No meio do esterco
Parafraseando o João Gonçalves, com a liberdade que a blogosfera autoriza, no meio do esterco, várias mulheres e uma Senhora. A Senhora chama-se Maria Matilde Pessoa de Magalhães Figueiredo de Sousa Franco e honra o parlamento com a sua independência e correcção. Deputada disciplinada, dá corpo a uma força política em que não me revejo. Mas uma coisa é dar corpo. Outra, bem diferente, é dar voz. E essa, a voz que não se cala, Matilde Sousa Franco entrega-a à defesa de uma mundividência, de valores e de princípios que são os meus. E Matilde Sousa Franco, preferindo a solidão às más companhias (que apesar de tudo sabe reconhecer), faz o que tem de fazer. Fê-lo ontem, outra vez. Fiel ao seu grupo parlamentar? Claro que sim. Mas fiel, primeiro, à sua consciência. Ainda por cima, ela tem razão. Continua a ter razão. E, por isso, não lhe auguro grande futuro político. As trevas de alguns círculos são isso mesmo. Trevas. E, como sabemos, nas trevas, a Luz não é bem-vinda.
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