segunda-feira, julho 31, 2006
Aos eventuais interessados limito-me a dizer que a guerra no Médio Oriente serve, antes de tudo e todos, os interesses do Hezbollah e do Hamas. Em paz estes e outros movimentos arriscam-se a desparecer, pois vivem essencialmente do eterno conflito com Israel. Antes de embarcarmos todos em conclusões fáceis e (aparentemente) evidentes, porque é que não olhamos para o que se passou, tentando perceber por que raio a guerra rebentou num momento em que a região estava mais próxima que nunca da paz!? Porque razão a ONU, o crescente vermelho e outras instituições humanitárias continuam a aceitar que o Hezbollah e o Hamas se infiltre nos seus comboios humanitários, de forma a transportar armamento? Porque razão "coabitam" lado a lado bandeiras da ONU e do Hezbollah? Porque razão o Hezbollah lança os seus ataques contra Israel do meio da população civil? Porque razão os civis são transformados constantemente em escudos humanos? Por que razão, mesmo após insistentes avisos, não são os civis retirados de áreas bombardeadas?
Mais um link
Embora o leia com frequência há já algum tempo, a verdade é que, por puro esquecimento, ainda o não tinha referido por aqui. Acresce que, na semana passada comemorou 3 anos de existência. O Nova Frente, assumidamente de direita, tem como principal "fornecedor" o Bruno Oliveira Santos. Recomendo sem complexos. O link vai já para ali.
O BE paga
Gostava de saber quanto custou a brincadeira do Sá Fernandes (vereador bloquista) que atrasou por vários meses a obra com o recurso aos tribunais para parar a obra. Bem sei que o homem já estava a preparar a sua candidatura a Lisboa, mas era de bom tom se o Prof. Anacleto assumisse os custos dos seus desvarios populistas que tantos votos lhe deram.
Inveja
Raramente nos satisfazemos com o que temos. A vida do vizinho é quase sempre muito melhor que a nossa. Dá algum conforto constatar que o vizinho sente exactamente a mesma coisa.
Prémio "Pior é Impossível"
Para os posts de Vital Moreira acerca da guerra no Médio Oriente. Independentemente da opinião que se possa ter acerca do conflito, a demagogia e má fé de VM têm sido confrangedoras.
Novo link
Não é hábito, mas aqui vai um novo link, desta feita de esquerda (não se preocupem que o blogue não está a ser atacado por hackers!). Um dos autores tem o mesmo apelido que o signatário deste post, o que só abona em seu favor, indiciando parentesco próximo (sim sim, é meu primo). The Bonnie Situation é daquela esquerda moderna e arejada que o Dr. Louçã costuma reivindicar para si, mas (felizmente) nada tem a ver com o espectro político a que o guru Anacleto pertence. O link já ali está de lado.
sexta-feira, julho 28, 2006
Deslocalização
Será que também neste caso poderá o Estado português pedir a devolução de todos os subsídios e benefícios fiscais concedidos à pianista?
Actualizado:
O impacto da devolução dos subsídios recebidos no déficit não deve ser grande, mas já é qualquer coisa para pagar a assessores governamentais.
Para quem ainda tinha dúvidas
Muito se tem falado da desproporcionalidade do ataque israelita. Ignorando pessoas como o Nuno Ramos de Almeida ou o Vital Moreira que, independentemente do que se possa dizer, as palas que têm nos olhos não lhes permitem ver outras realidades que não aquelas que eles próprios criaram, a verdade é que não me parece que seja possível combater de outra forma movimentos como o Hezbollah. Com efeito, esta gente infiltra-se entre os civis, não só para fazer destes escudos humanos involuntários, mas, pior, para lançar os seus ataques. As provas desta realidade vão aparecendo, graças essencialmente a alguns jornalistas que ainda sabem o que é a sua profissão. Pessoas como o José Rodrigues dos Santos que evitam alinhar nas demagogias que grassam nas televisões e recusam ser manietados por membros do Hezbollah, como aconteceu recentemente com um jornalista da CNN. Seria bom que o governo português e o nosso Presidente se desmarcassem da posição quase maioritária que a generalidade dos comentadores e alguns jornalistas têm vindo a adoptar neste conflito. Talvez porque as coisas nem sempre são o que parecem.
Nuno Ramos de Almeida
O Nuno Ramos de Almeida, que agora escreve no cadernos de verão (escreveu em tempos no aspirina b, mas teve alguma dificuldade em lidar com a diversidade e acabou por sair), e depois de eu o ter qualificado de "escumalha", por ele ter escrito isto, presenteou-me com o seguinte mimo num comentário ali mais abaixo:
"Escumalha és tu e os fachos da tua laia. Estou um pouco farto da tua falta de educação: já não tens idade para a tua mãezinha te educar, mas estás bastante a tempo de aprender a lavar os dentes."
O NRA, que até teve um bom berço mas depois descambou - o excesso de substâncias alucinogéneas dá nisto -, é o director (não confundam com editor que ele fica zangado) do jornal do bloco de esquerda, o que, aliás, diz muito acerca desse pasquim de vão de escada. Já em tempos, o rapazinho ficou zangado por eu ter utilizado com ele o mesmo tipo de linguagem de que ele abusa nos seus posts e escritos, o que é típico de gente que habita no seu espaço político. Chama-me agora de facho, o que, diga-se de passagem, vindo de um ilustre membro dessa associação de malfeitores a que o sujeito pertence, até soa a elogio. Ainda assim, quando for grande espero ter uma educação tão esmerada quanto a do sujeito em causa, o qual, pelos vistos, sabe lavar os dentes, mas ainda não aprendeu a lavar a língua. Apareça sempre.
quinta-feira, julho 27, 2006
Frases famosas
"E tu Manuela, quanto ganhas?"
(citação de memória de uma pergunta que Futre faz a Manuela Moura Guedes, numa entrevista dada aquando da ida do futebolista para o Atlético de Madrid, após grande insistência da entrevistadora em saber quanto é que Futre iria ganhar)
Morangos com qualquer coisa
Não partilhando da fobia quase orgásmica que alguns têm relativamente aos "Morangos com Açucar", até porque é de polémicas e críticas que o programa se alimenta, aconselho a leitura do artigo de opinião de Maria Filomena Mónica na mais recente Atlântico. Fica um "cheirinho":
"(...) que podemos fazer para que a inocência das crianças seja preservada? (...) Para quem, como eu, considera que o olhar inocente de uma criança é uma conquista civilizacional, os "Morangos com Açucar" constituem um retorno à barbárie."
A propósito
de nada, aqui fica um link para um texto do Nuno Pombo.
Nota: apesar de monárquico, o autor do texto é bom rapaz e já faltou mais para o convencer a escrever por aqui.
Qual o Ministro da tutela?
No mínimo impõe-se chamar o Ministro ao parlamento. Depois da conversa fiada acerca da contenção e do déficit, não é admissível que continuem a surgir notícias destas sem qualquer tipo de consequências. Espero que Marques Mendes não aguarde pelo fim das férias para reagir. Quanto à oposição de esquerda é fácil prever o que vão argumentar; que o trabalho precário continua a aumentar, mesmo no Estado. A ver vamos.
quarta-feira, julho 26, 2006
A seguir com atenção
A notícia tem sido veiculada por diversos órgãos de informação mas poucos parecem dispostos a dar-lhe atenção. Apesar (e também por isso) de ter votado em Carmona Rodrigues, espero que esta história seja rapidamente esclarecida. Estranho igualmente a falta de reacção da oposição.
Sinal dos tempos
No último fim de semana, em "passeio dos tristes" ao centro comercial do Campo Pequeno para beber café, reparo que os fraldários são comuns às casas de banho masculinas e femininas. Assumo o meu conservadorismo (também) nesta matéria. É que se na casa de banho das mulheres existem "casotas" com portas, na dos homens pratica-se muitas vezes o "naturismo". Por que raio não fazem fraldários independentes, evitando este tipo de constrangimentos?
Nota: este reparo é feito por um pai de 2 meninas a caminho da 3.ª, o qual não está disposto a mudar fraldas em wc's frequentados por outros homens!
Parques de estacionamento
Serve o presente post para mostrar todo o meu agradecimento ao Governo pelas recentes alterações nas condições de utilização dos parques de estacionamento. A ideia de taxar as fracções de 15 minutos foi fantástica. Com efeito, nos 3 parques a que já recorri desde a alteração aumentaram os preços, num deles 40%. Não sei quem foi o génio que teve a ideia, mas gostava de lhe dar "aquele abraço".
