Justiça é desigualdade, igualdade é injustiça
Opressão socialista (34); Rapto da Europa (36)
A redoma da opressão socialista em que vivemos leva-nos, mesmo sem querermos, a alterar hábitos, comportamentos e, ainda mais grave, o pensamento. Está instalada a ideia de que igualdade é sinónimo de justiça, normalmente justiça social. E que a igualdade deve ser um dos objectivos a atingir pela nossa sociedade. Quem é que não se lembra logo da pobreza e das diferentes condições de vida de africanos e europeus. Após anos de propaganda neste sentido somos quase todos levados a pensar assim. Do mesmo modo, existe a ideia, materialista e socialista, de que quem tem mais dinheiro é obrigatóriamente mais feliz ou mais realizado. O exemplo para nos convencer é comparar os infelizes africanos e os felizes europeus, como se essas generalizações fossem os únicos estados existentes à face da Terra. A táctica socialista para implementar estas ideias tem sido muito simples: Transformar igualdades em direitos e legalizá-las, aproveitando a "igualdade perante a lei" necessária ao funcionamento justo das sociedades.
Mas se pensarmos um pouco mais e não nos limitarmos ás ideias que o pensamento político correcto da esquerda já entranhou nas nossas cabeças, fácilmente concluimos que igualdade é sinónimo de injustiça e não de justiça. Quem defende a igualdade, está a defender a injustiça entre os seres humanos. Não me refiro obviamente á igualdade perante Deus, essa é do Criador, não é inventada pelo Homem. Nem à igualdade perante a lei, essa é necessária para o funcionamento ordenado das sociedades e admite excepções. Refiro-me ás igualdades que a opressão socialista nos impinge diariamente. Igualdade é injustiça porque contraria a diversidade que existe entre os seres humanos. Todos somos diferentes, logo desiguais. Manter esta desigualdade natural deve ser um objectivo para o ser humano e não o contrário (houve, entre os socialistas, quem já tivesse entendido isto e passasse a defender o novo e igualmente ridículo chavão "igualdade na diversidade").
Vem isto a propósito de dois exemplos das notícias de ontem. O primeiro refere-se aos salários dos gestores. As "luminárias" da União Europeia lembraram-se agora que era inaceitável que os gestores usufruissem de grandes regalias enquanto existem pessoas com dificuldade em ter dinheiro para comer. Imoral, dirão alguns que não têm preocupações em usar uma palavra tão políticamente incorrecta. As referidas "luminárias" não chegaram ao exagero comunista do "salário igual para todos" mas esta é uma óptima oportunidade para ter a UE a afirmar-se junto das pessoas ao interferir na sua vida pacata e honesta. A ideia base é que existe demasiada desigualdade para o gosto deles. E como associam desigualdade a injustiça, está justificado o ataque aos gestores. Se alguém lhes perguntar qual é então o nível de desigualdade salarial aceitável não saberão responder, pois não têm nenhum critério para o aferir. Mas não conseguem separar os salários dos gestores das más condições de vida de algumas pessoas, relativizando os conceitos como a cartilha socialista nos ensina. Implicita está também a ideia, fundamentalmente errada, que o que os gestores ganham a mais é tirado aos que têm dificuldades económicas. Se os gestores ganharem menos, os probres ganham mais porque o "bolo" é sempre o mesmo.
Da mesma forma, o Grupo Leya pretende instalar pavilhões diferentes na Feira do Livro de Lisboa. Ignomínia, diz a APEL, diferentes???? Que horror!. Uma associação que depende de subsídios públicos acha-se logo no direito de querer impor a igualdade entre os pavilhões porque isso é que é justiça. O Grupo Leya é supostamente controlado por um gestor sem escrúpulos, daqueles com o charuto na boca, que teve o desfasamento de comprar editoras, o ninho por excelência dos intelectuais retrógados que defendem a igualdade. As reacções do mais puro basismo de editores e escritores contra Paes do Amaral têm aparecido abundantemente nos jornais. Mas este gestor representa apenas a diferença e é justo que o deixem demonstrà-la.
A verdadeira justiça traduz o sentimento de que quem trabalha mais e tem mais responsabilidade deve ganhar mais, ou seja justiça é desigualdade. A diferença (não é só a racial) deve ser acarinhada e estimulada. Por isso, é, por definição, justo que o Grupo Leya tenha pavilhões diferentes na Feira do Livro.
