já que estamos numa de memória futura...
Importa falar da "boa prática europeia". Lembro-me como se tivesse sido ontem de ouvir esta expressão pela boca de alguns membros do governo, nomeadamente referindo-se ao que acontece na Alemanha. À data, houve alguns, como eu, que pensaram que a ideia do executivo seria importar o que se fazia na Alemanha, o que, dadas as circunstâncias, atenuaria os efeitos perversos de uma lei totalmente liberalizadora de um um comportamento que havia sido até então qualificado como crime. Cedo se percebeu que a "boa prática europeia" tinha unicamente a ver com o curto período de reflexão que era "imposto" às grávidas que pretendiam abortar, penso que 3 dias, ignorando-se olimpicamente o que de melhor tinha a lei alemã. É que todo o processo e acompanhamento da grávida antes de se proceder à eliminação da "coisa", tinha como fim o aconselhamento no sentido de se evitar o aborto, prestando toda a informação, quer do ponto de vista puramente clínico, quer do ponto de vista de todos os apoios e auxílios que poderia ter quem arrepiasse caminho e optasse por ter o filho. Parece-me óbvio que se Portugal tivesse seguido esta "boa prática europeia", dificilmente teríamos de ouvir um qualquer idiota, aparentemente funcionário público ao serviço de uma maternidade pública, desculpar quem faz 3 abortos por ano. FDP.
3 Comments:
Será inocência?
Não, talvez ignorância minha mas nunca vi nem sei de Portugal seguir bons exemplos...
Nuno
De triste memória "as boas práticas ou melhores práticas". Ainda hoje o Presidente Cavaco "falou de boas práticas" insinuando que a Igreja Católica devia ajudar a um "sim" num novo referendo na Irlanda. Patético...tanto mais que deu a entender que os irlandeses se deixaram enganar no referendo à constituição Europeia (nós no aborto se calhar não, somos espertos!).
O que escrevi ontem foi apagado.
Seguramente, a Maternidade Alfredo da Costa cumpre a puta da legislação em vigor no que respeita o aborto. Se calhar até recebem comissões ou prémios por cada aborto.
Apenas, estava escrito que o seu director havia dado uma informação e eu não acredito no que foi publicado por o conhecer bem.
Nunca o Prof. Jorge Branco faria tal afirmação.
Se tornarem a eliminar, eu escrevo tantas vezes até que o meu comentário seja publicado.
Afinal, é o que a UE quer fazer à Irlanda mas, por razões que não lhes interessa, eu sou - e muito - o bloody Irish.
Nuno
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