quarta-feira, julho 02, 2008

Obama mostra o que é, um verdadeiro democrata



Agora é que vamos saber quem é realmente Barack Obama. Os adeptos de Obama na Europa que se deixaram entusiasmar com algo que eu sinceramente ainda não consegui descortinar (será pelo facto de ser filho de pai negro?), vão poder agora conhecer melhor o candidato democrata na campanha a sério que se vai seguir. E o problema é que as primeiras impressões não são nada positivas.

Obama disse há um ano que as eleições nos EUA eram uma vergonha porque os dinheiros vinham das fontes mais obscuras, os limites ao financiamento não eram respeitados, os candidatos mais ricos eram beneficados e, por isso, ele, o "puro", iria limitar-se a usar fundos públicos enquanto defendia que em nome da transparência e da justiça, todos os candidatos o deveriam fazer.

Depois deste longo blá-blá, em que terá conquistado o "coração" de milhões de europeus, Obama veio esta semana dizer que o sistema de financiamento público não funciona bem por ter sido demasiado explorado pelos "nossos adversários" (sic) e, por isso, resolveu optar pela "independência de um sistema que não funciona e tornar a (sua) campanha a primeira a ser verdadeiramente financiada pelo povo".

Claro que isto não tem nada a ver com o facto de ele ser o maior angariador de fundos na história das eleições americanas, recebendo milhões de dólares do "povo", como ele diz, onde se incluem os grandes "lobbies" norte-americanos sediados em Washington. Não, ele mudou de ideias porque é um verdadeiro democrata. Do partido, claro está. Um "flip-flopper" que nada deve a John Kerry.
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