A redoma da opressão socialista em que vivemos leva-nos, mesmo sem querermos, a alterar hábitos, comportamentos e, ainda mais grave, o pensamento. Está instalada a ideia de que igualdade é sinónimo de justiça, normalmente justiça social. E que a igualdade deve ser um dos objectivos a atingir pela nossa sociedade. Quem é que não se lembra logo da pobreza e das diferentes condições de vida de africanos e europeus. Após anos de propaganda neste sentido somos quase todos levados a pensar assim. Do mesmo modo, existe a ideia, materialista e socialista, de que quem tem mais dinheiro é obrigatóriamente mais feliz ou mais realizado. O exemplo para nos convencer é comparar os infelizes africanos e os felizes europeus, como se essas generalizações fossem os únicos estados existentes à face da Terra. A táctica socialista para implementar estas ideias tem sido muito simples: Transformar igualdades em direitos e legalizá-las, aproveitando a "igualdade perante a lei" necessária ao funcionamento justo das sociedades.
Mas se pensarmos um pouco mais e não nos limitarmos ás ideias que o pensamento político correcto da esquerda já entranhou nas nossas cabeças, fácilmente concluimos que igualdade é sinónimo de injustiça e não de justiça. Quem defende a igualdade, está a defender a injustiça entre os seres humanos. Não me refiro obviamente á igualdade perante Deus, essa é do Criador, não é inventada pelo Homem. Nem à igualdade perante a lei, essa é necessária para o funcionamento ordenado das sociedades e admite excepções. Refiro-me ás igualdades que a opressão socialista nos impinge diariamente. Igualdade é injustiça porque contraria a diversidade que existe entre os seres humanos. Todos somos diferentes, logo desiguais. Manter esta desigualdade natural deve ser um objectivo para o ser humano e não o contrário (houve, entre os socialistas, quem já tivesse entendido isto e passasse a defender o novo e igualmente ridículo chavão "igualdade na diversidade").
Vem isto a propósito de dois exemplos das notícias de ontem. O primeiro refere-se aos salários dos gestores. As "luminárias" da União Europeia lembraram-se agora que era inaceitável que os gestores usufruissem de grandes regalias enquanto existem pessoas com dificuldade em ter dinheiro para comer. Imoral, dirão alguns que não têm preocupações em usar uma palavra tão políticamente incorrecta. As referidas "luminárias" não chegaram ao exagero comunista do "salário igual para todos" mas esta é uma óptima oportunidade para ter a UE a afirmar-se junto das pessoas ao interferir na sua vida pacata e honesta. A ideia base é que existe demasiada desigualdade para o gosto deles. E como associam desigualdade a injustiça, está justificado o ataque aos gestores. Se alguém lhes perguntar qual é então o nível de desigualdade salarial aceitável não saberão responder, pois não têm nenhum critério para o aferir. Mas não conseguem separar os salários dos gestores das más condições de vida de algumas pessoas, relativizando os conceitos como a cartilha socialista nos ensina. Implicita está também a ideia, fundamentalmente errada, que o que os gestores ganham a mais é tirado aos que têm dificuldades económicas. Se os gestores ganharem menos, os probres ganham mais porque o "bolo" é sempre o mesmo.
Da mesma forma, o Grupo Leya pretende instalar pavilhões diferentes na Feira do Livro de Lisboa. Ignomínia, diz a APEL, diferentes???? Que horror!. Uma associação que depende de subsídios públicos acha-se logo no direito de querer impor a igualdade entre os pavilhões porque isso é que é justiça. O Grupo Leya é supostamente controlado por um gestor sem escrúpulos, daqueles com o charuto na boca, que teve o desfasamento de comprar editoras, o ninho por excelência dos intelectuais retrógados que defendem a igualdade. As reacções do mais puro basismo de editores e escritores contra Paes do Amaral têm aparecido abundantemente nos jornais. Mas este gestor representa apenas a diferença e é justo que o deixem demonstrà-la.
A verdadeira justiça traduz o sentimento de que quem trabalha mais e tem mais responsabilidade deve ganhar mais, ou seja justiça é desigualdade. A diferença (não é só a racial) deve ser acarinhada e estimulada. Por isso, é, por definição, justo que o Grupo Leya tenha pavilhões diferentes na Feira do Livro.
11 Comments:
Este post é um dos mais incoerentes e imorais que li por aqui.
"Manter esta desigualdade natural deve ser um objectivo para o ser humano"
E isto diz tudo sobre o autor...
