Ainda Bolonha
As minhas palavras foram deturpadas pelo Ricardo.
Eu não acho bem que ninguém, Europa ou Governos Nacionais, vendam gato por lebre.
O que eu disse é que o motivo invocado para harmonizar o ensino superior, é um motivo válido.
Se até a nível mundial seria desejável harmonizar os graus de ensino superior, para que um médico europeu possa exercer nos EUA ou um engenheiro australiano possa exercer no Brasil, por maioria de razão, esses graus deveriam estar harmonizados no espaço europeu, em que há livre circulação de trabalhadores.
Já que um médico checo pode exercer em Portugal, convém que Portugal e a República Checa estejam a falar da mesma coisa quando falam de um médico.
Penso que isto é tão óbvio que não vale a pena argumentar.
Agora, o que eu digo é que esse argumento, sendo válido, não foi o que realmente motivou os governos nacionais e, muito menos, a União Europeia.
Se, como o Ricardo diz, isto fosse uma fúria unificadora da União Europeia, tinha-se unificado tudo pelo modelo franco-alemão. Não é disso que os eurocépticos se estão sempre a queixar? Que o eixo franco-alemão impõe tudo aos outros? Pois, neste caso, o eixo franco-alemão ficou caladinho e deixou que o seu sistema de ensino superior fosse descartado em benefício do sistema anglo-saxónico. Porquê? Se era para unificar a Europa, não era preciso. Foram para aquele sistema porque era o que lhes ia poupar uns cobres, como eu expliquei no post de baixo.
Essa, para mim, é a prova de que aqui não houve dedo da Europa mas sim dos Governos Nacionais que, quando têm de tomar medidas impopulares, usam as costas largas da Europa para se esconderem.
Eu não acho bem que ninguém, Europa ou Governos Nacionais, vendam gato por lebre.
O que eu disse é que o motivo invocado para harmonizar o ensino superior, é um motivo válido.
Se até a nível mundial seria desejável harmonizar os graus de ensino superior, para que um médico europeu possa exercer nos EUA ou um engenheiro australiano possa exercer no Brasil, por maioria de razão, esses graus deveriam estar harmonizados no espaço europeu, em que há livre circulação de trabalhadores.
Já que um médico checo pode exercer em Portugal, convém que Portugal e a República Checa estejam a falar da mesma coisa quando falam de um médico.
Penso que isto é tão óbvio que não vale a pena argumentar.
Agora, o que eu digo é que esse argumento, sendo válido, não foi o que realmente motivou os governos nacionais e, muito menos, a União Europeia.
Se, como o Ricardo diz, isto fosse uma fúria unificadora da União Europeia, tinha-se unificado tudo pelo modelo franco-alemão. Não é disso que os eurocépticos se estão sempre a queixar? Que o eixo franco-alemão impõe tudo aos outros? Pois, neste caso, o eixo franco-alemão ficou caladinho e deixou que o seu sistema de ensino superior fosse descartado em benefício do sistema anglo-saxónico. Porquê? Se era para unificar a Europa, não era preciso. Foram para aquele sistema porque era o que lhes ia poupar uns cobres, como eu expliquei no post de baixo.
Essa, para mim, é a prova de que aqui não houve dedo da Europa mas sim dos Governos Nacionais que, quando têm de tomar medidas impopulares, usam as costas largas da Europa para se esconderem.
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