sexta-feira, julho 20, 2007

virar o bico ao prego


Os sindicatos já andam em rebuliço por causa da nova investida do patronato contra os mais elementares direitos dos trabalhadores. De joelhos diante do altar dos "direitos adquiridos", os dirigentes dos trabalhadores temem pela subsistência dos seus postos de trabalho, esquecidos já dos higiénicos saneamentos pós-abrilinos. Contudo, espera-se que a tranquilidade regresse aos dirigentes sindicais, quando for anunciado que esta iniciativa visa expurgar das empresas os neo-fascistas... porque eles andem aí... e os patrões não gostam deles! Nem os patrões, nem ninguém!

6 Comments:

Blogger L. Rodrigues said...

E será que o País não poderia então despedir estes "patrões" por motivos ideológicos e políticos?
Hmmm....

7/20/2007 11:17 da manhã  
Blogger Nuno Pombo said...

Se forem fascistas, claro que sim! Malandros!

7/20/2007 12:12 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

Portugal tem uma das piores produtividades da União Europeia.
Malandros dos trabalhadores. Não fazem nenhum.
Mas, esperem lá um pouco, a maior produtividade, de longe não é a do Luxemburgo? E a mão de obra do Luxemburgo não é constituída a 30% por trabalhadores portugueses?
Portanto, por um processo científico de eliminação de causas, conclui-se que o mal português não está nos trabalhadores, que até são bons. Está nos patrões, visto que, com patrões luxemburgueses, os trabalhadores portugueses são os mais produtivos da Europa.
Por isso, em vez de liberalizar os despedimentos, vamos mas é regressar aos saneamentos de patrões. Esses é que estão a mais.

7/20/2007 10:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O pior é que há imensos patrões portugueses no Luxemburgo...

hehehehe

...

7/21/2007 6:57 da manhã  
Blogger Nuno Pombo said...

Caro Zé Luís, já agora substituamos o legislador português pelo luxemburguês, o primeiro-ministro português pelo luxemburguês, o governo português inteiro por metado do luxemburguês, o chefe de Estado português pelo luxemburguês e veremos o que acontece à produtividade dos trabalhadores portugueses, mesmo com os patrões portugueses.

7/22/2007 1:20 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

Caro Nuno,

O aparelho do estado em democracia é aquele que nós lá pomos. Por isso, acho que não poderíamos ter outro que não este que escolhemos, para o melhor e para o pior.
De todas as formas, nos dias que correm, em que o verdadeiro poder foi esvaziado dos corredores ministriais para os conselhos de administração das grandes empresas, não me parece muito relevante o tipo de estado que temos. O estado, verdadeiramente, já não manda na economia. Terá, quando muito, um papel de polícia sinaleiro que poucos respeitam. Acho que o bom ou mau destino de uma economia depende essencialmente da qualidade dos empresários que tem e, em Portugal, infelizmente, os bons exemplos são muito raros.

7/22/2007 6:17 da tarde  

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