domingo, setembro 28, 2008
sexta-feira, setembro 26, 2008
segunda-feira, setembro 22, 2008
Os socialistas e a liberdade de imprensa
Opressão socialista (68)
ERC legitima pressões de Sócrates
in Expresso de 20/9/2008
Um dos grandes valores do socialismo, constantemente apregoados aos 'quatro ventos', é a liberdade de imprensa. Os socialistas defendem com toda a convicção a liberdade dos jornais criticarem e exporem as falhas no funcionamento da res publica. Faz-me lembrar a famosa ética republicana.
A edição deste fim de semana do Expresso traz alguns exemplos elucidativos de como os socialistas lidam com a liberdade de imprensa. Sempre que a liberdade está de acordo com as suas ideias deve ser respeitada. Mas o problema é quando não está.
O caso de Sócrates analisado pela Entidade Reguladora da Comunicação Social é um triste exemplo da atitude dos socialistas perante a liberdade de imprensa. Para além de terem nomeado uma série de 'capangas' para gerir a ERC, o primeiro-ministro não se coibiu de atemorizar os jornalistas que denunciaram as suas trafulhices relativamente à licenciatura em engenharia.
Alguns exemplos 'edificantes':
O jornalista do Público Ricardo Dias Felner foi contactado diversas vezes pelo Primeiro-Ministro num tom 'violento' (sic)
Ameaças a José Manuel Fernandes, director do Público:
Sócrates: Fiquei com uma boa relação com o seu accionista (Paulo Azevedo) e vamos ver se isso não se altera.
Sarsfield Cabral e Raquel Abecassis, da Direcção de Informação da Rádio Renascença, afirmaram terem sido contactados várias vezes por um assessor do primeiro-ministro para travar a emissão de uma notícia sobre a licenciatura de Sócrates.
Perante isto, a ERC afirma que não há matéria de facto para concluir que o primeiro-minstro e seus assessores tentaram pressionar a imprensa portuguesa.
A opressão socialista em pleno!
ERC legitima pressões de Sócrates
in Expresso de 20/9/2008
Um dos grandes valores do socialismo, constantemente apregoados aos 'quatro ventos', é a liberdade de imprensa. Os socialistas defendem com toda a convicção a liberdade dos jornais criticarem e exporem as falhas no funcionamento da res publica. Faz-me lembrar a famosa ética republicana.
A edição deste fim de semana do Expresso traz alguns exemplos elucidativos de como os socialistas lidam com a liberdade de imprensa. Sempre que a liberdade está de acordo com as suas ideias deve ser respeitada. Mas o problema é quando não está.
O caso de Sócrates analisado pela Entidade Reguladora da Comunicação Social é um triste exemplo da atitude dos socialistas perante a liberdade de imprensa. Para além de terem nomeado uma série de 'capangas' para gerir a ERC, o primeiro-ministro não se coibiu de atemorizar os jornalistas que denunciaram as suas trafulhices relativamente à licenciatura em engenharia.
Alguns exemplos 'edificantes':
O jornalista do Público Ricardo Dias Felner foi contactado diversas vezes pelo Primeiro-Ministro num tom 'violento' (sic)
Ameaças a José Manuel Fernandes, director do Público:
Sócrates: Fiquei com uma boa relação com o seu accionista (Paulo Azevedo) e vamos ver se isso não se altera.
Sarsfield Cabral e Raquel Abecassis, da Direcção de Informação da Rádio Renascença, afirmaram terem sido contactados várias vezes por um assessor do primeiro-ministro para travar a emissão de uma notícia sobre a licenciatura de Sócrates.
Perante isto, a ERC afirma que não há matéria de facto para concluir que o primeiro-minstro e seus assessores tentaram pressionar a imprensa portuguesa.
A opressão socialista em pleno!
