terça-feira, dezembro 18, 2007

A SIC na limpeza de “el Comandante”


Dislates de imprensa (6)
(Opressão socialista 14)


Ontem, já era noite há muitas horas, a SIC Notícias transmitiu um documentário sobre Fidel Castro. A vida do actual ditador era contada desde o início da luta contra o ditador cubano que o precedeu, Batista. Mostrava imagens inéditas, pelo menos para mim, sobre a vida dos revoltosos em Sierra Madre e sobre o barco Granma. Mostrava acima de tudo um lírico que, à frente de um punhado de homens sem qualquer formação, procurava chegar ao poder.

E chegou ao poder com a fuga de Batista. Primeiro procurou o apoio dos Estado Unidos, via Eisenhower e Nixon. Obteve-o inicialmente. Mas depois a pouco e pouco a distância entre os dois países foi-se alargando. O principal crítico da falta de dureza na relação com Cuba era Kennedy. Aquele que depois viria a notabilizar-se pelo triste episódio da Baía dos Porcos.

Quando os EUA recusaram apoio, Castro virou-se para os comunistas e abraçou a “causa”. Depois disso a História é mais conhecida. Foi instalada uma ditadura governada por incompetentes que levaram aquele povo à pobreza e à miséria. Com eles estava Ernesto "Che" Guevara, um assassino argentino muito estimado.
Mas como já é costumeiro nestes casos, os pormenores pecam sempre pela escassez. O documentário ignora os cerca de 16 mil mortos com que Castro, Guevara e “sus muchachos” presentearam o povo cubano. Alguns mortos às mãos do próprio ditador. Pequeno pormenor, sem importância, que continua a explicar porque é que “el Comandante” continua a ser tão respeitado por esse mundo fora e foi tão bem recebido em Portugal pelo Eng. Guterres.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O Fidel não teve só coisas más: a ele se deve o maior museu automóvel mundial, com a colecção toda, ainda em circulação

12/18/2007 4:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Fidel não teve só coisas más: a ele se deve o maior bordel mundial, com as p.... todas, em circulação

12/18/2007 4:30 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

É, de facto, tudo muito mau.
Mas continua a haver norte-americanos que vão a Cuba fazer cirurgias complexas que ou não são feitas nos EUA ou não estão ao alcance das suas bolsas.
A ditadura cubana é, de facto, lastimável. Mas já teria acabado há muito tempo se os EUA terminassem um embargo económico que é uma relíquia da Guerra Fria e deixassem que, pelo desenvolvimento económico, o regime caísse de maduro e a Ilha seguisse o rumo normal das economias de mercado em países ex-comunistas.

12/18/2007 7:48 da tarde  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

Pode ser. Mas também já teria acabado se não tivesse sido alimentada do exterior e os países forçassem um embargo como fizeram com a África do Sul.

12/18/2007 10:01 da tarde  
Blogger L. Rodrigues said...

Ou seja, temos duas teses, mais embargo, menos embargo.
Tendo em conta o bem estar do povo cubano, que não é parte desinteressada nisto, creio que menos embargo seria de experimentar dado ser mais benévolo.

12/18/2007 10:20 da tarde  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

Caro l. Rodrigues,

Eu não sou propriamente defensor do embargo. Mas foi usado no passado com sucesso e resolveu a questão mais rapidamente do que se previa. A questão é que se houve consenso na condenação do "Apartheid", não há no caso de Cuba. E os americanos é que são os maus da fita porque fazem o embargo. Não é o Fídel por ter tornado o povo cubano miserável. Esta hipocrisia é que é o c(h)erne da questão.

12/19/2007 11:47 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home

BlogBlogs.Com.Br