quinta-feira, julho 20, 2006

Arrogância

Ouvi hoje de manhã na TSF um excerto de uma entrevista que a Ministra da Educação concedeu ontem. Com o ar arrogante que a tem caracterizado nestes últimos tempos, manifestava-se surpreendida com os pedidos para realização de novos exames em várias disciplinas, alegando que tinha corrido tudo muito bem e que não havia razão para tanto alarido. O descaramento da Senhora Ministra foi ainda mais longe afirmando que não tinha havido qualquer erro nas provas e que estranhava a polémica criada. Sem comentar o absurdo das suas declarações, matéria sobre a qual já aqui falámos, não posso deixar de referir-me à arrogância da Ministra. Arrogância essa que tem sido timbre de diversos membros desta Governo, começando no Primeiro-Ministro. A este propósito, não mais me esqueço de algo que o meu pai me disse quando ainda vivia na sua dependência. Palavras sábias que se mostram hoje acertadas. Dizia ele que a arrogância e a certeza com que eu falava eram próprias da idade; próprias de alguém que se acha senhor da verdade, não admitindo que os outros possam também eles estar certos. Com o tempo percebi que os outros têm muitas vezes razão e que eu, afinal das contas, tinha muitas dúvidas e me enganava com frequência. Olho agora para a arrogância destes Ministros e constato que não aprenderam com a idade; percebo que vivem ainda na adolescência cheios de certezas. Um dia destes a queda vai ser grande e eles vão entender (espero) a sua estupidez.
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