Etiquetas: Socialismo
"humanistas caviar" and other dazzling labels
O abstraccionismo militante de alguns, como parece suceder com o Rodrigo Adão da Fonseca, faz com que espartilhem o mundo que conhecem - e não devem conhecer muito - entre os bons e os maus. Um maniqueísmo higiénico, posto que fatalmente redutor. É tão disparatado dizer que o humanismo é monopólio de alguém como disparar a eito contra os ditos anti-liberais, que só agora terão acordado para os "coitadinhos". Não se percebe a utilidade da confissão. Assim como assim, ninguém tem nada a ver com os anónimos "humanistas chiques" com quem o Rodrigo priva. O que convém lembrar, em época de borrasca, é que as preocupações sociais não se acomodam em rótulos. Alapam-se nos corações de boa-vontade. Independentemente do que lêem e do que gostam de citar.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Porque está a direita calada?
Opressão socialista (67)
Alberto Martins é favorável a matrimónios gay mas impõe disciplina de voto
in Público, 19/9/2008
O casamento de homossexuais vai ser aprovado brevemente. Pode não ser nesta legislatura mas será com certeza na próxima. Depois de aprovado virão as habituais lamúrias de que os valores estão a desaparecer.
Eu não concordo com a união de homossexuais na forma de casamento porque este é muito mais do que um contrato jurídico. Assenta numa tradição milenar de união entre homem e mulher, em que ambos optam por um projecto comum de vida que consiste na constituição de uma família. Um dos elementos dessa união, mas não o único, como Ferreira Leite disse erradamente, é a procriação. O casamento é, provavelmente, e a seguir ao nascimento, o acontecimento mais importante das nossas vidas.
A união entre dois homens ou duas mulheres é uma realidade que vai claramente para além do que a tradição nos ensina a este respeito. Na união entre homossexuais a procriação é naturalmente impossível. Mais, a educação de uma criança com base em dois pais ou duas mães é claramente indesejável pela perda de complementaridade que existe nos ensinamento recebidos em simultâneo do pai e da mãe. Por isso não faz sentido a adopção de crianças por homossexuais. Já bastam as situações, infelizmente cada vez mais comuns, em que os casamentos se desfazem e as crianças sofrem as respectivas consequências.
Mas a vida em comum de homossexuais é uma realidade que a direita se recusa a considerar. Como esta atitude não é sustentável, enquanto a direita continua a insistir, de uma forma casmurra, no 'não' sem apresentar qualquer alternativa, os socialistas levam a 'àgua ao seu moinho' e impõem o 'progressivismo' que os caracteriza.
Porque é que a direita não propõe uma alternativa ao casamento que reconheça a existência de uniões entre homossexuais? Porque é que a direita deixa passivamente destruir a instituição válida e com provas dadas ao longo de séculos que é o casamento? Questões que ultrapassam a minha compreensão.
Alberto Martins é favorável a matrimónios gay mas impõe disciplina de voto
in Público, 19/9/2008
O casamento de homossexuais vai ser aprovado brevemente. Pode não ser nesta legislatura mas será com certeza na próxima. Depois de aprovado virão as habituais lamúrias de que os valores estão a desaparecer.
Eu não concordo com a união de homossexuais na forma de casamento porque este é muito mais do que um contrato jurídico. Assenta numa tradição milenar de união entre homem e mulher, em que ambos optam por um projecto comum de vida que consiste na constituição de uma família. Um dos elementos dessa união, mas não o único, como Ferreira Leite disse erradamente, é a procriação. O casamento é, provavelmente, e a seguir ao nascimento, o acontecimento mais importante das nossas vidas.
A união entre dois homens ou duas mulheres é uma realidade que vai claramente para além do que a tradição nos ensina a este respeito. Na união entre homossexuais a procriação é naturalmente impossível. Mais, a educação de uma criança com base em dois pais ou duas mães é claramente indesejável pela perda de complementaridade que existe nos ensinamento recebidos em simultâneo do pai e da mãe. Por isso não faz sentido a adopção de crianças por homossexuais. Já bastam as situações, infelizmente cada vez mais comuns, em que os casamentos se desfazem e as crianças sofrem as respectivas consequências.
Mas a vida em comum de homossexuais é uma realidade que a direita se recusa a considerar. Como esta atitude não é sustentável, enquanto a direita continua a insistir, de uma forma casmurra, no 'não' sem apresentar qualquer alternativa, os socialistas levam a 'àgua ao seu moinho' e impõem o 'progressivismo' que os caracteriza.
