Haverá, no seu ingente ego, caa, espaço para a decência?
Dei conta, aqui, do excelente texto do João Mattos e Silva que o Diário Digital divulgou. E fi-lo porque entendi que era útil que os nossos leitores o conhecessem.
Sou muito amigo do João, não escondo, mas nem sempre, ele e eu, estamos de acordo. Aliás, foi a a sua frontal rejeição de um texto meu, há muitos anos publicado numa revista monárquica, que permitiu nos conhecêssemos pessoalmente. O João fez questão, na altura, de manifestar a sua opinião - o que sempre fez ao longo da vida e sempre com a mesma total liberdade - e teve a gentileza de partilhar com o autor do texto - eu - os fundamentos da sua oposição. Respondi-lhe, agradecido, e aprofundei o argumento que ele recusara. Ficámos amigos mas mantivemos a nossa divergência e, tanto tempo depois, soubemos encontrar outras, que somámos àquela.
Isto para dizer que a amizade que tenho pelo João não significa, longe disso, que pensemos da mesma maneira. Mas implica reconhecer que ele é senhor da sua própria cabeça, diz o que pensa e não se deixa acorrentar pelo politicamente correcto. Sei que isso já lhe trouxe dissabores mas esse é o preço que ele aceita pagar pela sua liberdade de espírito. Nunca lhe ouvi afirmações levianas e gratuitas. Nunca disse "sim porque sim" ou "não porque não". Está habituado a discordar de muita gente e não fica perturbado com o facto de discordarem dele. Houvesse mais gente assim, com a sua lisura e com a sua honestidade intelectual. O João é um senhor.
Por tudo isto, não só pela amizade mas sobretudo pelo respeito que lhe tenho, me chocaram os termos usados pelo caa para comentar o texto que aqui divulguei. Não me espanta o comentário, vindo de quem vem. Mas o João não merece ser destinatário da deselegância de ninguém. Muito menos, de gente como o caa. Quem escreve o que o caa escreveu só pode ser, mesmo, um grande ordinário. Não está em causa um problema de direitas. Só de educação. Tenha vergonha na cara e aprenda alguma coisa com ele, se tiver capacidade para isso.
1 Comments:
Mestre
Ficou-lhe muito bem a defesa do João Mattttos e Silva, após o cabotino ataque do blasfemo, que só pode, de facto, ser um grande ordinário.
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