sexta-feira, junho 02, 2006

Luta fratricida na paridade

Ainda a propósito do veto presidencial, Daniel Oliveira aproveita para desancar o PCP por ter aceite os motivos que determinaram o veto de Cavaco. A luta pelos 10/15% que a extrema-esquerda representa em Portugal é mais que muita e justifica estas quezílias.
Cá para mim, e apesar do comentário que o Daniel Oliveira ou um impostor qualquer fez aqui, mantenho que o BE tem uma grande dificuldade em lidar com a democracia.
Esta questão da paridade, impondo quotas femininas nas listas candidatas às eleições, é um limite indesejável e injustificável à escolha dos eleitores. Desde logo, e de acordo com os números que o próprio Daniel fornece, há partidos como sejam os Verdes e o BE que têm uma representatividade feminina idêntica à dos homens, não tendo sido necessário qualquer imposição legal para que tal acontecesse.
Se o eleitorado é efectivamente isso que pretende então poderá votar nos partidos que assumem essa representatividade como fundamental.
Pode o Daniel ou outros dizer que há outros limites legais que condicionam as eleições. Pois há, mas nenhum discrimina sexualmente como a lei da paridade.
A mudança ao nível da representatividade das mulheres na política ou noutros sectores da sociedade tem de verificar-se ao nível das mentalidades e não por imposição legislativa artificial. E insistir neste erro é pretender de forma injustificada condicionar as escolhas dos eleitores, isto sim muito grave e atentatório da democracia.
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