Porque é que a direita não propõe uma alternativa ao casamento que reconheça a existência de uniões entre homossexuais? Porque é que a direita deixa passivamente destruir a instituição válida e com provas dadas ao longo de séculos que é o casamento? Questões que ultrapassam a minha compreensão.
Obamautopia
Mania
João César das Neves
in DESTAK 18/9/2008
Depois do que o mundo sofreu nas últimas décadas às mãos de políticos de todas as cores, seria de esperar mais cepticismo perante salvadores providenciais. Mas a «Obamania» aí está a provar que os sofisticados eleitores actuais são tão sugestionáveis como no tempo de Pisístrato ou Catilina. A situação não surpreende na América, onde tais euforias são correntes. Mas a admiração extática que revelam os intelectuais europeus, normalmente tão ponderados e circunspectos, é bastante suspeita. Afinal, o que fez o jovem Barack Obama para merecer tanta adulação e suscitar tais esperanças?
A resposta simples é que a Obamania é um sonho, um fascínio, sem grande sustentação lógica e objectiva. Ora a última coisa que um sonho precisa é do toque com a realidade. Isso significa que o eventual presidente Obama será a principal vítima da tal mania. Por melhor que seja, nunca a sua acção estará ao nível daquilo que anseiam os que hoje o glorificam.
A conclusão é paradoxal. As únicas hipóteses de salvar a Obamania, levando Barack a ficar na história como um herói salvador é, ou uma derrota eleitoral, como Al Gore, ou uma bala assassina, como John Kennedy. Se ele for eleito e cumprir o mandato, o mais provável é que, começando em glória, termine em desgraça depois de uma monstruosa desilusão dos fervorosos apoiantes. Como Jimmy Carter, Bill Clinton ou Nicolas Sarkozy. Hoje, depois do que o mundo sofreu às mãos de políticos de todas as cores, não restam muitas dúvidas que não é humanamente possível cumprir a Obamania.
João César das Neves
in DESTAK 18/9/2008
Depois do que o mundo sofreu nas últimas décadas às mãos de políticos de todas as cores, seria de esperar mais cepticismo perante salvadores providenciais. Mas a «Obamania» aí está a provar que os sofisticados eleitores actuais são tão sugestionáveis como no tempo de Pisístrato ou Catilina. A situação não surpreende na América, onde tais euforias são correntes. Mas a admiração extática que revelam os intelectuais europeus, normalmente tão ponderados e circunspectos, é bastante suspeita. Afinal, o que fez o jovem Barack Obama para merecer tanta adulação e suscitar tais esperanças?
A resposta simples é que a Obamania é um sonho, um fascínio, sem grande sustentação lógica e objectiva. Ora a última coisa que um sonho precisa é do toque com a realidade. Isso significa que o eventual presidente Obama será a principal vítima da tal mania. Por melhor que seja, nunca a sua acção estará ao nível daquilo que anseiam os que hoje o glorificam.
A conclusão é paradoxal. As únicas hipóteses de salvar a Obamania, levando Barack a ficar na história como um herói salvador é, ou uma derrota eleitoral, como Al Gore, ou uma bala assassina, como John Kennedy. Se ele for eleito e cumprir o mandato, o mais provável é que, começando em glória, termine em desgraça depois de uma monstruosa desilusão dos fervorosos apoiantes. Como Jimmy Carter, Bill Clinton ou Nicolas Sarkozy. Hoje, depois do que o mundo sofreu às mãos de políticos de todas as cores, não restam muitas dúvidas que não é humanamente possível cumprir a Obamania.
Não Há Almoços Grátis
Assistiram à cena e contaram-me. Na bicha do supermercado, uma senhora com meia dúzia de artigos alimentares estende o cartão, que não permite o pagamento. Atrás dela, uma mulher, aborrecida com a demora, atira, alto e bom som: «Se sabia que não tinha dinheiro no cartão, porque é que veio ao supermercado?» A senhora, presumo, foi-se embora sem a comida. A mulher, presumo, foi jantar sem perdas de apetite.
quinta-feira, setembro 18, 2008
We do it better
Se há coisas que esta crise financeira me mostrou é que há gente que lê imenso e tudo em inglês.
