a ler
"(...) Insinuar que foi a ininteligibilidade dos tratados que assegurou a liberdade, a segurança e a prosperidade na Europa não pode deixar de ser ofensivo para todos os que, num e noutro lado do Atlântico, deram a vida para a conseguir e para os povos e Estados europeus que abraçaram o desafio de reconstruir o continente, perseveraram na estabilização da democracia e procuraram viver em conjunto desde então. João Marques de Almeida sabe certamente o que são tratados mas não deixa de lhes conferir importância a mais e a menos num mesmo fôlego. Fiquei esclarecido." (João Vacas, no 31)
4 Comments:
Já li e realmente é inadmissível que uma pessoa que eu considerava inteligente escreva esta prosápia "bárbara". Será que o cargo que agora ocupa lhe deu a volta à cabeça? Confirma-se que o ambiente de Bruxelas é muito, muito pouco aconselhável ... mas revelador dos verdadeiros intentos de quem lá está (com as devidas e justas excepções para o João Vacas).
Ainda bem que temos o 31. Se não, como leríamos os nossos amigos?
Obviamente que não é a inintegibilidade dos tratados que assegura a paz e a prosperidade na Europa há mais de 50 anos, um período inigualado na história.
Quem os assegura é uma união sem precedente na história que levou 27 países a unirem-se num destino comum, certos de que só em paz e união se podem desenvolver harmoniosamente.
Quanto ao tratado, todos nós gostaríamos que ele fosse muito mais inteligível. Agora, alguém consegue a proeza de escrever um tratado inteligível que reuna o consenso (ou, pelo menos, não seja rejeitado) de 27 países e povos diferentes? Se houver, eu tiro já o meu chapéu e vou para a frente do movimento de oposição a este tratado. Agora, quando a alternativa a não termos este tratado é continuarmos a reger-nos pelas regras antigas, que são tão ininteligíveis como estas mas criam ainda uma UE ingovernável, então eu prefiro sinceramente aprovar este tratado que, pelo menos, define regras que funcionam.
Meu caro Zé Luís,
O argumento usado no artigo que critiquei não era esse.
Seja como for, a UE foi governável até agora e está por provar que as regras do Tratado de Lisboa melhorem essa governabilidade.
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