segunda-feira, dezembro 04, 2006

E tudo o arrastão levou...

O Daniel Oliveira, talvez por falta de atenção, atentou no último parágrafo deste post, sem ter lido os anteriores... que ainda por cima eram os melhores. Mas enfim...
Meus queridos leitores, o que eu quis dizer foi exactamente o que eu escrevi. Não se trata, Daniel, de oferecer a excomunhão cibernética como quem distribui carimbos com o aviso "Reaccionário"... nisso é o meu amigo particularmente lépido. Nada disso. Queria apenas constatar que ser cristão, católico no caso (para quem seja e goste de sê-lo), implica aceitar a mensagem de Cristo. Ponto.

Mas note que, com isto, não pretendo que o Daniel seja católico. Não se amedronte... Para perceber todas as implicações do que digo é preciso ser católico. E eu sou católico... desculpe... ainda não é proibido, pois não?
Repare que não quero que as pessoas votem "não" no referendo por causa das trevas eclesiásticas, das pressões do episcopado feroz. Não. O que quero é que os católicos (essa franja minoritária, anacrónica, que ainda não alcançou a idade da razão) ponderem o seu voto à luz da fé que dizem ser sua.

Já agora, estranharia o facto de haver quem se dê ao absurdo de militar no Bloco de Esquerda e de acreditar simultaneamente na luta de classes? Não, pois não? E o contrário? Haverá quem milite nessa agremiação e seja um ferveroso adepto do neo-ultra-liberalismo ou de outro qualquer chavão igualmente impressivo com que gostam de chocar a malta? Não há? Onde está o vosso espírito de abertura? Onde esconderam a vossa tolerância?

É isto que está em causa, Daniel. Tanto cá como aí há qualquer factor estranho que impede que uma coisa e o seu contrário possam ser entendidas como uma e a mesma realidade. É da natureza das coisas! É mesmo!
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