No meio do esterco
Parafraseando o João Gonçalves, com a liberdade que a blogosfera autoriza, no meio do esterco, várias mulheres e uma Senhora. A Senhora chama-se Maria Matilde Pessoa de Magalhães Figueiredo de Sousa Franco e honra o parlamento com a sua independência e correcção. Deputada disciplinada, dá corpo a uma força política em que não me revejo. Mas uma coisa é dar corpo. Outra, bem diferente, é dar voz. E essa, a voz que não se cala, Matilde Sousa Franco entrega-a à defesa de uma mundividência, de valores e de princípios que são os meus. E Matilde Sousa Franco, preferindo a solidão às más companhias (que apesar de tudo sabe reconhecer), faz o que tem de fazer. Fê-lo ontem, outra vez. Fiel ao seu grupo parlamentar? Claro que sim. Mas fiel, primeiro, à sua consciência. Ainda por cima, ela tem razão. Continua a ter razão. E, por isso, não lhe auguro grande futuro político. As trevas de alguns círculos são isso mesmo. Trevas. E, como sabemos, nas trevas, a Luz não é bem-vinda.
iv's na radio
Hoje, às 23:00, o Jorge Lima vai estar no radio clube (rcp) com o Alexandre Honrado. A não perder.
Ricardo, amigo, o Almunia parece que também não concorda contigo.
Vai lá ler. O tipo só é Comissário Europeu da Economia, mas ainda assim...
O Veto É a Arma do Povo
A estratégia sucialista radical podia ter em vista uma tomada do poder abrangente, modificando os esteios da sociedade, como se está a fazer em Espanha com uma certa eficácia. Mas onde os espanhóis, para mal dos seus pecados, têm Zapatero, os sucialistas portugueses têm Alberto Martins, Ana Gomes, ou Sérgio Não Sei Quê. E onde os espanhóis têm Rajoy, para mal dos seus pecados, nós temos Cavaco. Os bonecreiros da Loja não devem estar muito satisfeitos com estes títeres de meia tigela. E os que contam, como Sócrates, António Costa e Vitorino, pragmáticos que são, não vêem nas medidas radicais senão um expediente para serenar as suas clientelas do Bairro Alto.
É por isso que a nova lei do divórcio podia passar por entre o barulho das luzes, mas colocou-se afinal ruidosamente na ribalta. Supostamente visando derrubar mais um esteio da moral católica, e consagrar «o direito a decidir da própria vida», «quando o amor termina», tinha o rabo de fora, porque atirava às feras a parte mais fraca - a mulher, pois claro -, quando a outra parte decidia mudar de vida. Entretanto, porque é preciso mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma, mudou um aspectozito 180º, em cima do joelho, como sempre: agora, se se provar que a parte mais fraca abdicou da carreira para se dedicar ao casamento, deverá ser devidamente ressarcida. Como? Como se fazem as contas? Como se conseguirá que os tribunais não entupam ainda mais com os novos processos que aí vêm? E como evitar que os divórcios, em vez de actos administrativos, como se pretendia, não se transformem ainda mais em duelos sanguinolentos?
O que vale é que há Cavaco. Como já disse antes, ele é o dique que contém a enxurrada de fanatismo religioso sucialista. As suas objecções, contrariamente à bacoca réplica de Vitalino Canas, mantiveram-se impecavelmente fora do terreno ideológico e religioso. Como Presidente de Todos os Portugueses, veio simplesmente, ele sim, defender os portugueses mais fracos neste particular. Não foi por acaso que eu e outros o pusemos lá, não para evitar votar no emplastro do Santana - razão última da vitória de Sócrates -, mas com grande convicção, para contrabalançar o poder medíocre e ditatorial desta maioria. Sr. Presidente, faça o que tem a fazer . Vete.