Crise, qual crise?
Na tentativa, concedo que tardia, para encontrar poiso para férias em Agosto, constato que poucos destinos decentes têm ainda lugares disponíveis, quer nos hotéis quer nos aviões. Bem sei que para o Médio Oriente poucos irão, mas desconfio que não seja razão suficiente para tão grande lotação esgotada nos outros destinos.
Produtividade
Pena é que os portugueses não usem do mesmo vigor e sagacidade que demonstram ao volante nos seus empregos. Tenho a certeza que o problema do PIB a breve trecho seria ultrapassado.
Velhice
Hoje de manhã, enquanto via a pasta com os "trabalhos" - desenhos, colagens, imitação do nome, etc. - que a minha filha Leonor (3 anos) fez ao longo do último ano, percebi o que é afinal a evolução, o crescimento. Constato igualmente que, com 32 anos, não aconteceu o mesmo comigo. Estarei a ficar velho?
terça-feira, julho 25, 2006
Por aí
"as mulheres são seres fracos, frágeis, facilmente domináveis, submissos e menos adaptados ao mundo moderno. Salazar, para quem a mulher era a dona do lar e o exemplo da moral cristã, não diria melhor." (rui, no blasfemias)
"pela minha saúde que ouvi um professor universitário a dizer que os judeus ficavam todos muito bem no Novo México!" (Carla Quevedo, no bomba inteligente)
"O prof. Rosas continua a dar nas vistas.Não pelas suas carnes, que não justificam por enquanto a aplicação de banda gástrica, mas pela incontinência do verbo, esse sim, a justificar a aplicação urgente de uma banda cerebral." (António Torres, no faccioso)
"já que Portugal vai tendo boas relações com Israel, podíamos pedir que nos atirassem um míssil para cima da TVI" (JCS, no lóbi do chá)
"Iliteracia (...) Descobri então o nome da minha doença emocional." (Pedro Mexia, no estado civil)
"O EIXO DO BEM: Katsouranis - Rui Costa - Miccolli" (FNV, no mar salgado)
"Mas se há algo previsível no Médio Oriente é a sua imprevisibilidade." (Bruno Cardoso Reis, no amigo do povo)
"somos um país de tarados felizes que passam a vida em engates nocturnos consecutivos e, por isso, não precisamos de fantasias e sublimações para nada." (João Villalobos, no corta-fitas)
Sugestão de fim-de-semana (alargado) VI - Sardenha
Bem sei que ainda falta para o fim-de-semana, mas vi estas fotografias da Isola di San Pietro na Sardenha e lembrei-me da minha lua de mel (já lá vão 4 anos). Longe de ser um local barato para passar férias, a verdade é que já não é um destino só para alguns. Com praias paradisíacas e algumas quase desertas é um destino de férias priveligiado para quem não quer grandes confusões. A comida é boa mas cuidado com os hotéis. A ilha (da Sardenha) é grande e não é possível conhecê-la em menos de 1 semana. O ideal é alugar um carro e marcar 2 hotéis, um no sul da ilha, mais próximo de Cagliari, e outro na Costa Esmeralda que fica no norte (dizem que é aqui que estão as melhores praias). As fotos são daqui. A Isola de San Pietro foi agora descoberta (em termos turísticos) e fica a 40 minutos (de barco) da Sardenha.
Crise no Médio Oriente
A gravidade da crise no Médio Oriente, ainda que não existisse comunicação social, seria bem notória no momento em que abastecemos os nossos carros. Hoje de manhã vi-me despojado de 63 euros para encher o depósito com gasóleo (daquele mais baratinho!).
Dieta
É cada vez mais um mal necessário. A última aconteceu ontem quando a primogénita Leonor (com 3 anos) perguntou ao pai, se à semelhança da mãe, também estava à espera de bebé.
segunda-feira, julho 24, 2006
Post rasca
este da Ana Sá Lopes (asl). Pior quando se trata (aparentamente) de uma jornalista. Embora o post esteja razoavelmente mal escrito, parece pôr em causa o facto de existir anti-semitismo. Como a asl não o diz, presumo que se esteja a referir tanto a outros jornalistas, como a políticos ou mesmo à opinião pública. Aconselho-a a estudar melhor o assunto, pois não faltam exemplos bem recentes desse mesmo anti-semitismo, a começar nas declarações do Presidente iraniano (país que como se sabe fornece armamento ao Hezbollah) ou de muitos manifestantes nas manifestações pró-Hezbollah dos últimos dias (veja, por exemplo, as fotos que o AAA publicou no insurgente). E se a asl quiser estudar o assunto mesmo a fundo, como uma verdadeira jornalista, pode ir ler as declarações de alguns líderes europeus e de colegas seus, os quais assumem de forma descarada a sua posição pró-Hezbollah. Por fim, deixe-me que lhe diga que andar a prescrever medicamentos - xanax - sujeitos a receita médica é perigoso. Ainda assim, e na mesma linha da sua sugestão, quer parecer-me que no seu caso o mais aconselhável será mesmo o viagra.
Mau jornalismo
É extraordinário que se retire do simples aumento de número de casamentos entre cidadãos nacionais com estrangeiros a conclusão que o jornalista tira de que os aumentos por conveniência estão a crescer. Os bons jornalistas que se cuidem, pois andam por aí muitos decididos a dar mau nome à classe.
Ou há moralidade ou comem todos...
Caro Jorge Ferreira, quando li o post estranhei pois tenho aqui no escritório uma diligência judicial marcada para 13 de Setembro. No entanto, e após uma visita ao Palácio da Justiça de Lisboa para consultar um processo, para além da constatação de que a grande maioria dos funcionários se encontra de férias, fiquei a saber que o mesmo se passa com os senhores juízes. Na 8.ª Vara, 2.ª Secção, um advogado pretendia entregar um requerimento a pedir a confiança do processo e a entrega das cassetes com a prova feita em julgamento, de forma a instruir um recurso por si apresentado e que já corria prazo, quando foi informado pelo único funcionário da secção que o juiz estava de férias e que os juízes de turno não despachavam estes requerimentos em tempo útil. O advogado, incrédulo, perguntou se não era possível ir a despacho noutra secção, tendo o funcionário perguntado (à minha frente) à colega da secção do lado se o juiz respectivo poderia "ler" e despachar o referido requerimento. A colega respondeu-lhe que o "seu" juiz também está de férias. A minha pergunta é só esta: Independentemente de se concordar ou não com a medida que reduziu as férias judiciais, a lei está aí e é suposto ser cumprida. Os advogados têm de cumprir escrupulosamente os prazos dos seus processos sob pena de os perder. E os juízes, quem os controla? Quem verifica se estão a cumprir a lei? Qual a moral de um juiz que se recusa a cumprir uma lei, legitimamente aprovada, para impor sanções ou condenar um qualquer cidadão por incumprir uma determinada lei!?
Fica também a minha indignação perante o comportamento do Governo neste processo. Era prevísivel que os juízes gozassem as suas férias, ou pelo menos parte delas, fora das férias judiciais. Por que razão não foram tomadas medidas no sentido da substituição dos juízes nestas condições? Enfim, a palhaçada do costume.
Novamente a OPA
No seguimento das notícias vindas de Espanha o mercado agita-se. Confesso que pouco dava pela OPA depois do CA da Portugal Telecom ter aconselhado os accionistas a não vender. O caso muda de figura com a eventual compra de quase 1o% à espanhola Telefonica. A confirmar-se a notícia ficamos sem perceber a estratégia da PT na venda de 50% da VIVO. Aguardemos por mais notícias e pela resposta dos concorrentes ainda não assumidos na compra da PT, a saber Paes do Amaral.
Telefónica venderá 10% na PT
Hoje o La Vanguardia veícula a notícia de que a Telefónica quer vender a sua participação de 10% na Portugal Telecom. Adivinha-se alguma agitação no mercado português nos próximos dias.
Educação
Muito se tem falado nos últimos tempos de educação. No programa de ontem de José Hermano Saraiva falou-se do assunto. Houve uma frase dita pelo autor do programa que me ficou "cada vez mais as pessoas têm de perceber que o que mais interessa na educação não é aquilo que se se ensina mas sim o que se aprende". Num tempo em que nos preocupamos muito com o "direitos" dos professores e com os erros do Ministério da Educação esquecemo-nos do mais importante: o que verdadeiramente interessa são os alunos, tudo o resto existe por sua causa. Enquanto não percebermos isto e continuarmos a assobiar para o ar nada vai mudar.
sexta-feira, julho 21, 2006
Os espanhóis agradecem
Como todos perceberemos daqui a mais uns meses, foi um grande favor que fizemos a nuestros hermanos.
