IDEIAS CLARAS NOS ANTÍPODAS
Numa entrevista a propósito do seu 10º aniversário como PM australiano, John Howard defendeu o seu povo como muito eu gostaria de ver ser feito aqui nos antípodas!
Deixo alguns excertos da entrevista, numa tradução livre (pouco feliz...), e um link para maior detalhe.
"Os imigrantes não-australianos devem adaptar-se. É pegar ou largar! Estou cansado de saber que esta nação se inquieta ao 'ofendermos' certos indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali, assistimos a uma subida de patriotismo na maioria dos Australianos".
"A nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua!"
"A maior parte dos Australianos crê em Deus. Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram esta nação sobre princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas. Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura".
"Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco. Este é o nosso país, a nossa terra e o nosso estilo de vida. E oferecemos-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têm muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade autraliana: o direito de partir. Se não são felizes aqui, então partam. Não vos forçámos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou".
9 Comments:
A primeira coisa é traduzir a exigência de saber inglês para outras línguas. Sem isso, pode estar a falar para o boneco...
Penso que os Aborígenes também propuseram uma coisa semelhante. Que aceitam os ingleses lá na ilha, desde que aceitem todos falar aborígene, se adaptem à cultura deles e, se não gostarem, que voltem para Inglaterra.
Este sujeito, o malacueco, decididamente, está a Leste.
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Sobre os Aborígenes, nem vale a pena comentar. Era outro contexto, outras regras morais. Não tenham a pretensão de julgar o passado pelos padrões actuais... Não estou a dizer que foi correcta a colonização ou a forma como foi feita, simplesmente não podemos comparar situações...
"outro contexto, outras regras..."
Quando se invocam argumentos desta ordem costuma levar-se com a acusação de "relativista moral", ou coisa parecida.
Caro L. Rodrigues:
Neste caso não me parece que se possa falar de "relativismo moral", porque eu não deixo, nem deixarei, de condenar a forma como África, América ou Oceânia foram colonizadas. Porém não podemos estabelecer os nossos padrões actuais de comportamento a uma sociedade de há 500 anos atrás. Senão, todo e qualquer movimento bélico de conquista de território, como a própria formação de Portugal, carecia de legitimidade moral. Este exercício de culpabilidade só pararia, como li algures, no paleolítico.
Relativismo moral é quando, num mesmo contexto social, prevalecem valores (muitas vezes) antagónicos onde não é possível (ou não se quer) estabelecer uma hierarquia moral...
Certo, a relatividade existe no espaço mas não no tempo.
Na verdade não discordo muito, neste caso particular, da inutilidade a atribuição de culpas e responsabilidades em retrospectiva histórica.
Mas é um caso de pragmatismo e não de princípio.
É a perca de perspectiva histórica que legitima certos "status quo" como "naturais" e isso é que tenho mais dificuldade em aceitar.
Obrigado pelo seu tempo.
A questão é que os australianos recebem os imigrantes desde que estes aceitem as regras que lhes são impostas.
Ora bem, se não as querem respeitar e seguir têm sempre o bom caminho de regressarem às origens ou de se mudarem.
Vamos lá a ver quem não concorda com este principio basilar...
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Lá tinha que vir o miserabilismo canhoto e visgolho dos coitadinhos dos aborígenes... A Austrália de hoje tudo deve aos anglo-saxónicos que a fundaram e desenvolveram... os aborígenes, por eles, ainda viviam em cavernas e a comer bolotas... O mais importante desta mensagem é uma lição para esta Europa cheia de preconceitos e vergonhas de passados colonialistas... Sempre as minorias; sempre os coitadinhos... E as populações que sempre viveram nos seus países são relegadas para segundo plano. Portugal de hoje é um país de albinos: só lhes faltou a tinta para serem pretos.
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