É por isso que a nova lei do divórcio podia passar por entre o barulho das luzes, mas colocou-se afinal ruidosamente na ribalta. Supostamente visando derrubar mais um esteio da moral católica, e consagrar «o direito a decidir da própria vida», «quando o amor termina», tinha o rabo de fora, porque atirava às feras a parte mais fraca - a mulher, pois claro -, quando a outra parte decidia mudar de vida. Entretanto, porque é preciso mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma, mudou um aspectozito 180º, em cima do joelho, como sempre: agora, se se provar que a parte mais fraca abdicou da carreira para se dedicar ao casamento, deverá ser devidamente ressarcida. Como? Como se fazem as contas? Como se conseguirá que os tribunais não entupam ainda mais com os novos processos que aí vêm? E como evitar que os divórcios, em vez de actos administrativos, como se pretendia, não se transformem ainda mais em duelos sanguinolentos?
O que vale é que há Cavaco. Como já disse antes, ele é o dique que contém a enxurrada de fanatismo religioso sucialista. As suas objecções, contrariamente à bacoca réplica de Vitalino Canas, mantiveram-se impecavelmente fora do terreno ideológico e religioso. Como Presidente de Todos os Portugueses, veio simplesmente, ele sim, defender os portugueses mais fracos neste particular. Não foi por acaso que eu e outros o pusemos lá, não para evitar votar no emplastro do Santana - razão última da vitória de Sócrates -, mas com grande convicção, para contrabalançar o poder medíocre e ditatorial desta maioria. Sr. Presidente, faça o que tem a fazer . Vete.
quarta-feira, setembro 17, 2008
E é este tipo comissário europeu da economia
Rapto da europa (64)
"Los malos de esta película son los que inventaron unos productos financieros que no hay quien los entienda"
Joaquin Almunia, Comissário Europeu dos Assuntos Económicos
Como é que um tipo que é comissário europeu da economia não sabe como é que a mesma funciona? E se não sabe porque não estuda o assunto? Tem milhares de técnicos em Bruxelas que lhe podem fazer um desenho.
Só uma conclusão se pode tirar: Almunia é incompetente para o lugar que ocupa.
A propósito de capitalistas e larilas
Depois de tanta pancada dada no meu querido 'capitalismozinho', chegou a altura de falar verdade e desmentir os que tentam denegrir a sua imagem.
O capitalismo é um pouco como a democracia. Tem muitos defeitos mas não existe alternativa melhor. Se houver fico à espera que ma indiquem (suspeito que posso esperar sentado).
O capitalismo é bom porque traz a desigualdade. Mas na condição de que os que ficam mal sejam ajudados (atenção que não me refiro aos gestores da AIG).
Mas os 'posts' do Nuno Pombo, do Jorge Lima e do Tiago Machado da Graça (em baixo) contém um erro que é muito comum desde que a opressão socialista ficou 'à solta'. Contrapor socialismo e capitalismo não faz sentido porque o primeiro é um sistema de organização da sociedade em todas as áreas e o segundo um modo de afectação de recursos a partir da componente egoista do ser humano. Confundir capitalismo e liberalismo também não faz sentido pelas mesmissimas razões.
Meus amigos, não se deixem enganar pela 'lenga-lenga' marxista, por favor. Já basta os Chavez e os Morales que temos de aturar todos os dias nas notícias. O capitalismo não tem nada a ver com o liberalismo e só concorre com o marxismo/socialismo na organização da produção (modo marxista de dizer afectação de recursos).
Quando o Jorge diz que o equilíbrio entre livre iniciativa e regulação qb já foi inventado e chama-se social-democracia não posso deixar de me rir. A social democracia vem dos socialistas arrependidos pelas maldades que os seus congéneres fizeram. Como tiveram de arranjar alternativa viraram-se para o liberalismo clássico.
O equilibrio entre a livre iniciativa e a regulação foi inventado pelo liberais, caro Jorge, e não pelo sociais-democratas. Os sociais democratas têm a sua origem na oposição ao funcionamento do mercado e na planificação dos meios de produção. Qualquer semelhança com regulação é pura coincidência. Vai ver o programa do PPD em 1974.
Eu sempre achei que um dia mais tarde ouviria dizer da boca do Soares ou de outro do género que a economia de mercado era um valor socialista. Afinal, vai ser mais depressa do que eu pensava. Neste momento já é um 'valor' social-democrata. Qualquer dia temos o Louçã a dizer-se dono do mercado.
