Aberrações bem-pensantes
Opressão socialista (63)
Peter Singer é o filósofo de esquerda que está na moda. Aborda temas politicamente correctos como o aborto, a eutanásia, a ajuda aos pobres ou o modo como tratamos os animais. Como não podia deixar de ser produz ideias aberrantes que, por vezes, até a esquerda supostamente bem pensante, que o aprecia, denuncia chamando-lhe hipocritamente fascista.
O ponto de partida das suas ideias é que a dor deve ser evitada a todo o custo. O sofrimento é intrinsecamente mau e é igualmente mau independentemente de quem o sofre, seres humanos ou animais. A existência de sofrimento diminui a qualidade de vida do sofredor. Vai daí que o direito á integridade física está fundamentalmente ligado á qualidade de vida. Sem qualidade de vida ninguém tem direito á integridade física. Para além disso, Singer defende que somos tão responsáveis por aquilo que fazemos como pelo que, estando ao nosso alcance, podemos evitar que suceda.
Com base nestes princípios tira várias conclusões. Por exemplo, é imoral o sofrimento que provocamos aos animais para os comer. Singer ignora as touradas, mas não é difícil adivinhar o que pensaria delas. Diz ainda que o estilo de vida ocidental é moralmente reprovável porque prefere gastar dinheiro em mais bens em vez de ajudar as crianças que morrem à fome em África (onde é que eu já ouvi este tipo de argumentação?).
Mas muito graves são as ilações de que o aborto, a eutanásia e o infanticídio são moralmente aceitáveis em algumas situações. No caso do infanticídio, a lógica é que a criança que ainda não é consciente, ou seja, ainda não tem autonomia por não se reconhecer a si própria como uma entidade distinta que persiste no tempo , tem um direito á vida mais fraco do que um adulto. Ou seja, bebés ou pessoas com deficiência não têm uma qualidade de vida mensurável e, caso se perspective que possam causar sofrimento psíquico a si próprios ou aos seus familiares, o melhor é eliminá-los. Singer nunca leu, e nem quer ler como ateu que é, Adam,o Amado de Deus, de Henry Nouwen. Mas se lesse não escreveria estas baboseiras.
Igualmente aberrante é a justificação da eutanásia por Singer em casos de hemofilia ou infecção urinária que causem diminuições inaceitáveis na qualidade de vida dos doentes, ou na de quem os acompanha. È difícil de acreditar, mas é verdade.
Esta perspectiva hedonista baseia-se nos postulados utilitaristas do prazer e da dor divulgados por Bentham no século XIX e vai beber a lógica do ‘bom selvagem’ de Rousseau, em que o Homem, no seu estado ‘natural’, é intrinsecamente bom e a única característica não natural que possui é a ´piedade’ ou sensibilidade á dor dos outros. Mas além de aberrante é também arrogante pois opta por ignorar toda a tradição de ideias e de valores que nos foram sendo transmitidos ao longo da História. A centralidade da vida é totalmente posta de lado, um pouco no seguimento das modas da esquerda do século XX.
Se pensarmos que a dor tem um lugar relevante na cultura cristã pelo sacrifício de Jesus Cristo que se deixou crucificar para nos salvar, facilmente percebemos porque é que as ideias de Singer são tão apreciadas pela esquerda ateia e bem pensante.
Singer foge da dor a todo o custo mas parece “esquecer” as sequelas que poderão aparecer na vida de quem pratica o aborto ou o infanticídio. Os sentimentos de culpa, os remorsos ou os tormentos de consciência são comodamente esquecidos.
Porque é que Singer tem tanto destaque nos jornais e porque é que vende tantos livros apesar das barbaridades que diz? Porque é de esquerda.
25 Comments:
Convidem esse mariconcio para o Campo Pequeno, para o lidarmos à antiga portuguesa
A conclusão do post é um bocado absurda, caro RPA. "Porque é de esquerda".
Isso é mais ou menos o mesmo que apontar como causa do sucesso dos livros de Ratzinger, agora Papa (que, aposto, será bem maior que os de Singer), porque é católico.
Ambos escrevem livros que despertam interesse a faixas importantes da população. É uma questão de mercado. Nisso o Ricardo acredita, presumo.
Acredito em parte. Mas é evidente, para mim, que há um enviezamento em termos de ideias nos meios de edição, aliás como acontece com a comunicação social. Chame-lhe preconceito, até pode ser, mas é uma crença que eu verifico todos os dias nas mais variadas formas. Aliás, é por isso que existe a rubrica 'opressão socialista'.
Tendo em conta o que o Ricardo considera "esquerda" acho (na realidade espero sinceramente,permita-me a honestidade) que esse problema vai existir sempre.
Afinal, há mais empresários de "direita" que de "esquerda", é talvez natural que haja mais editores de "esquerda" do que de "direita".
Natural porquê?
Será possível que, em futuros escritos, o escriba use mais certeiramente os acentos, grafando com propriedade, ora gavemente ora agudamente consoante o caso?