Adeus
O Miguel fartou-se e decidiu sair. De tal forma, que nem arranjou paciência para a despedida. Vai fazer falta. Por "nós", cá continuaremos, pelo menos para já, com a certeza de que as portas estarão sempre abertas para o quase ex-incontinente msn. Até já Miguel.
Actualização: obra de "piratas". O Miguel está para durar.
Coitadinhos
A opinião que se vem formando junto da opinião pública acerca do que está a acontecer no Médio Oriente lembra-me a admiração que o povo português, em particular, sente pelos coitadinhos. Em Portugal temos um grande problema em lidar com o sucesso (dos outros); normalmente associamos esse sucesso a esquemas "malucos" ou a expedientes menos lícitos. Sim, porque isto de ganhar mais do que eu tem de trazer água no bico. Raramente conseguimos admitir que os outros possam ser melhores que nós. Por este motivos, odiamos quem vinga, desprezamos os ricos e famosos (os verdadeiros, não os que aparecem nas revistas), fundamentalmente porque não suportamos a felicidade alheia. Por outro lado, demonstramos uma piedade imensa por quem sofre, por esta ou por aquela razão; choramos pelas vítimas do Tsunami, pelos timorenses, pelos sem abrigo, indignamo-nos perante a miséria e a pobreza. Habitualmente, alguns de nós culpam os mais ricos e sortudos pelo azar dos outros e gostariam que fossem aqueles a suportar os males do mundo. Lembram-se ainda do Zé Maria, essa personagem do big brother que fez as delícias de (quase) todos nós? E porquê? Porque era pobre, fraco, carente e auto-destrutivo. Esta é a verdade. Bem, esta conversa de chacha vem a propósito do que se passa no Médio Oriente. A verdade é que a grande maioria até preferia estar pelos israelitas, coitados, que sofreram tanto na II Grande Guerra. Infelizmente não é possível; e porquê? Porque os malandros decidiram defender-se. Porque têm a lata de não ser uns coitadinhos. Porque não se deixam sucumbir perante os terroristas do Hamas e do Hezbollah que não reconhecem a existência de Israel e vivem unicamente para a sua destruição. Esta é a verdade: se Israel depusesse as armas e fosse chacinado pelos terroristas talvez aí obtivesse o nosso apoio. Como preferiu pegar em armas e atacar os terroristas para defender a sua existência enquanto país - por acaso o único democrático naquela zona - não pode beneficiar da nossa simpatia. As pessoas não querem saber de que grande parte dos países que rodeiam Israel não o reconhecem enquanto tal; o facto do Presidente iraniano ser anti-semita primário, negando o holocausto, pouco interessa; que a Síria e o Irão fornecem armas aos terroristas do Hezbollah e outros também pouco releva; que estes mesmos terroristas têm como alvos, ao longo das últimas décadas, civis é de somenos. O que importa verdadeiramente é que Israel só teria a nossa simpatia e o nosso apoio se deixasse de existir, se fosse destruído pelos seus vizinhos.
Novos links
Recentemente descobertos pelo signatário do presente post - homem a dias e 25 centímetros de neve. Já estão ali ao lado e vão passar a leitura diária deste incontinente. Não deixem de passar por lá.
A ler
Bem pelo contrário, a União Europeia, cuja política no Médio Oriente é claramente anti-israelita e por isso inútil para mediar qualquer coisa, continua a financiar a Autoridade Palestiniana controlada pelo Hamas. Os americanos dão uma última garantia de segurança a Israel, mas essa só funciona num ambiente de Armagedão, e a Bíblia e os seus apocalipses não são os melhores conselheiros. Até lá, e esperamos, sem necessidade de chegar lá (um conflito nuclear), Israel está sozinho e só pode contar consigo mesmo. Eles sabem muito bem disso, como Savimbi sabia. Ele perdeu tudo, os israelitas fazem tudo para que o mesmo não lhes aconteça - José Pacheco Pereira, Público de ontem, via Abrupto.
quinta-feira, julho 20, 2006
"O que são as mulheres"
(...) sem dar fé que não encontro prazer algum em dançar com uma criatura que vejo todas manhãs e todas as noites, de que conheço demasiado bem as maneiras, o cheiro, o corpo que mudou e perdeu cintura, os tornozelos que alargaram, a tensão que principia a subir, a dieta que não é capaz de fazer, bolachas à socapa, chocolates, acordar e dar com o teu roupão a cheirar-me as camisas e a verificar nódoas (...) - António Lobo Antunes, na Visão.
Arrogância
Ouvi hoje de manhã na TSF um excerto de uma entrevista que a Ministra da Educação concedeu ontem. Com o ar arrogante que a tem caracterizado nestes últimos tempos, manifestava-se surpreendida com os pedidos para realização de novos exames em várias disciplinas, alegando que tinha corrido tudo muito bem e que não havia razão para tanto alarido. O descaramento da Senhora Ministra foi ainda mais longe afirmando que não tinha havido qualquer erro nas provas e que estranhava a polémica criada. Sem comentar o absurdo das suas declarações, matéria sobre a qual já aqui falámos, não posso deixar de referir-me à arrogância da Ministra. Arrogância essa que tem sido timbre de diversos membros desta Governo, começando no Primeiro-Ministro. A este propósito, não mais me esqueço de algo que o meu pai me disse quando ainda vivia na sua dependência. Palavras sábias que se mostram hoje acertadas. Dizia ele que a arrogância e a certeza com que eu falava eram próprias da idade; próprias de alguém que se acha senhor da verdade, não admitindo que os outros possam também eles estar certos. Com o tempo percebi que os outros têm muitas vezes razão e que eu, afinal das contas, tinha muitas dúvidas e me enganava com frequência. Olho agora para a arrogância destes Ministros e constato que não aprenderam com a idade; percebo que vivem ainda na adolescência cheios de certezas. Um dia destes a queda vai ser grande e eles vão entender (espero) a sua estupidez.
Reforma da administração pública
O Governo não concordou com a minha proposta de reforma da administração pública e vai daí contratou mais de vinte mil novos funcionários. Com as saídas de outros ficamos com um saldo "positivo" (não deixa de ser irónica a utilização da palavra positivo neste caso!) de mais de 10.000 funcionários públicos. Numa altura em que muito se discute o deficit, o aumento de impostos, a diminuição da despesa pública, etc., parece-me deveras sensato (mais ironia!) engordar o Estado, emagrecendo os nossos bolsos. Imagino que o Governo tenha uma justificação óptima para este facto, que passará por dizer que os funcionários já pertenciam ao Estado e estavam a recibos ou que a culpa é ainda de Santana Lopes e dos anteriores Governos de direita. Os jornalistas (a maioria) e comentadores farão de conta que nada se passa e este episódio (mais um) será esquecido em breve. Quanto a Marques Mendes, pode ser que se lembre de chamar o Ministro da tutela ao Parlamento daqui a 1 ou 2 meses quando já ninguém se lembrar do assunto. Somos cada vez mais uma república de bananas.
quarta-feira, julho 19, 2006
Reformas que se impõem VI
educação: das mais complicadas. Desde logo, saber onde está o problema. São, obviamente, vários, maus programas curriculares, (alguns) maus professores, más instalações, maus alunos, falta de rigor (a ensinar e a corrigir), má gestão, etc.. Começava logo pela avaliação dos professores, de forma a aferir da sua capacidade para dar aulas. Está na altura de acabar com a ideia de que o ensino é um bom caixote do lixo para todos aqueles licenciados em direito, psicologia, filosofia, história, etc., que não arranjam emprego a fazer coisas mais interessantes; seja por azar ou incompetência pura, não pode o Estado (ou seja todos nós) continuar a suportá-los. Desde logo, porque não é função do Estado dar emprego a quem nada tem que fazer. Depois, mais importante, não é aceitável que sejam os alunos a ter que perder tempo com professores medíocres que em nada adiantam na sua formação. Passemos à gestão das escolas; parece-me evidente que as escolas, a par de outros entes públicos, deveriam ser geridas por quem tem capacidade para o fazer. Ou seja, não faz muito sentido que sejam os professores a ter que tomar decisões acerca do material a comprar, dos pagamentos a fornecedores, dos contratos a celebrar, etc.. Penso que seria importante as escolas terem uma gestão profissional, também orientada por critérios de racionalidade económica. Outro ponto que me parece não ser objecto de grande discussão é a possibilidade das escolas contratarem os seus próprios professores, acabando, de certa forma, com a confusão que representa a colocação nacional de professores feita pelo MNE todos os anos. Seria também importante (continuar a) fechar escolas com poucos alunos, dando melhores condições às escolas que continuam abertas e subsidiando os alunos que têm de percorrer mais de x quilómetros para ali chegar... Enfim, tanta e tanta coisa que há para fazer, sendo que os resultados só serão visíveis a longo prazo. É pena que a paixão de Guterres não tenha passado disso mesmo. Bem sei que os casamentos estão a ficar fora de moda, mas o ideal era aparecer alguém que se comprometesse para a vida com a educação. Para mim, é na educação que tudo começa e em que (quase) tudo se decide. Enquanto nada fizermos, o terceiro-mundismo que nos caracteriza nas mais diversas matérias continuará presente.