Relativamente aos larilas não digo nada, pois não tenho o conhecimento sobre o assunto que os caros amigos manifestam ter.
O capitalismo é um pouco como a democracia. Tem muitos defeitos mas não existe alternativa melhor. Se houver fico à espera que ma indiquem (suspeito que posso esperar sentado).
O capitalismo é bom porque traz a desigualdade. Mas na condição de que os que ficam mal sejam ajudados (atenção que não me refiro aos gestores da AIG).
Mas os 'posts' do Nuno Pombo, do Jorge Lima e do Tiago Machado da Graça (em baixo) contém um erro que é muito comum desde que a opressão socialista ficou 'à solta'. Contrapor socialismo e capitalismo não faz sentido porque o primeiro é um sistema de organização da sociedade em todas as áreas e o segundo um modo de afectação de recursos a partir da componente egoista do ser humano. Confundir capitalismo e liberalismo também não faz sentido pelas mesmissimas razões.
Meus amigos, não se deixem enganar pela 'lenga-lenga' marxista, por favor. Já basta os Chavez e os Morales que temos de aturar todos os dias nas notícias. O capitalismo não tem nada a ver com o liberalismo e só concorre com o marxismo/socialismo na organização da produção (modo marxista de dizer afectação de recursos).
Quando o Jorge diz que o equilíbrio entre livre iniciativa e regulação qb já foi inventado e chama-se social-democracia não posso deixar de me rir. A social democracia vem dos socialistas arrependidos pelas maldades que os seus congéneres fizeram. Como tiveram de arranjar alternativa viraram-se para o liberalismo clássico.
O equilibrio entre a livre iniciativa e a regulação foi inventado pelo liberais, caro Jorge, e não pelo sociais-democratas. Os sociais democratas têm a sua origem na oposição ao funcionamento do mercado e na planificação dos meios de produção. Qualquer semelhança com regulação é pura coincidência. Vai ver o programa do PPD em 1974.
Eu sempre achei que um dia mais tarde ouviria dizer da boca do Soares ou de outro do género que a economia de mercado era um valor socialista. Afinal, vai ser mais depressa do que eu pensava. Neste momento já é um 'valor' social-democrata. Qualquer dia temos o Louçã a dizer-se dono do mercado.
Relativamente aos larilas não digo nada, pois não tenho o conhecimento sobre o assunto que os caros amigos manifestam ter.
Larilas, disse ele
O Jorge voltou em grande (que saudades!), mas mostrou desconhecer o que aí a blogosfera anda a regurgitar. O que mais emociona nesta tragédia não é a falta de tintins dos capitalistas (os do negócio). É o desplante dos governos que metem massa nas empresas "falindas" debaixo da vaia de protestos indignados dos capitalistas (os tais pós-graduados de que, e bem, fala o Tiago).
Capitalismo Larilas
Uma característica que sempre associei ao capitalismo foi a virilidade – o cowboy que enfrenta os índios para conquistar a última fronteira, o visionário com mau génio que enfrenta o mundo e arrosta com as tempestades, o Howard Hughes, o Champalimaud. Ultimamente porém – digamos desde inícios do século XIX – , parece que a chama do empreendedorismo está entregue a mariquinhas que gritam pela mamã assim que os índices se chegam ao vermelho.
A maior seguradora dos EUA está com um passivo de biliões? O Fed injecta uns triliões dos contribuintes e nacionaliza, até a borrasca passar e voltar a haver apenas lucros no horizonte, para então desnacionalizar. Como é que disse, nacionaliza? Isso. Nada como balões-de-oxigénio socialistas para os temores e tumores capitalistas. Lucros privados, públicas ajudas. Mas não era mais fácil o dito regulador obrigar a cumprir taxas de esforço, e não deixar os bancos emprestar a clientes de alto risco? Afinal, a mão invisível não é tão perfeita como no-la venderam?
