quarta-feira, julho 02, 2008

PSD contra-ataca com base nos erros que cometeu no passado

Manuela Ferreira Leite exigiu que José Sócrates disponibilize à oposição os estudos de análise custo-benefício em que se baseia o pacote de grandes investimentos públicos anunciado. Depois do mau discurso de encerramento no congresso, a líder do PSD começa, finalmente, a fazer oposição a sério.

Mas ela sabe que estes estudos não existem porque a prática dos governos portugueses é tomar decisões sem a preocupação de uma aferição cuidada sobre os seus efeitos. As decisões são tomadas numa base intuitiva, pesando "o que se faz lá fora" com "as promessas eleitorais" e os "fundos de Bruxelas que é preciso gastar". A assinatura do Protocolo de Kyoto é um exemplo ainda há pouco tempo aqui denunciado. Manuela Ferreira Leite sabe bem que as coisas funcionam assim porque já esteve no Governo. E quando lá esteve o PSD funcionava exactamente da mesma forma.

As questões relevantes são duas: Se ela tenciona tornar a tomada de decisão do Governo mais séria e responsável; e porque é que nós devemos acreditar que o vai fazer quando não o fez no passado enquanto governante. Se responder a isto passa a fazer uma oposição excelente.

2 Comments:

Blogger VF said...

Julgo que Manuela Ferreira Leite foi secretária de estado do orçamento e ministra da educação no "Governo" do agora presidente da républica.

O agora presidente da republica, foi eleito à primeira volta.

O agora presidente da republica, foi primeiro ministro durante os "golden years" da integração, e as suas apostas foram; obras públicas, mais precisamente autoestradas... ah e o encerramento de meia dúzia de importantes ligações ferroviarias.

Notoriamente o PSD tem coisas mal resolvidas com meios de transporte!

E Manuela Ferreira Leite, algo mal resolvido com o seu passado... o que não indicia nada de bom!
Salva-se pela memória curta... dos portugueses.
Acho que não me esqueci de escrever que o agora presidente da republica foi eleito à primeira volta, certo!?

7/02/2008 2:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A memória dos portugueses é curta e por isso a classe política usa e abusa, e não olha a meios para atingir o fim de chagar ao poder. Depois os portugueses de memórias curtas queixam-se da incapacidade dos políticos que elegeram. Talvez a solução passe por os portugueses fazerem frequentemente exercícios de "refrescamento de memória".

7/03/2008 8:30 da manhã  

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