terça-feira, agosto 12, 2008

Os fascistas andam por aí



Opressão socialista (55)

A acreditar em Nair Alexandra, na recenção que recentemente fez no jornal Expresso do livro de Manuel Loff "O nosso século é fascista", os fascistas andam por aí a fazer das suas. Para além das habituais insinuações sobre a proximidade de Salazar a Mussolini e Hitler, Nair Alexandra opta por realçar que a comunicação social portuguesa tem andado, nos últimos tempos, a branquear perigosamente o fascismo. Ignoro se se refere aos filmes de Maria de Medeiros, que, apesar da sua mediocridade, ganharam estatuto de ícones na RTP.

È sabido que Salazar admirava a capacidade de Mussolini em falar e empolgar as "massas" e que o Estado Novo adoptou alguma, mas pouca, "simbologia" fascista. Nair Alexandra realça estes factos e opta por ignorar a entrevista dada por Salazar a António Ferro em que aquele refere explicitamente que o fascismo não se adequa aos pacatos costumes portugueses e, como tal, não faz sentido no nosso país. Ignora ainda o carácter conservador de Salazar, defensor dos bons costumes e contrário a qualquer visão revolucionária como a fascista. E ignora a pouca importância do partido único junto do poder e de Salazar, ao contrário do que é característico do regime fascista ou nazi, e dos restantes regimes totalitários como os de cariz socialista.

O livro de Manuel Loff também não parece ir por melhor caminho. A continua afirmação ou insinuação de que Salazar era fascista só se tornou verdadeira depois de repetida atá à exaustão. Manuel Loff vem, aparentemente, repeti-lo mais uma vez. O que, convenhamos, não é muito lisonjeador para o autor pois é apenas uma aplicação da máxima nazi de que as mentiras, depois de muito repetidas, se tornam verdades.

Esta obsessão doentia da esquerda portuguesa em transformar o regime conservador de Salazar em fascismo não é inocente. È apenas uma forma de tentar fazer esquecer o mal socialista que durante décadas a esquerda bem pensante andou a alimentar com a sua recusa em aceitar a realidade dos regimes soviéticos e afins, e em afastar as perigosas utopias que lhes são inerentes. Pelos vistos, no caso de Nair Alexandra, e se calhar também no de Manuel Loff, é uma questão ainda por resolver.

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Já nem vale a pena perder tempo com essa gente! Quando há dias na FNAC dei de caras com o livro do alegado historiador bastou-me ler o título, afastei-me a sete pés...

8/14/2008 2:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Vade retro, Satanás

8/14/2008 9:46 da manhã  

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