Abrir alas? Cerrar fileiras.
Devemos responder com franqueza às confissões dos nossos amigos. Também eu penso muitas vezes com tristeza que o CDS talvez não seja o partido que um dia acreditei ser e em que talvez seja pequeno porque alguns dos seus militantes e dirigentes o querem tipo clube. Se concordo com essa parte do diagnóstico não posso deixar de discordar da solução.
As correntes de opinião ou sensibilidades diferentes fazem parte da história do CDS. Os líderes enumerados são prova eloquente disso mesmo. Nada de novo, portanto. Para além deles, basta conhecer alguns dos subscritores da auto-denominada Ala Liberal para perceber como encerra em si mesma as perplexidades e os paradoxos (normais e saudáveis) que perpassam não só todo(s) o(s) partido(s) como por boa parte dos respectivos militantes.
Para que serve uma ala com alas num partido de 7%? Abstraindo do elemento decorativo e multiplicador, espelhado na proliferação blogosférica dos apoios que escasseiam de facto, e de um, também mais irreal que efectivo, psicodrama analítico-identitário, serve de muito pouco.
Aquilo que está agora em causa não é a liberdade de expressão, nem a discussão de ideias, nem o pluralismo interno, mas a institucionalização estatutária de tendências. Artificial. Dirigida. Proclamada. Decalcada de realidades incomparáveis. E fracassada. Sobretudo por desnecessária.
Qualquer observador isento reconhecerá que se há hoje uma tendência evidente é precisamente a que dispensa tendências dessas.
Para além da Mafalda e de Telmo Correia, o CDS até agora demonstrou não ter tempo para este assunto. Direi mesmo: demonstrou não querer perder tempo com este assunto. E não tem muito tempo a perder.
Ainda assim, não tenho dúvidas que, com todos os rogos, apelos e solicitações para a assinatura do seu manifesto, a Ala Liberal ultrapassará o número de assinaturas e rejubilará publicamente com este facto. Mas tal não passará de uma vitória pírrica ainda mais triste que a mágoa que o Paulo genuína e justamente sente.
As correntes de opinião ou sensibilidades diferentes fazem parte da história do CDS. Os líderes enumerados são prova eloquente disso mesmo. Nada de novo, portanto. Para além deles, basta conhecer alguns dos subscritores da auto-denominada Ala Liberal para perceber como encerra em si mesma as perplexidades e os paradoxos (normais e saudáveis) que perpassam não só todo(s) o(s) partido(s) como por boa parte dos respectivos militantes.
Para que serve uma ala com alas num partido de 7%? Abstraindo do elemento decorativo e multiplicador, espelhado na proliferação blogosférica dos apoios que escasseiam de facto, e de um, também mais irreal que efectivo, psicodrama analítico-identitário, serve de muito pouco.
Aquilo que está agora em causa não é a liberdade de expressão, nem a discussão de ideias, nem o pluralismo interno, mas a institucionalização estatutária de tendências. Artificial. Dirigida. Proclamada. Decalcada de realidades incomparáveis. E fracassada. Sobretudo por desnecessária.
Qualquer observador isento reconhecerá que se há hoje uma tendência evidente é precisamente a que dispensa tendências dessas.
Para além da Mafalda e de Telmo Correia, o CDS até agora demonstrou não ter tempo para este assunto. Direi mesmo: demonstrou não querer perder tempo com este assunto. E não tem muito tempo a perder.
Ainda assim, não tenho dúvidas que, com todos os rogos, apelos e solicitações para a assinatura do seu manifesto, a Ala Liberal ultrapassará o número de assinaturas e rejubilará publicamente com este facto. Mas tal não passará de uma vitória pírrica ainda mais triste que a mágoa que o Paulo genuína e justamente sente.
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