Obrigada
"talvez natural"
Porque se não é natural no sentido da variabilidade natural e quanto a mim desejável da experiência humana, é artificial e condicionado por uma força maior e externa e eu não acredito numa conspiração ditada e financiada pelo partido comunista da coreia do norte, já que o da URSS já era, e o da China está ocupado a fazer tvs de plasma.
Pela sua definição de esquerda - vou ser generoso e admitir que - 80% das pessoas estão à sua esquerda. Ora isto faz com que não tenha que haver um Master Plan, basta as pessoas fazerem o que lhes vai na alma.
Esquerda moderna ... patifaria moderna e refinada.
Ó Edite, quem tem telhados de vidro, não atira pedras:é gravemente que se diz e escreve e não gavemente.
Porque é que Singer tem tanto destaque nos jornais e porque é que vende tantos livros apesar de ser de esquerda? Por causa das barbaridades que diz. Ver as grandes questões de civilização como marcas de esquerda ou direita é típico de um Singer qualquer. Há quem seja contra a pena de morte, o aborto, a eutanásia, a investigação em embriões, a manutenção da dívida do 3º mundo, a pedofilia, o trabalho infantil, a área projecto e o estudo acompanhado, a televisão, a destruição das florestas tropicais, o complexo militar-industrial. É de esquerda ou de direita?
Edite, desculpe qualquer coisinha mas andei na mesma escola do Sócrates.
l. Rodrgiues e anónimo,
A questão não é se estão á minha esquerda. Ser de esquerda ou de direita não é apenas um conceito relativo, também tem uma componente 'absoluta' que é a ideologia. os ideais socialistas são o fundamental da esquerda e não vejo nenhuma razão natural para que os editores os subscrevam e os empresários não. Existem ilusões e utopias, como a da igualdade e a da construção de um Homem novo depois de 'corrigidas' as perniciosas influências da sociedade, mas essas são precisamente as más razões para se ser de esquerda. Os editores são mais sensiveis a estas questões do que os empresários mas suspeito que é mais por uma questão de pretensiosismo intelectual do que por qualquer outra razão.
Ser de esquerda é ser inculto e estúpido. Conheço vários que até são inteligentes mas não utilizam os seus dotes da melhor maneira, ou seja, preocupando-ae com o ser humano.
A cada vez menor educação familiar e escolar - que essa gente fomenta - propiciam uma cada vez maior vaga de gente rude, boçal, ordinária e cada vez mais afastada do conhecimento que a humanidade persegue. Isto, exactamente ao contrário do que se pretende, pois cada vez resulta em mais ignorantes e bestas - a qualquer nível.
Sem irmos muito mais longe, já que políticos e jornalistas para aqui não contam, os médicos que nos atendem nos hospitais não passam de carniceiros que, quase sempre, nem sabem o que fazem.
Para os sinistros, trata-se de corpos, carne para canhão; para a Direita são pessoas em sofrimento e com alma.
Diferenças de fundo, profundas, que convirá que o Povo entenda.
Entenderá? Quando entenderá?
Perante isto, minudências como Paulos Pedrosos e outros pederastas a soldo dos socialistas não têm qualquer relevância embora todos eles mereçam o lugar que lhes cabe nas prisões que, se calhar propositadamente, têm vindo a preparar, muito confortáveis, para si próprios.
O mal está feito. E agora?
Nuno
"RPA disse...
Edite, desculpe qualquer coisinha mas andei na mesma escola do Sócrates."
Isso é um azar do caraças que em nada contribui para os seu CV.
Nuno
Escrevi "os seus CV" por que não sei de todo se vocÉ tem vários à semelhança da tal "socrática" personagem mais conhecida por "pinócrates".
Nuno
ó ato, não me irritam letras a mais ou a menos. Só acentos mal grafados.
ó rpa, ter andado na mesma escola do sócrates só é uma contrariedade, não uma fatalidade. Até a mais imbecil das criaturas consegue, depois de algum exercício, distinguir acentos graves de agudos. Tal como na aritmética, também aqui a ordem dos factores não é arbitrária.
EE
"à" e não "á". O autor do post perde muito por não colocar os acentos correctamente.
Vou escrever 1000 palavras com acentos agudos e graves até interiorzar todas as regras do bem escrever.
"até interiorizar" e não "atè interiorizar"! Muuuuito bem. A Direita preza a língua (e não "lìngua"), não é?
EE
"Muuuuito" escreve-se "Muito". Esta gaga ou é gagá.
ò Edite, nem parece socialista ...
Ó Edite, já estafaste tudo o que sacaste em Sintra? (Estive para escrever Ò Edite, já estafas-te tudo o que sacas-te em Cintra, mas eras bem capaz de deixar passar, uma vez que só ligas aos acentos)
Ó Seareiro, está com a foice afiada, hein?
Esta cambada só se interessa pelas conversas quando se entra na bandalheira.
Isto pode verificar-se no blog, dia a dia. Se não ha vacalhada ninguém comenta.
Já agora, cú tem acento e é nele que todos se sentam.
hehehehehe
O anónimo dá-me razão: Vacalhada = Campo Pequeno.
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