Por cá, a coisa piora. O nosso capitalismo pequenino, saloio, medroso, inculto, prospera no oásis sucialista que nem bolor num caldo de cultura. Antes de irem para as suas iberdrolas, os nossos governantes progressistas, nos intervalos das causas fracturantes lançadas para acalmar o Bairro Alto, liberalizam a chicha e nacionalizam os ossos. Libertam o preço da gasolina, mas acham natural que o céu seja o limite, sem nunca descer, nem que a vaca tussa ou o crude desça 30%. Os PINs têm alvará em branco para destruir o que ainda resta de bom no rectângulo. Os bancos, pobres diabos, têm um IRC reduzido porque são um sector frágil que precisa de ser protegido. As offshores são incentivadas porque senão os capitais fogem. As empresas de catering fazem dumping, e depois cartel, para abastecer ao preço único, deles, escolas e hospitais. E se um Abel qualquer levanta pó na assim chamada Autoridade da Concorrência, rapidamente leva guia de marcha e é substituído por um qualquer Caim sem autoridade nem concorrência.
Bolas, pá. Eu queria que todos tivessem iguais oportunidades na vida, e cada um recebesse em função do mérito, razão pela qual abomino socialismo. Sou todo pela livre iniciativa, que qualquer um com dois palmos de testa percebe ser condição sine qua non para o progresso da Humanidade. Agora assim não. Assumam-se capitalistas. Assumam o risco, colham o os frutos do vosso esforço. Mas assumam também as consequências e, quando a coisa correr mal por causa das tropelias que estão a fazer pelo mundo, não venham ter comigo, pobre contribuinte. Capitalistas de todo o mundo, tende tintins, dâsse, disse.
É mais fácil ser 100% liberal
A propósito das últimas notícias da economia mundial voltei hoje a dar uma voltar pela blogosfera, coisa que não fazia há meses porque pouco se aprende por lá.
Até há uns tempos atrás considerava-me um liberal em questões economicas, até ao dia em que comecei a ler os posts de certos pseudo politicos de bolso, que habitam no laboratório paralelo ao mundo real que é a blogosfera e que se apelidam de verdadeiros liberais.
É fácil identificá-los. Lêem todos a mesma coisa, andaram todos nas mesmas pós graduações, pensam todos exactamente da mesma maneira e todos se esquecem que a economia existe para servir as pessoas e não o contrário.
A todos sugiro uma "real file experience". Não sei se já viram o programa "Wife swap" em que, basicamente as pessoas trocam de vida por uns temps? Que tal uns dias a viver como operária fabril no Vale do Ave, a chegar a casa no fim do mês com 400 euro no bolso, uma família para alimentar e livros escolares para comprar?
Estas pessoas existem e são reais. Não sabem o que é a blogosfera ou o que por lá se diz, mas vivem e comem todos os dias, e votam pelo menos de 4 em 4 anos ou já nem sequer o fazem, devido ao afastamento dos políticos e pseudo politicos dos seus problemas reais.
a ver se eu percebi
"O Partido Socialista propôs uma única alteração à lei do divórcio que volta a ser discutida amanhã no Parlamento, para clarificar que só pode pedir uma “compensação patrimonial” o cônjuge que tiver abdicado da sua carreira profissional em favor do casamento." (Público)
Desaparecendo o conceito de culpa, se o conjuge que decidiu ficar em casa a cuidar dos putos ou, não havendo descendência, a limpar as pratas, se envolver com o carteiro, por acaso (ou por simples fastio), pode não só promover o divórcio (ainda que o outro não concorde), como também pode exigir uma compensação por ter "abdicado" da carreira. É isto? (publicado também aqui)
terça-feira, setembro 16, 2008
Miopia não é!
O Miguel Botelho Moniz, a propósito da análise do colapso de um dos maiores bancos de investimento dos EUA, remata triunfante: "em 2007 faliram, só em Portugal, 18520 empresas".
Isto miopia não é. Será astigmatismo?
Juízo Salomónico
Como os ânimos na blogosfera andam particularmente exaltados, proponho uma solução de compromisso:
Os liberais mais eufóricos aceitam alguma regulação, para que se evitem grandes tragédias. Por seu turno, os conservadores mais empedernidos asseguram, por via legislativa, 2 ou 3 boas falências por década, para que se regenere o sistema.
Temos acordo? Pode ser?