terça-feira, junho 03, 2008

Para onde vais, Portugal?

Nada poderia ser mais contrastante do que a situação da direita e da esquerda em Portugal. No primeiro caso, houve eleições (num partido misto que abrange uma parte do eleitorado de direita) para ficar tudo na mesma. O futuro continua sombrio e não se vislumbram alternativas que possam retirar o poder ao PS. Ferreira Leite é a pessoa mais capaz de fazer oposição a Sócrates, e por isso os socialistas poderão perder a maioria, mas o mais provável é que “desapareça” a seguir a 2009. O PSD vai “queimar” uma pessoa credível para depois voltar ao “troca de presidente” de 2 em 2 anos. O único resultado positivo das eleições foi o “enterrar” definitivo de Santana Lopes. Mas é pouco para um partido que ocupa espaço da direita (apesar de não ser de direita).

Para os lados do Caldas o contentamento vinha da confusão que se instalou no PSD e do oportunismo de se conseguir crescer á custa do desânimo dos eleitores social-democratas situados á direita. Com a eleição de Ferreira Leite o contentamento esmoreceu e tudo continua igual. Não há um projecto pela positiva que mobilize militantes e mobilize a sociedade. São as mesmas caras de sempre, já gastas, que apostam no “rodriguinho” do “fiscaljacking” para apareceram 5 segundos na TV ou falam dos preços dos combustíveis para serem vistos na Assembleia. São as mesmas visitas a lares, a empresas, aos agricultores, tudo já usado e explorado até á exaustão e ao qual já ninguém liga. O CDS ainda não percebeu que tem um líder que é um “passivo”, um “lame duck” de pacotilha que já não traz nada de novo ao país.

Entretanto, continua por fazer a necessária clarificação á direita. As diversas “direitas” que existem em Portugal - conservadora, liberal, democrata-cristã – continuam divididas por diversos partidos ou ausentes da política. Não se assiste a uma redefinição das forças partidárias que permita esclarecer os eleitores sobre os projectos existentes á direita e que consiga atrair os votos dos portugueses. Não existe uma concorrência saudável entre partidos de direita que reforce as ideias e os projectos, que ponha as pessoas a falarem da direita.

A esquerda, pelo seu lado, não só está no poder, ocupando parte do espaço da direita, como ainda é quem faz oposição ao próprio poder. A concentração de hoje, em prol da igualdade, pode fazer emergir uma alternativa ao PS pela esquerda que associe o movimento de apoio a Manuel Alegre, o Bloco de Esquerda, os ex-comunistas órfãos e a Maçonaria. È uma associação de “bafientos”, a fazer recordar os tristes idos da primeira república, mas é o que mais mexe neste país.

Este é o nosso panorama político e nada indica que venha a ser alterado a breve prazo. Mas que levanta uma questão:

Para onde vais, Portugal?

(também publicado aqui)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A quest�o � que a Direita n�o est� presente nos partidos, qualquer deles, que rejeita em absoluto.
Decorrer� muito tempo, demais, por certo, at� que a Direits se imponha... se tal vier a acontecer.
A Direita n�o se quer envolver na reles politiquice.

Nuno

6/04/2008 7:30 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Quem é que trouxe este gajo? Alguém conhece semelhante luminária? A ignorância dele até é pitoresca. Decorativa, digamos. Pena que não opine mais.

6/04/2008 3:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ó Nuno, não te chegou a carga de porrada que levaste no outro dia? Gabo-te o masoquismo!

6/05/2008 10:12 da manhã  

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