O demagogo
A demagogia, de facto, não tem limites para este senhor. Faria um grande serviço à nação se por lá ficasse.
Procura-se
O que aconteceu ao abrupto?
Actualização: ao que parece está a ser atacado por piratas informáticos. Entretanto regressou.
Actualização: ao que parece está a ser atacado por piratas informáticos. Entretanto regressou.
terça-feira, julho 18, 2006
A queda de um anjo
A Ministra da Educação, no início da legislatura, acompanhou algumas medidas certeiras com uma postura arrogante que alguns elogiaram. Todos erramos, porém, e a Ministra não é excepção. Ao que parecer houve alguns erros em exames, alegadamente da responsabilidade do Ministério da Educação, o que levaram a titular do cargo a ordenar a repetição dos exames de física e química. O pior erro, no entanto, não está nas falhas que alguns exames tinham, mas sim na decisão de os mandar repetir. Com efeito, e que eu me lembre, nunca tal medida foi tomada com esta amplitude. Acresce que, erros sempre existirão e o Ministério não pode vulgarizar a repetição de exames, criando, no fundo, uma espécie de 2.ª fase para que os alunos possam subir as suas notas. É um facto que o ensino em Portugal está de rastos e um dos seus principais problemas é a falta de rigor e de qualidade. Pretender alcançar com a repetição de exames o que tem de ser feito de base, ao nível da melhoria da qualidade de ensino, melhor formação dos professores, maior exigência, requalificação dos estabelecimentos de ensino, etc., é atirar poeira para os olhos, ignorando a reforma profunda que se impõe fazer na Educação. A Ministra, depois de um início prometedor, está em queda livre, o que na área que titula é fatal. Venha outro.
Volta Freitas, estás perdoado
"A retirada dos 22 portugueses residentes no Líbano será feita pela embaixada francesa, "caso seja necessária", anunciou o gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, sublinhando que o “Governo português está a seguir o assunto”." (Público, 15 de Julho, ao início da tarde)
"Caroline, que vive há seis anos no Líbano, disse à Lusa que já foi contactada pela secretária do cônsul honorário de Portugal em Beirute, que lhe pediu o envio de fotocópia do passaporte, mas que ainda não lhe falaram em retirada dos portugueses." (RTP, 15 de Julho, ao fim da tarde - cerca das 17:30)
""Os portugueses foram contactados e a todos eles foi oferecida uma possibilidade de se retirarem do país, nenhum deles o desejou, mantendo-se no Líbano e em segurança", afirmou José Sócrates." (Público, 15 de Julho, ao fim da tarde - cerca das 19:00)
"Dezoito pessoas pediram já ao Governo português ajuda para abandonar o Líbano: 14 portugueses (sete turistas e sete residentes), uma cidadã guineense e o filho e a mulher do cônsul do Brasil e o filho." (RTP, 16 de Julho, ao fim da tarde)
"O embaixador português no Chipre, António Jacob Carvalho, declarou hoje à Lusa que nenhum dos portugueses que deveriam ter saído do Líbano chegou ao porto cipriota de Larnaca a bordo do "ferry" fretado pelo Governo francês." (Público, 18 de Julho, de manhã)
As contradições, o desnorte e a falta de tento na língua continuam a marcar a pasta dos Negócios Estrangeiros e afectam também o Primeiro Ministro, o qual viu as suas declarações desmentidas ainda no sábado, 15 de Julho. Depois admiram-se que ninguém nos leve a sério.
segunda-feira, julho 17, 2006
Fascismo de esquerda
Vista como país maior em termos de liberdades individuais, a Holanda é um país de fortes contrastes e contradições. Depois de ter aprovado legislação que permite a eutanásia em menores de idade, a Holanda pretende mostrar ao mundo que tudo, mas mesmo tudo, é possível neste país com uma identidade nacional que se resume actualmente à onda laranja futebolística. De resto, é um país de prostitutas, drogados e, agora, também de pedófilos. O maior conservadorismo que pode existir é o que reside numa anarquia pura, em que tudo se permite e nada se recrimina. Desta forma, impomos a liberdade de cada um de nós à liberdade de todos os outros que nos rodeiam, independentemente de serem conflituantes e antagónicas. Esta "guerrilha" social ganha-se ou perde-se pela aplicação da lei do mais forte. Os mais liberais condenam e rejeitam quem se atreva a criticar a sua própria liberdade, acusando-os de moralismos e conservadorismos bacocos. A isto chamo fascismo; politicamente correcto, é certo, mas não deixa de ser fascismo puro.
Governo em alta
O título da notícia é: "Portugal tem o 16º melhor sistema de saúde europeu". O artigo e, principalmente, o título, demonstra que o Governo continua nas boas graças dos jornalistas. No tempo de Santana Lopes a notícia teria como título "Portugal tem o 10.º pior sistema de saúde europeu". Há quem lhe chame mau jornalismo, jornalismo de favores, ignorância jornalística... Não há volta a dar. A política, a par de certo jornalismo, funciona por ciclos e, para já, Sócrates está em grande. Daqui a 1 ano, mais coisa menos coisa, voltamos a falar. Até já.
República das bananas
Muito se tem falado de república das bananas a propósito de Portugal e de (alguns) portugueses. O Nuno Pombo, amigo do signatário, escreveu no diário digital, como só ele sabe, o artigo de opinião que acima citei. A ler na íntegra.
Daniel Oliveira e a Igreja
Tenho pelo Daniel Oliveira a mesma admiração que julgo ter ele pela Lili Caneças. A etiologia desta admiração radica, penso eu, no gosto inconfessado, mas seguramente sórdido, pelo disparate dos outros. No gracejo que nos provoca o que pensamos ser o ridículo alheio. Contudo, não é a pessoa dele que me fascina. São as enormidades que escorrem da sua pena. Vem isto a propósito do que Daniel Oliveira escreveu sobre a Igreja, esta semana, no Expresso, esgravatando, pelo visto, em terrenos que se pensavam domínio do sempre douto Vital Moreira.
Há um equívoco tremendo no papel que eles pensam (ou dizem que pensam) ser o da Igreja. Por muito que lhes custe, a Igreja tem uma acção política, entendida esta no sentido de se pretender conformar o destino dos povos com as imutáveis referências do cristianismo. A par desta acção, há uma outra, principalíssima, que visa o robustecimento da fé de cada um, na sua mais íntima esfera pessoal, bem como no florescimento da mensagem de Cristo no coração de cada pessoa. Uma e outra acções não são alternativas, como pensaram erroneamente alguns teólogos, desde logo os da denominada libertação. São intrinsecamente cumulativas.
Daí que só por ignorância ou má fé se pode criticar a Igreja por pretender que o Estado, através da sua teia normativa, não permita a ofensa desses valores cimeiros. Por isso, historicamente, a Igreja se bateu pela abolição da escravatura e da pena de morte e se pronunciou, mais recentemente, contra a guerra como meio primeiro de resolução de conflitos.
Não se estranhará por isso que a Igreja venha defender intransigentemente o direito à vida e a Família, enquanto célula essencial do crescimento pessoal. Não cabe à Igreja legislar sobre estas matérias, essa é tarefa do legislador. Isto não equivale a dizer que a Igreja não lhe dê a conhecer as razões da sua razão. Foi o que fez Bento XVI há dias em Valência. E é claro: quando o Santo Padre fala a sanha contra os Cristeros aviva-se...
