segunda-feira, setembro 08, 2008

CDS arrisca-se a ficar reduzido a 6 deputados em 2009

A situação do CDS-PP é caótica. O que é pena, pois é o único partido português com representação parlamentar que ainda se pode considerar de direita (apesar de ter seguidores da Obamautopia).

Actualmente tem 12 deputados. Mas a forma pouco decente como Paulo Portas regressou à liderança, a inacreditável saída de Maria José Nogueira Pinto, o 'esconde-esconde' do Vice-Presidente Nobre Guedes, as continuas demissões dos órgãos do partido e a anunciada mudança na liderança do Grupo Parlamentar, estragam o bom trabalho que alguns deputados têm feito, com destaque para o actual Presidente do Grupo Parlamentar. Mas nem todos. Paulo Portas é o deputado que tem feito pior trabalho, com fracas prestações nos debates com o Primeiro-Ministro, onde não consegue livrar-se da sua ligação à fuga de Durão Barroso e ao descalabro do governo Santana Lopes.

Assim sendo, não restarão grandes duvidas que o CDS-PP vai ter uma má prestação nos actos eleitorais de 2009. O CDS deverá perder os deputados que elegeu por Setúbal, Leiria, Viseu e Viana do Castelo. Deverá ainda perder um deputado eleito em Lisboa, ficando com 3. Manterá os 2 do Porto e o de Aveiro. A grande incógnita é em Braga onde, numa situação normal o CDS manteria o deputado. Mas as situações imprevistas acontecem. Desta vez, e no caso do CDS-PP, aposto que vai perder o deputado em Braga.

Se se confirmar esta previsão, o Grupo Parlamentar do CDS-PP fica reduzido a 6 deputados. A direita portuguesa desaparece do mapa eleitoral e deixa de estar representada no órgão legislativo por excelência.

È sempre arriscado fazer futurologia, mas ainda pode ser que deste mau resultado venham boas notícias para a direita portuguesa.

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Margem de erro

Quer se queira quer não o futuro da liderança de Portas está preso pela margem de erro. Eu explico.

Ao contrário do Rui e do Ricardo posso apostar que se o CDS em 2009 tiver 5% os seus deputados serão:

Lisboa - 2 a 3
Porto - 2
Braga - 1
Aveiro - 1
Leiria - 0 a 1.

Ou seja terá 6 seguros e dois duvidosos. Perderá entre um terço e metade do grupo parlamentar.

Haverá choros no Caldas e o presidente (que pode ter muitos defeitos mas sabe o que é uma derrota )demite-se.

Ao contrário se o CDS tiver 7,5% os seus deputados serão:

Lisboa 4
Porto 2 a 3
Aveiro 1 a 2
Braga 1
Leiria 1
Viseu 1
Viana 0 a 1
Setubal 1

Ou seja o CDS terá 12 a 14 deputados manterá ou reforçará o seu grupo parlamentar. Haverá festa e champagne no Caldas e carros na Rua a apitar.O líder resistiu e prova que vale votos.

Ou seja o CDS viverá até 2009 nesta insustentável leveza da margem de erro.

Teremos até às eleições sondagens que darão 2% ou 3% ao CDS e teremos outras em que darão 7% ou 8%.

Hoje quem conhece o partido e olha para o país sabe que o CDS tem 95% de hipoteses de ter uma votação entre os 5% e os 8%.


Uns miseros 3% separam a grande vitória e a retumbante derrota.

Todos os que, como eu, acham que o modelo de partido que Paulo Portas personifica está esgotado têm sentimentos contraditórios. Por um lado entendemos que o partido ganharia em ter outro presidente e sobretudo outro corpo dirigente.
Por outro temos a noção de que é imperioso que o partido tenha de manter um grupo parlamentar para poder ser um instrumento de mudança em Portugal.

A resposta a este dilema devemos encontrar nos estatutos, apoiamos o partido nos combates eleitorias em apoio ao programa e lealdade com o presidente do partido. Empenhamo-nos num bom resultado eleitoral e disponibilizamo-nos inclusive a ser candidatos nos actos eleitorais, designadamente nas autarquicas onde o partido vai ter dificuldade em ter candidatos.

No momento certo e no lugar certo devem apresentar ao Partido caminhos alternativos.

P

9/09/2008 10:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lá vão eles voltar ao partido do taxi!

9/10/2008 1:11 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caro p,

Percebo perfeitamente o seu raciocónio. Compreenderá também o meu. Não sou do CDS logo não tenho que ter qualquer lealdade com o presidente do partido (que, pela forma como chegou ao poder, não tem qualquer direito em exigir essa lealdade). A sua diferença entre os 5% e os 7,5% assenta no pressuposto que os votos ficarão divididos de acordo com o que lhe dá mais jeito para que o CDS conquiste os deputados extra que apregoa. Mas a única certeza que temos é que distribuição de votos entre os distritos, para qualquer partido, muda em todas as eleições.

Se quiser ser realista e se também acha que a imagem de Portas está gasta, compreenderá que muitos eleitores que votaram no CDS, alguns até por que não quiseram votar em Santana Lopes, vão 'deixar' de o fazer nas próximas eleições.

Ou seja, todos os deputados eleitos rés-vés, como em Viseu ou Viana, desaparecem. O caso de Braga é diferente e a minha previsão baseia-se num imprevisto que pode ou não acontecer.

Mas eu espero sinceramente que o CDS tenha um resultado calamitoso. Se o PSD é neste momento o maior obstáculo à clarificação da direita portuguesa, Paulo Portas é a primiera barreira á união dessa mesma direita. logo, quanto mais depressa Portas se afastar melhor para a direita e, creio eu, melhor para o país.

Portas, tal como Santana Lopes, é um passivo para a direita portuguesa, e para o país, e não leia nisto qualquer segundo sentido.

9/10/2008 8:30 da manhã  

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