Esta questão de forçar igualdades é particularmente perversa no ensino: como não há varinha mágica para aumentar a capacidade intelectual e a vontade de trabalhar de uns, fornece-se um mau ensino para todos - ficam incapazes, mas ficam iguais! Ficam felizes os utopistas e os invejosos - até ao dia em que os médicos incapazes lhes matarem um filho!
De natureza comum, os homens ostentam notórias desigualdades individuais que os tornam entes complementares. A igualdade, enfim, não é um rótulo vazio nem um conceito exacto. A lei da igualdade significa, então, que vigorarão as mesmas perspectivas para aqueles que se encontrem em iguais condições, podendo desfrutar dos mesmos direitos e prerrogativas enquanto não existir alteração no ponto de igualdade em que se encontrem temporariamente. Será então a justiça sinonimo de desigualdade? Na minha opinião a disigualdade acaba assim, e por fim, por ser prorrogativa necessária á criação de situações justas. A justiça é uma utopia, para alguem ganhar haverá outro alguem que vai perder, é a lei da vida!
Caro L. rodrigues,
Uma coisa pode ter a certeza. Igual a si não quero ser.
MJ,
Forçar igualdades é perverso em 99%dos casos.
Caro illuminatus, a justiça não é uma utopia. A igualdade é que é. A justiça é desejável, a igualdade indesejável.
rpa.
tardou.
Do seu post emana a convicção de que os pobres devem ser castigados por serem pobres e os ricos recompensados por serem ricos.
Claro que o rpa não usa estes termos, mas aquilo que defende conduz precisamente a isto.
Eu também não quero ser igual a si, mas quero viver num pais que não nos distingue pelo apelido ou pelo dinheiro que os nossos pais tinham no banco. Para mim é igualdade suficiente.
Do meu post pode emanar muita coisa mas que os pobres sejam castigados por serem pobres é que não faz qualquer sentido. Já são pobres e ainda são castigados por cima? por quem?
O que eu quero é que sejamos todos recompensados, ricos e pobres, e se no segundo caso o dinheiro tem, no imediato, uma palavra a dizer a esse respeito, no primeiro não.
A nossa recompensa vai muito para além do dinheiro e será conseguida de acordo com as nossas diferenças, não por sermos iguais.
Quanto ao apelido, é obvio que deve ser uma coisa a distinguir-nos pois somos filhos de pais diferentes.
Mas mais importante do que a sua preocupação com os supostos privilégios dos apelidos, deveria ser a preocupção com os que necessitam de ajuda. Essa é que é a verdadeira justiça, não é andarmos a apontar o dedo aos apelidos ou a eliminá-los porque trazem privilégios.
São duas coisas diferentes, mas dá jeito misturá-las e encobrir que o verdadeiro enfoque vai muitas vezes para a segunda e esquece a primeira. È isso que faz o igualitarismo injusto.
Deixe-me então colocar a igualdade noutro plano: de acordo com dados do FMI, o periodo do século 20 em que o PIB per capita foi mais elevado foi aquele em que menos assimetria houve entre quem era dono/gestor e quem era seu assalariado. (isto é particularmente visivel nos EUA entre 1950 e 1970, por exemplo.)
Ou seja, mais igualdade (justiça) equivale a mais prosperidade, e não o contrário como nos querem fazer crer os liberais. E isto é preocupar-me com quem necessita de ajuda.
Caro L. rodrigues,
As suas fontes andam a enganá-lo. Esses dados do FMI que refere não existem. Está a dizer que os EUA nunca cresceu em termos per capita após 1970. Isso é falso. Aliás, a mudança para Reagan deveu-se exactamente a esse tipo de políticas intervencionistas que associavam redistribuição com fortes limites aos que tinham dinheiro. Em Inglaterra, por exemplo, a taxa marginal de imposto sobre os rendimentos singulares chegou aos 98%, o que significava que só trabalhava mais quem quisesse dar o seu dinheiro ao Estado.
Não faça confusão. Justiça equivale a mais prosperidade para aqueles que têm pouco e mais prosperidade para todos. Igualdade equivale a mais pobreza para todos mesmo que alguns temporariamente fiquem melhor. Justiça e igualdade são duas coisas diferentes, por muito que as pessoas os confundam.
Citei mal; o crescimento do pib per capita é que foi maior, entre 1950 e 1973. Ainda suporta o meu argumento, de qualquer modo.
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