O que não deixa de ser curioso é que haja pessoas, como o Daniel, que não se limitam a defender aquilo em que acreditam, optando por zurzir os que escolhem defender o seu contrário.
Há um equívoco tremendo no papel que eles pensam (ou dizem que pensam) ser o da Igreja. Por muito que lhes custe, a Igreja tem uma acção política, entendida esta no sentido de se pretender conformar o destino dos povos com as imutáveis referências do cristianismo. A par desta acção, há uma outra, principalíssima, que visa o robustecimento da fé de cada um, na sua mais íntima esfera pessoal, bem como no florescimento da mensagem de Cristo no coração de cada pessoa. Uma e outra acções não são alternativas, como pensaram erroneamente alguns teólogos, desde logo os da denominada libertação. São intrinsecamente cumulativas.
Daí que só por ignorância ou má fé se pode criticar a Igreja por pretender que o Estado, através da sua teia normativa, não permita a ofensa desses valores cimeiros. Por isso, historicamente, a Igreja se bateu pela abolição da escravatura e da pena de morte e se pronunciou, mais recentemente, contra a guerra como meio primeiro de resolução de conflitos.
Não se estranhará por isso que a Igreja venha defender intransigentemente o direito à vida e a Família, enquanto célula essencial do crescimento pessoal. Não cabe à Igreja legislar sobre estas matérias, essa é tarefa do legislador. Isto não equivale a dizer que a Igreja não lhe dê a conhecer as razões da sua razão. Foi o que fez Bento XVI há dias em Valência. E é claro: quando o Santo Padre fala a sanha contra os Cristeros aviva-se...
O que não deixa de ser curioso é que haja pessoas, como o Daniel, que não se limitam a defender aquilo em que acreditam, optando por zurzir os que escolhem defender o seu contrário.
GNR em Timor
Oiço na TSF que a GNR já patrulha Dili sem restrições, a par das outras 3 forças internacionais que se encontram em Timor. Para quem não se lembra, depois de Freitas ter "afrontado" os australianos e de se ter recusado a que a GNR ficasse sobre as ordens militares de Austrália, os GNR foram impedidos de patrulhar grande parte da cidade timorense, tendo inclusivamente sido confrontados por armas australianas aquando de detenções que haviam efectuado num bairro de Dili.
Parece que agora as forças no terreno se entenderam finalmente quanto à cadeia de comando e que as patrulhas fazem-se em conjunto por toda a cidade. Tudo isto passado pouco mais de 1 semana depois da saída de Freitas do MNE. Desconheço se se trata de coincidência, mas para já a alteração não deixa de ser relevante em face da posição de força assumida pelo antigo MNE. Resta saber se e quais as concessões que Portugal teve que fazer.
Passagens aéreas para animais
Ontem no noticiário da SIC falaram de uma auto-estrada que estão a construir no norte do país. Uma das inovações é a construção da 1.ª passagem aérea para animais (!?) em Portugal. Ao que parece destina-se a mamíferos de grande porte (!!??). Já estava eu a pensar que se destinava a elefantes, quando o jornalista (peço desculpa por não ter fixado o seu nome) referiu que era para raposas e javalis (!!!???). Estamos sempre a aprender!
Reformas que se impõem V
(fim das) subvenções do Estado aos partidos políticos: não encontro justificação alguma ao subsídio estatal da actividade política. Como muitos saberão o Estado entrega aos partidos e candidatos presidenciais milhões de euros do erário público em função dos resultados nas eleições. Não percebo qual o interesse público que justifica esta benesse. Embora os números sejam públicos, seria útil que os jornalistas fizessem contas ao dinheiro que nos últimos 10 anos o Estado entregou aos partidos políticos.
Esta malta dos blogues é lixada
Eu também pus o vídeo por aqui. Espero que o rapaz não decida processar todos os malandros dos bloggers que andaram por aí a atribuir-lhe palavras menos próprias!
Importa-se de repetir?
Desemprego entre os mais jovens, qualidade do ensino, melhoria dos cursos profissionais, maior investimento no desporto, requalificação urbana, incentivo à compra de casa, combate à droga... O Sr. Pedro Nunos Santos tinha muito por onde escolher e optou por tornar a liberalização do aborto a sua principal luta. Prevejo um futuro político brilhante a esta personagem.
sexta-feira, julho 14, 2006
Acredite quem quiser
Diz quem sabe que os exames deste ano - que, como se sabe, foram feitos pelo Ministério -, destas e de outras disciplinas, foram mais fáceis do que é habitual, porventura (dizem-me alguns), para que a Ministra ganhasse apoios junto dos estudantes e dos seus pais. Os professores, que estão em guerra aberta com a Ministra, e que têm a incumbência de corrigir os exames, não foram de modas e terão sido mais rigorosos que nunca, o que explica as notas baixas. Dizem-me que a Ministra não gosta de perder nem a feijões e que, para fazer valer a sua posição, decidiu conceder excepcionalmente a possibilidade dos alunos repetirem os seus exames. Confesso que tenho grandes dificuldades em acreditar nesta história que me garantem corresponder à verdade, mas seria bom que o Ministério explicasse bem as razões para o regime de excepção criado, que vem criar um precendente irresponsável e perigoso.
Desculpas esfarrapadas
Lamento informar, mas tentar justificar a arrogância do nosso Primeiro com a entrevistadora não pega. Com efeito, o sujeito em causa fala sempre (mas mesmo sempre) com aquela petulância insuportável de quem quer ser ouvido do outro lado do rio. Assim, e a menos que o senhor oiça vozes e na cabecinha dele esteja sempre a levar com as perguntas da Maria João Avillez (o que, aliás, não me parece crível!), teremos de concluir que o comportamento de Sócrates é um caso crónico sem grandes hipóteses de cura.
Reformas que se impõem IV
Administração pública: salvo raras e honrosas excepções, temos uma administração pública ineficiente e incapaz. Há serviços públicos (quase) sem trabalho com funcionários a mais, outros que não têm mãos a medir quase sem funcionários, instalações sem condições mínimas de "habitabilidade" e equipamentos obsoletos, a generalidade dos funcionários não tem formação adequada, etc. Esta é das reformas mais difíceis, pois os resultados não serão visíveis a curto-médio prazo e a contestação por parte dos sindicatos será muita. Mas a verdade é que sem uma reforma profunda da administração pública não será possível baixar a despesa, o que implica que o Estado terá sempre que equilibrar as finanças públicas através do recurso às receitas. Significa isto que, dêem-se as voltas que se derem, o aumento dos impostos será uma realidade presente em todas as legislaturas. Assim sendo, há que ter a coragem para extinguir entidades públicas que não servem absolutamente para nada, entregar aos privados a gestão de empresas públicas eternamente deficitárias, "despedir" 200.000 funcionários públicos (ou coisa parecida), introduzir de uma vez por todas o mérito como principal factor para a progressão (e manutenção) na carreira, responsabilizar os funcionários pelos seus actos, racionalizar as compras e a gestão do equipamento e dar formação conveniente a quem ficar. Para mim, esta é das reformas mais importantes e urgentes a fazer.
Calcio
Esta é a antevisão da Gazzetta dello Sport. A confirmar-se a decisão, surpreende ainda mais o título obtido pela selecção italiana. E o mercado, entretanto, vai aquecer e muito com a corrida dos clubes não italianos (ou italianos entretanto promovidos!) à caça dos jogadores campeões.
quinta-feira, julho 13, 2006
Quem não bate bem da bola?
Tem sido muito comentada a intenção de não sujeitar a IRS os prémios auferidos pelos jogadores por ocasião do Campeonato do Mundo. Contudo, ainda falta sublinhar o seguinte:
1- Não deixa de ser curioso (no mínimo) ouvir responsáveis governamentais indeferirem um requerimento mesmo antes de ele ser submetido a apreciação.
2 - A lei, no n.º 5 do artigo 12º do CIRS, estabelece uma demimitação negativa da incidência e não, em sentido técnico, uma isenção. Ou seja, o legislador disse que, em determinadas circunstâncias há rendimentos que não estão sujeitos a IRS (é diferente de uma isenção).
3 - A lei, no referido preceito, refere-se a "praticantes de alta competição", "classificações relevantes", "provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo", "nomeadamente campeonatos do Mundo". À partida não se diria descabido o pedido dos representantes dos jogadores. Foi até dito (que despautério!!!) que essa pretensão os diminuia.
