quarta-feira, abril 09, 2008

60 Anos de "La Violência"

Faz hoje 60 anos que Jorge Eliecer Gaitan, líder político da esquerda radical de então, um Chávez avant la lettre, foi assassinado na Colômbia, dando origem à “La Violência”, um conflito que ainda hoje se vive naquele país, que terá causado a morte a centenas de milhares de pessoas (300 mil mortos logo nos primeiros anos), fechando as portas da Paz da democracia à Colômbia.
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O assassino, um esquizofrénico de 26 anos, de seu nome Juan Roa Sierra, que disparou três tiros sobre o político da esquerda liberal, foi apanhado (e morto?) nas ruas pela multidão enfurecida, cumprindo assim o pedido de Gaitan, para que o seu eventual assasinato fosse vingado, caso ele fosse morto "Se me matarem, vinguem-me!" Houve uma erupçãode violência, e uma consequente guerra civil, pois os seus apoiantes não hesitaram em culpar o governo conservador de então, pelo assassinato daqule que eles queriam que vencesse as eleições presidenciais de 1950.

O jovem estudante Fidel Castro que se encontrava em Bogotá a assistir à conferência Pan-americana, teve assim a sua primeira experiência de violência política, na qual também terá participado disparando tiros de espingarda (como o próprio terá confessado mais tarde) e que lhe terá servido de inspiração para a sua “gloriosa revolução” cubana, uns anos mais tarde.

Outro dos mais radicalizados, durante os primeiros anos da La Violência, foi Manuel Marulanda, um campesino, que acabou por fundar as FARC, grupo de guerrilha que ainda hoje lidera, e que lutava por ideais comunistas e pela redistribuição de terras. Hoje não passa de um grupo terrorita e narcotraficante.
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