terça-feira, junho 24, 2008

aborto (2)

na caixa de comentários do post que transcrevi, o autor do texto - valupi - continua:

"Por mim, podia-se permitir o aborto até aos 9 meses, que ia dar ao mesmo. O que eu discuto é do foro da antropologia e da ética, se mais nada.

Quando uma mulher decide abortar por razões que não resultam de risco médico, que se está a passar? Os defensores do aborto não querem saber. Aliás, a lei serve esse cobarde propósito: chutar o problema para a vítima secundária, a mulher grávida. Ela que resolva, e ela que faça o que lhe der na telha, e ela que se despache a mandar para o lixo o problema.

Tu resolves a questão através da mentira. Dizes: “100 % da mulheres que abortam, podendo escolher, não teriam abortado mas adoptado outra solução viavel (sendo que, para elas, não é viavel conservar o feto).”

Como sabes? Não sabes, obviamente. Esperas que seja assim só para não teres de te confrontar com uma questão de complexidade assustadora. Aliás, se há coisa que se pode afirmar com segurança é isto: podendo escolher, as mulheres que abortam optam por não pensarem noutras soluções.

Daí o exemplo: quem encontra um recém-nascido abandonado não se afasta ou lhe recusa socorro por achar que aquela vida não é viável. É precisamente ao contrário, se formos humanos."

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