4 - A fundamentação do liminar indeferimento do ainda não apresentado requerimento radica nas dificuldades financeiras do País. Ora, isto é gravíssimo. Se a situação está preta o que deve fazer o Estado? Mudar a lei e não ignorá-la. Se o Estado ignora a lei de que é produtor, por que razão não pode o cidadão comum fazer o mesmo? É uma vergonha. Empurra-se para as pessoas o ónus de lidar com situações que cabe ao legislador resolver.
5- De resto, esta ideia de ignorar a lei não é novidade para a esquerda. Lembro-me de um debate televisivo por alturas da campanha para as eleições legislativas em que o profético Louçã , com o ar grave de quem tem uma unha encravada, agitava um papel pelo qual ele soube que o Ministro das Finanças havia concedido isenções fiscais a um Banco num processo de reestruturação. Na altura o candidato Sócrates, filosoficamente, indignou-se contra o que considerou ser o "banquete" oferecido ao grande capital. O Dr. Lopes, coitado, não soube dizer uma coisa que estaria ao dispor do mais mediano dos juristas. Que tinham sido dados a esse banco os incentivos que estão, por lei (é um pequeno pormenor), ao dispor de todas as empresas que queiram reestruturar-se, desde que demonstrem a vantagem dessa reestruturação.
6- É feio o Governo não respeitar as leis que a AR aprova.
7 - A propósito, também não concordo com a não incidência do IRS sobre esses prémios. Não porque o país está de rastos, mas porque a boa interpretação, a meu ver, é a que vê esses prémios na dependência do próprio resultado desportivo, quase como que uma atribuição da organização do evento desportivo ao respectivo atleta. Aqui quem dá o prémio, aleatório, é a FPF e isso, a meu ver não integra o dispositivo legal. Mas colocar a questão nestes termos é argumentar juridicamente, pô-la como o Governo fez é assinar um atentado à democracia.
1- Não deixa de ser curioso (no mínimo) ouvir responsáveis governamentais indeferirem um requerimento mesmo antes de ele ser submetido a apreciação.
2 - A lei, no n.º 5 do artigo 12º do CIRS, estabelece uma demimitação negativa da incidência e não, em sentido técnico, uma isenção. Ou seja, o legislador disse que, em determinadas circunstâncias há rendimentos que não estão sujeitos a IRS (é diferente de uma isenção).
3 - A lei, no referido preceito, refere-se a "praticantes de alta competição", "classificações relevantes", "provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo", "nomeadamente campeonatos do Mundo". À partida não se diria descabido o pedido dos representantes dos jogadores. Foi até dito (que despautério!!!) que essa pretensão os diminuia.
4 - A fundamentação do liminar indeferimento do ainda não apresentado requerimento radica nas dificuldades financeiras do País. Ora, isto é gravíssimo. Se a situação está preta o que deve fazer o Estado? Mudar a lei e não ignorá-la. Se o Estado ignora a lei de que é produtor, por que razão não pode o cidadão comum fazer o mesmo? É uma vergonha. Empurra-se para as pessoas o ónus de lidar com situações que cabe ao legislador resolver.
5- De resto, esta ideia de ignorar a lei não é novidade para a esquerda. Lembro-me de um debate televisivo por alturas da campanha para as eleições legislativas em que o profético Louçã , com o ar grave de quem tem uma unha encravada, agitava um papel pelo qual ele soube que o Ministro das Finanças havia concedido isenções fiscais a um Banco num processo de reestruturação. Na altura o candidato Sócrates, filosoficamente, indignou-se contra o que considerou ser o "banquete" oferecido ao grande capital. O Dr. Lopes, coitado, não soube dizer uma coisa que estaria ao dispor do mais mediano dos juristas. Que tinham sido dados a esse banco os incentivos que estão, por lei (é um pequeno pormenor), ao dispor de todas as empresas que queiram reestruturar-se, desde que demonstrem a vantagem dessa reestruturação.
6- É feio o Governo não respeitar as leis que a AR aprova.
7 - A propósito, também não concordo com a não incidência do IRS sobre esses prémios. Não porque o país está de rastos, mas porque a boa interpretação, a meu ver, é a que vê esses prémios na dependência do próprio resultado desportivo, quase como que uma atribuição da organização do evento desportivo ao respectivo atleta. Aqui quem dá o prémio, aleatório, é a FPF e isso, a meu ver não integra o dispositivo legal. Mas colocar a questão nestes termos é argumentar juridicamente, pô-la como o Governo fez é assinar um atentado à democracia.
Reformas que se impõem III
Direito à greve: bem sei que esta vai provocar alguma azia, mas a verdade é que enquanto os sindicatos puderem continuar a paralisar serviços públicos e a actividade de algumas empresas privadas com a ausência de meia dúzia de funcionários estamos muito mal parados. Embora de duvidosa legalidade é frequente a greve de sectores chave de determinadas empresas, em que o "absentismo" de uma minoria de trabalhadores implica o encerramento de toda a actividade. Acontecia muito na TAP e ocorre actualmente com regularidade nas empresas públicas de transporte. Para moralizar o sistema e até para credibilizar os sindicatos e os seus protestos penso que o direito à greve tem de ser limitado e sujeito a regras que protejam não só os utilizadores de tais serviços mas também as empresas prejudicadas pelas greves.
A ler
"Na desmesura censória que o futebol levanta neste país, passam duas coisas. A primeira é a preguiça intelectual. Quem acusa os portugueses de esperarem a salvação pela bola está a dizer isto: que a salvação do país estaria na substituição do futebol por outro entretenimento supostamente mais nobre e moral. No fundo, são estes moralistas quem verdadeiramente espera a redenção através do futebol, neste caso pela sua eliminação. É essa superstição que explica a famosa criminalização do futebol, do fado e de Fátima. No dia em que os portugueses jogassem xadrez em vez de dar pontapés numa bola, ouvissem Chostakovich em vez de Amália, e lessem Voltaire em vez de ir a pé a Fátima, todos ficaríamos subitamente mais altos, mais louros, e mais ricos. Foi esta a crença de muita gente em Portugal durante décadas. Para fazer dos portugueses uma nação próspera, bastaria tirar-lhes a religião e os divertimentos tradicionais. A estas réplicas lusitanas de monsieur Homais escapou sempre que os ingleses não precisaram de renunciar ao futebol, nem os americanos à religião, nem os alemães aos seus cabarets para funcionarem no mundo moderno. Pelos vistos, monsieur Homais mantém a farmácia aberta em Portugal." (Rui Ramos, no Público de ontem, via Estado Civil)
Reformas que se impõem II
Legislação laboral: há que flexibilizar as normas laborais, nomeadamente tornando as disposições relativas à cessação do contrato de trtabalho não imperativas. Desta forma, poderiam as partes - entidade patronal e trabalhador - regular as suas relações de forma mais ou menos rígida. Com efeito, há que caminhar para uma cada vez maior valorização do mérito, aumentando a mobilidade dos trabalhadores. Estou convencido que, desta forma, o desemprego e a própria precaridade diminuirão significativamente.
Quadratura coxa
Apesar de Pacheco Pereira e Lobo Xavier já terem conhecido melhores dias não deixa de ser confrangedor ouvir o que Jorge Coelho (não) tem para dizer. Dá que pensar quando se trata de uma das principais figuras do partido que está no Governo. Estou cada vez mais convencido do que aqui disse.
quarta-feira, julho 12, 2006
"Desilução" e Esperança
A febre de encerramento de blocos tem produzido várias vítimas sob o olhar impotente das populações ... esperemos que o eleitorado se digne encerrar o Sinistro Bloco...
Só pode ser brincadeira
Aqui fica a classificação FIFA após o Mundial:
Como é que é possível que países como a Argentina ou Inglaterra, que ficaram pior classificados que Portugal e que na anterior classificação - entre parentesis - estavam atrás de nós, nos tenham ultrapassado!? Só podem estar a gozar connosco!
Reformas que se impõem I
Sistema eleitoral: no seguimento da sugestão feita por um leitor na caixa de comentários do último post, fica aqui a proposta para a alteração do sistema eleitoral. Apesar da bipolarização que pode vir a criar, em prejuízo dos partidos mais pequenos, penso que só teríamos a ganhar se, pelo menos no que respeita às eleições para a AR, adoptássemos os círculos uninominais. Desta forma, haveria (maior) responsabilização dos eleitos perante os seus eleitores.
