O referendo e as trapalhadas do CDS
O CDS, neste assunto, não faz outra coisa senão tropeçar, com perigosa inabilidade, na sua própria incoerência. Ouvir os dirigentes do partido, com a gravidade costumeira, criticar o Primeiro-Ministro por este ter rompido um compromisso eleitoral, depois de eles próprios terem mergulhado o CDS numa profunda reflexão (como são todas, no CDS) antes de anunciarem ao País e ao Mundo a sua posição oficial, é anedótico. Admito eu que nessa altura, os dirigentes do partido tenham, honestamente, encarado como estando em aberto essa posição. Vejo agora que não. A decisão estava tomada há muito e constava já do programa eleitoral. A "profunda reflexão" teria sido com vantagem substituída por uma leitura do dito, superficial que fosse. O CDS, convenhamos, devia agir distintamente. Por uma questão de seriedade. Ou de vergonha.
5 Comments:
È por isto que eu não sou do CDS. O Ribeiro e Castro, muito criticado pela imprensa bem pensante, é uma pessoa séria. O Portas não. No CDS a opção foi pela falta de seriedade.
Caro Nuno, Paulo Portas está definitivamente queimado e não o quer perceber. A actuação no debate de hoje só confirma o que se passou anteriormente. E quem perde não é só o CDS. È toda a direita e o país.
Quem dera ao CDS ter o mano Miguel, em vez do mano Paulo!
A resposta de Sócrates a Paulo Portas esta tarde na AR foi a que ele merecia:euro-céptico;euro-calmo e euro-favorável ao tratado de Lisboa em tão poucos anos, é obra! Só não muda quem é burro, diz-se e eu concordo. Mas mudar tanto em tão pouco tempo...
O CDS - com tristeza minha - vai da plataforma descendente em que caíu há muitos anos para o fundo lodoso de onde só uma draga o tirará, se conseguir.
Não há problema.
O Tio Louçã salva a honra do convento.
Eurocépticos orfãos deste mundo, tendes no BE uma casa que vos acolhe de braços abertos...
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