grave.
Portas e PSL tiveram um percurso político bastante semelhante. Ambos pensaram iniciar as suas carreiras pela destruição da dos outros. Portas espalhou o seu veneno pelas páginas do Independente, atacou tudo e todos e não deixou pedra sobre pedra. Santana Lopes andou a percorrer congresso após congresso do PSD, tentando estragar as vitórias de um após outro líder, na esperança de um dia ser líder por exclusão de partes.
No mundo de comunicação social sedenta de tiragens e audiências, a estratégia de ambos consegue excelentes resultados iniciais, na fase em que é necessário passar de ilustre desconhecido a participante na vida política. As cenas de faca e alguidar abrem bem os telejornais e fazem excelentes capas nos tablóides, pelo que permitem uma ascenção inicial muito rápida na vida política.
Nesse aspecto, como táctica de entrada no organismo, assemelham-se às famosas gripes de 24 horas, que entram de rompante no organismo e parecem tomar conta de tudo, dos pulmões ao pingo no nariz.
O mal das gripes de 24 horas, do ponto de vista dos vírus, é que a sua enorme rapidez de contágio também faz com que a reacção do organismo seja imediata e, depois de não ter mais por onde se espalhar, o vírus é rapidamente debelado.
Algo de semelhante se passou no último ciclo político com os nossos dois demagogos. A mesma estratégia destrutiva que os catapulta para o topo precipita também a sua queda. Não só a sua fase de contágio cria inúmeros anticorpos no sistema político (aquelas primeiras páginas do Independente deixaram rancores profundos) como, pelo facto, de não haver nenhuma base construtiva os impede de se afirmarem como protagonistas de pleno direito. Chegados à ribalta, os nossos demagogos têm duas opções: ou se tentam tornar políticos "sérios", numa cambalhota de personalidade pouco convicente - e, nesse caso, perdem os favores dos meios de comunicação social por se tornarem chatos e cinzentos - ou mantêm a sua postura de Átilas e nunca podem aspirar a uma posição de governo, pois um governo tem de construir e não destruir. Não serve de nada ter um primeiro-ministro cuja função é descascar na oposição ou nos outros ministros.
Assim, a infecção rápida provocada por quem ascendeu numa plataforma anti-construtiva está na génese da sua também rápida cura.
Os governos de Portas e Santana Lopes enrodilharam-se nas suas próprias contradições internas e foram indo de vitória em vitória até à derrota final.
Com Portas II à frente do CDS, tivemos a experiência engraçada de um vírus de 24 horas que volta a tentar a sua sorte no mesmo organismo. Felizmente, o sistema imunitário é uma coisa maravilhosa e não deixa normalmente uma infecção declarar-se segunda vez, pois criou entretanto bons anticorpos. O vírus Portas aparentemente não conseguiu sofrer mutações suficientes nestes dois anos no deserto para poder ludibriar o sistema imunitário. Tentará, sem dúvida, sofrer ainda mais mutações, para ver se consegue entrar. Penso que já não conseguirá. O sistema imunitário é uma coisa maravilhosa e o nosso sistema político também nos vai conseguindo surpreender pela positiva.
Eleições e responsabilidade
E porque as vejo assim, como um meio e nunca como um fim, a derrota do CDS não me inquietou. Não porque o partido de Paulo Portas, regressado, supostamente renovado, relativizado, relaxado, mais não oferece do que o vazio absoluto.
Portas aniquilou o património ideológico que, informando e enformando a matriz personalista do partido, sempre foi a marca de água da direita em Portugal. Quis-se pós-ideológico e moderno e mostrou-se, na sua inquietude e vaidade, incapaz de perceber o ficcionismo do arquétipo individualista que, exacerbado pelo liberalismo revolucionário e radicalizado pelos pós-modernistas, é incapaz de fundar uma ordem normativa, desde logo pela negação da própria dimensão comunitária que, sem hipertrofiar o eu, não pode ser obliterada.
E hipotecou, ainda que essa fosse a via e não esvaziasse o eleitorado fiel do partido, a possibilidade de concretizar uma alternativa orientada pela mera eficácia. Pois que a tecnocracia que postula e eu rejeito implica como pressuposto mínimo de viabilização um acervo humano caracterizado pelo conhecimento e a competência. E o que Portas conseguiu, como o seu regresso revolucionário, sublevador, rebelde, revoltoso, insurrecto, foi, contra o que era o seu desejo, afastar aqueles que podiam dar de si ao partido.
O que resta, então, ao CDS? A fidelidade de quem vê o partido como um clube de futebol a disputar a manutenção na 1ª liga e a necessidade de muitos que, sem a política, teriam de experimentar o que é viver segundo as exigências do mercado profissional, no sentido mais amplo do termo.
Rescaldo no Caldas
De resto, os resultados mostram o que a direita não quer e eles não se conformam...
Portugal responde a Saramago
Que o senhor tenha sido o primeiro lusófono a ganhar o Nobel antes de Torga, Jorge Amado, et al., apesar dos seus textos menos-que-notáveis, posso entender. Que apele ao voto em branco, ainda vá. Que tenha sido o pide-pós-pide no DN, estou disposto a esquecer. Que tenha buscado incessantemente um pretexto para se pirar para Espanha, para aumentar as tiragens da sua obra e tentar assegurar o lugar no Panteão que tanto almeja, estou disposto a nem lembrar. Que o tenha conseguido e aproveitado com o patético index do Sousa Lara, idiota útil da ocasião, vá, fez o seu papel de vitimazinha da treta. Agora que queira que Portugal seja uma província de Espanha, vá para o Diabo que o carregue. Se o senhor é espanhol, eu quero ser português, pim. Recomendo-lhe uma visita às igrejas da raia portuguesa - a Sé Catedral da Guarda era um bom começo -, levante a cabecinha e veja as estátuas que as encimam, de anatomia virada para o seu novo país. Ou, se já tem vergonha sequer de pisar o torrão, veja esta fotozinha.
E antes de ir à vida, permitam-me dois PS's redundantes, como PS's que se prezam:
PS: Adoro Espanha.
PS2: Li quase tudo do senhor.