Reformas que se impõem
Inauguramos aqui uma rubrica que visa ajudar o nosso Governo na sua difícil tarefa. As ideias (próprias ou emprestadas, boas ou más) são as nossas e dispensam "adjectivos" como liberais, neo-liberais, conservadoras, socialistas, etc. Se algum dos nossos 5 leitores diários tiver acesso a algum membro do Governo é favor transmitir as nossas propostas (prometemos que não cobramos direitos de autor e que dispensamos a isenção do pagamento de impostos sobre os nossos rendimentos como queriam os jogadores!).
terça-feira, julho 11, 2006
Fabio Cannavaro
foi, cabeçadas à parte, o melhor jogador deste mundial. Pelo que jogou e, fundamentalmente, pelo que não deixou jogar. Sempre limpo. A par de Zidane, mas com a vantagem de ter saído vitorioso, não tenho dúvidas em considerá-lo como o melhor do torneio.
Jogo sujo
A reivindicação de Madaíl, o qual presumo tratar-se de um pombo correio dos jogadores nesta questão, vem tirar algum brilho à brilhante prestação da selecção nacional. Com efeito, o que move esta gente que quer receber 50.000 euros "limpos" sem pagar o devido imposto? Não percebo! 90% dos jogadores que foram à Alemanha devem ganhar mensalmente mais que esse montante. Será que não há um qualquer assessor de imagem que lhes explique que esta pretensão é ridicula e que vai cair muito mal junto da opinião pública? Meus amigos, é pagar e calar. Mais nada.
segunda-feira, julho 10, 2006
Empolgante
Eu achava que o mundial já tinha acabado neste blogue, mas não resisto. Já me tinham dito por mail que Portugal tinha sido considerada a selecção mais empolgante do torneio e o Pedro Correia voltou a referi-lo aqui. A confirmação está no site da FIFA. Daqui resulta não só satisfação pelo facto de ter sido a selecção de (quase) todos nós a obter tal prémio - a que não será alheia a batalha campal contra a Holanda com a resistência lusa a aguentar-se estoicamente com menos 1 jogador durante quase meia parte e também a emoção do jogo contra os ingleses - mas também é revelador de quão fraco foi este mundial. Imaginem se tivéssemos jogado tudo o que sabíamos (porventura não teríamos passado dos oitavos de final!).
Para acabar de vez com o Mundial
Da final fica pouco. É daqueles jogos em que aplicamos aquela máxima do "mal menor". Gosto mais dos jogadores franceses do que dos italianos, mas a arrogância e chauvinismo dos franceses em geral levam-me a torcer por Itália.
Quanto ao jogo de sábado, não deixa de ser curioso que Portugal tenha sido quase goleado no melhor jogo que fez. Só vem provar que Scolari é que tinha razão quando montou a equipa para ganhar jogos abdicando do espectáculo.
O mundial foi fraco e ainda assim indispensável.
É o que dá atirar os foguetes antes da festa
Na semana passada achei imprudente o balanço provisório feito pelo Governo acerca dos fogos. Na altura foi referido com algum orgulho o facto da área ardida este ano ser muito inferior à dos últimos 5 anos. Independentemente da veracidade de tais números, parece-me escusado querer obter proveitos políticos numa questão como esta. Bem sei que o Governo não tem qualquer responsabilidade na morte dos 6 bombeiros que ocorreu no passado fim de semana, mas ainda assim teria sido mais inteligente aguardar pelo fim da época de incêndios para fazer balanços.
Bento XVI em Valência
Apoteótico foi o encontro que Bento XVI teve com mais de 1 milhão e meio de pessoas ontem em Valência a propósito do Encontro Mundial das Famílias. Num tempo em que muitos proclamam a morte da Igreja Católica, em que constatamos a laicidade cada vez maior dos Estados e em que muitos declararam guerra aberta à Família tradicional dá que pensar a capacidade de mobilização dos católicos. Quase 1 milhão e meio no ano passado em Colónia e quase 2 milhões ontem em Valência. O que (n)os fará correr?
Cegueira colectiva
Não sei se sou eu que estou a ver mal a coisa, mas parece-me mau jornalismo qualificar a recepção à selecção de "apoteótica". A verdade é que estava muito calor, grande parte das pessoas estão já de férias e a derrota com a Alemanha também não ajudou. O apoio decisivo foi dado durante o Mundial. Aos senhores jornalistas que ontem se fingiram tão entusiasmados com aquelas 10.000 almas que estavam no Estádio Nacional sugiro que vejam as cassetes da recepção que os magriços tiveram em 66. Essa sim foi verdadeiramente apoteótica.
Haja paciência
Querem um brasileiro à frente da selecção? Aceito. Querem um brasileiro a jogar na selecção? Também aceito. Agora, contratar o Roberto Leal para cantar na recepção da selecção é que já me parece de gosto muito duvidoso.
sexta-feira, julho 07, 2006
É preciso muita lata
Então não é que queriam trazer os espanhóis para "ajudar" no estudo das relíquias do nosso "pai fundador" (aquele que dizem que bateu na mãe)!? Era só o que mais faltava. Ainda nos arriscávamos a que os despojos de Dom Afonso Henriques fossem vandalizados por nuestros hermanos. Livra.
Não há coincidências
Há 40 anos mudaram o estádio/cidade (de Liverpool para Wembley) da meia final com a Inglaterra, tendo obrigado os "magriços" a percorrer meio país para ir jogar com equipa anfitriã. Agora, em pleno Verão, não se lembraram de uma desculpa melhor para justificar o desvio do avião. E ainda há quem duvide de que tudo isto não passa de uma conspiração para nos lixar.
Adeus Scolari
Conheço muito boa gente que deve estar aos pulos com esta notícia. A sorte deles é que a próxima grande competição é só daqui a 2 anos e entretanto a malta esquece-se das alarvidades que andaram por aí a escrever sobre o melhor treinador de sempre da selecção nacional (sim, sim, eu também o critiquei mas já me penitenciei por esse facto!). Obrigado Scolari.
quinta-feira, julho 06, 2006
E que tal uma câmara na minha cozinha para saberem o que eu como?
A esquerda moderna aplaude a medida com a mesma veemência com que critica o Departamento de Estado Norte-Americano por andar há anos a controlar os fluxos financeiros de pessoas suspeitas de estarem ligadas à Al-Qaeda. Estas incongruências não deixam de ser curiosas.
Ser ou não ser
As comadres zangam-se e dá nisto. A luta fratricida entre os partidos de extrema-esquerda a ver quem obtém maiores dividendos com a eventual descriminalização do aborto é abjecta e demonstra os objectivos de quem a faz. Com efeito, o Daniel Oliveira, o Rúben de Carvalho, a Odete Santos e as meninhas do BE estão pouco se lixando para as mulheres que decidem abortar e para os fetos que são eliminados aos milhares todos os anos. O que eles querem é ganhar votos à esquerda com a defesa intransigente do monopólio feminino na decisão acerca do destino a dar aos fetos. Todos aqueles que estão na dúvida quanto ao seu sentido de voto e que não se identificam com esta gentalha deviam pensar bem antes de permitir a alteração da lei. Esta é uma questão de Ser ou não Ser e eu não tenho dúvidas em optar pela primeira hipótese.
México
Ouvi na TSF que, contabilizados cerca de 92% dos votos, Obrador leva uma ligeira vantagem sobre Calderón (estarão os 2 na casa dos 36%). Independentemente do resultado, parece-me que o futuro Presidente, apesar da legitimidade democrática que lhe assistirá, padecerá de uma enorme fraqueza política. Neste ponto, a nossa 2.ª volta tem vantagens evidentes, obrigando a que o candidato vencedor tenha pelo menos 50,01% dos votos expressos.
Scolari
Quanto às críticas a Scolari, independentemente de alguma opções técnicas mais duvidosas que fez, acho melhor refrearem-se. Quem desdenhar o seu trabalho enquanto seleccionador português só pode ser idiota. Basta pensar que, com Scolari como seleccionador, ficámos em 2.º no europeu e fomos semi-finalistas no Mundial. Em várias dezenas de anos de História do futebol português nunca antes treinador algum conseguiu tal feito.
Faltou-nos
a sorte que tivemos com a Inglaterra e Holanda (Ricardo não defende penaltie por pouco e Figo falha golo certo já perto do fim!) e um Deco a jogar o que sabe.
Choca-me
ver o ar de satisfação dos dirigentes sindicais quando, ao dar conta dos efeitos da greve, informam que um determinado número de centros de saúde se encontra encerrado.
quarta-feira, julho 05, 2006
Sina lusa
Com a sorte que temos arriscamo-nos a ganhar hoje à França e a ver a final adiada sine die por causa da crise originada pelo lançamento dos misseis no Mar do Japão pelo regime comunista da Coreia do Norte.
Cobrador do fraque
Recebi ontem um carta registada assinada pelo Bastonário da Ordem dos Advogados a interpelar-me para pagar 2 quotas em atraso no montante 75 euros. Na carta eram feitas considerações acerca dos efeitos de tal atraso na prática da profissão e era também concedido um prazo para resolver o assunto, sob pena de serem tomadas outras medidas. A dureza e o tom ameaçatório surpreenderam-me. A minha primeira reacção foi de raiva e a resposta que enviei ao Senhor Bastonário espelhou bem o meu sentimento. Não compreendo o teor da carta e não aceito que o "maior" representantes dos advogados se tenha tornado num mero cobrador do fraque. É uma pena que assim seja.
Nota: não tenho 2 quotas em atraso mas sim 1, por puro esquecimento.
terça-feira, julho 04, 2006
Dúvida mais que pertinente
Caro JPH, se fosse a si deixava o banho para amanhã de manhã e dava o jantar antes do jogo. Caso contrário, está-se mesmo a ver que o intervalo não vai ser suficiente para dar o jantar e ainda se arrisca a que o jogo tenha prolongamento o que significa que não vai conseguir jantar antes das 23:00!
segunda-feira, julho 03, 2006
Anacleto "o habilidoso"
Por sugestão do Daniel Oliveira, e porque um homem (sim, sim homem usado com significado discriminatório) tem de conhecer o "inimigo", dei um salto ao novo site patrocinado pelo BE: esquerda.net. Já não bastava ter adoptado um nome bastante redutor para a esquerda (com efeito, se a esquerda é só o que ali está vou ali e já venho), ainda temos direito a um artigo de opinião do guru Anacleto acerca da situação em Timor. É, de facto, incrível ver como esta malta ilude ainda uns milhares de pessoas com o recurso a mentiras que, de tão bem camufladas, até parecem verdades. Registo, antes de mais, a seguinte pérola:
"Para os portugueses, a independência de Timor foi, no virar do século, uma confirmação do 25 de Abril, da sua radicalidade e da sua generosidade."
Com efeito, referir a independência de Timor como a confirmação do 25 de Abril não deixa de ter a sua piada (se tão grave não fosse) quando pensamos que a Indonésia entra em Timor logo após o 25 de Abril de 74, em resultado da instabilidade que se sentia e da luta pelo poder entre os extremistas de esquerda que tomaram de assalto o poder.
Louçã entra depois nas mentirolas do costume, as quais só não têm mais gravosas consequências atenta a inimputabilidade que o sujeito merece junto da Comunicação Social e da maioria da população. Ficam alguns exemplos, a que acrescento o meu comentário:
- "O regime desagregou-se e um golpe palaciano, dirigido pelo Presidente e por um dos ministros e homem de confiança da Austrália, Ramos Horta" - quais as provas que Anacleto tem para provar que o que aconteceu em Timor foi um golpe palaciano orquestrado por Xanana e por Ramos Horta? Serão mais válidas que as outras que apontam para o envolvimento de Alkatiri na criação de um esquadrão da morte!?
- "Ramos Horta, o ministro que todos os dias desmentia o seu governo e que agora dirige o governo de gestão de que aliás se tinha demitido estrondosamente, tem um objectivo principal: condicionar a preparação das próximas eleições presidenciais e legislativas" - volto a perguntar: onde estão as provas? E quais os dias em que desmentiu o Govern?. Louçã devia saber que não basta inventar factos!
- "A primeira ofensiva tinha sido dirigida no ano passado pela Igreja Católica, recusando o ensino laico. A Fretilin e os seu governo tinham resistido, demonstrado um grande apoio popular, e vencido" - qual ofensiva? A de contestar uma decisão com a qual não concordou!? E quanto ao apoio popular, suspeito que seja informada recolhida pelo jornal do BE, uma vez que o único apoio popular que houve foi do lado da Igreja, contrário à medida governativa.
- "Alkatiri tinha pedido a presença da GNR num esforço desesperado para equilibrar o balanço das alianças, mas logo a Austrália exigiu o comando operacional sobre todas as tropas estrangeiras, e é o que de facto conseguiu dada a sua superioridade no terreno" - e quem pediu a presença das tropas australianas, não foi também Alkatiri!? E será que o Prof. Anacleto tinha alguma sugestão mais equilibrada a fazer, atento o facto de se encontrarem 120 GNR e mais de 2000 tropas australianos!?
- "Alkatiri passou a ser acusado na TV australiana (vd. Dossier neste portal) de ser “terrorista” e “ladrão” - esta falsidade já havia sido desmontada pelo AAA. Ainda pensei que Louçã tivesse algum decoro e evitasse papaguear os dislates do Daniel.
- "E os únicos progressos foram conseguidos pelo governo Alkatiri" - estou curioso por saber quais! Não deixa de ser curioso que, de acordo com Louçã, tudo o que era incumbência de Alkatiri foi muito bem feito, mas já o que era da responsabilidade de "outros" (presumo que se esteja a referir aos malandros que não gostavam de Alkatiri!).
Não haja dúvidas de que Xanana, Ramos-Horta e outros têm grandes responsabilidades no que aconteceu em Timor, mas branquear Alkatiri, Lobato e outros como faz Louçã é de uma enorme falta de bom senso. Não haja dúvidas de que são todos iguais.
Ainda o Portugal / Inglaterra
De acordo com a FIFA, a marca que mais telemóveis tem vendido desde o início do Mundial é a:
Sorry Ericsson
[piada recebida por mail]
De vitória em vitória... até à Vitória final
Alguns estão no bom caminho e com mais uma vitória portuguesa suspeito que até é capaz de haver um pedido de desculpas ou, pelo menos, um elogio a Scolari. Já quanto a outros, que muito considero, há algo que me tem vindo a perturbar. Com efeito, critica-se muito a importância que se dá à bola, alegando-se que não nos leva a lado nenhum. Já houve inclusivamente referências menos abonatórias a quem vibra com os jogos. A minha pergunta é só esta: o que é que o país ganhava se não fosse dada toda esta importância ao futebol e às vitórias lusas? (não vale dizer "se se canalizasse a energia para outras coisas mais importantes..."!). A verdade é que sem futebol estaríamos exactamente na mesma, exceptuando talvez o facto de nada nos juntar em praças e cafés, das receitas da restauração serem menores, das receitas da publicidade televisivas e radiofónicas serem inferiores, das agências de viagem e de turismo terem menos clientela, etc. Goste-se ou não, o futebol é universal e movimenta milhões, de pessoas, de euros... Não vale a pena contrariar o fenómeno.
Caro João, junte-se à festa e vai ver que, ainda por breves instantes, vai ficar bem mais satisfeito.
Outra vez o Daniel
O Daniel Oliveira, em comentário a um dos meus últimos posts, chama-me demagogo e, de forma indirecta, cola-me ao PNR acusando-me, ainda que de forma implícita, de xenofobia. Porventura o Daniel terá treslido (bastante mal) o que eu escrevi e o que eu queria dizer com o meu post. O Daniel ignora, ou finge ignorar, que vivemos numa sociedade multicultural, em que temos brancos e pretos, católicos e muçulmanos, orientais e ocidentais, etc. É evidente que numa sociedade ideal não existiriam desigualdades sociais e todos viveríamos juntos e felizes em comunhão. A realidade, no entanto, é bem diferente como já demonstraram, aliás, os modelos falhados do socialismo e também algumas experiências efectuadas em países bem mais desenvolvidos que o nosso. A verdade é que é muito pouco sensato juntar quem, objectivamente, causa problemas (sérios) ou em que a junção possa causar um caldeirão de conflitos e maiores desigualdades. Não passa pela cabeça de niguém, em Israel, juntar um palestiano do Hamas e um israelita do Likud; ou na Alemanha um grupo de skins num bairro habitado por imigrantes africanos. Pretender negar esta realidade, como faz o Daniel, é sinal de uma ignorância atroz para não dizer que o faz de má fé. Eu limitei-me a constatar factos.