Feliz Natal
Nasce o Sol,
Nasce o Tejo,
Nasce um dente.
Nasce um cão
E uma série de gente.
Nasce uma nova nação
E mais uma associação.
Nasce um incrível evento,
Um perverso Papa
E um santo pensamento.
Nasce o neto ao Nascimento,
Nasce a mana ao João.
Tudo isso é bom, tudo isso é mau,
Tudo isso, humano.
O que é divino
É morrer o pecado
Só porque nasce um menino
Numas palhinhas deitado.
Nasce o Tejo,
Nasce um dente.
Nasce um cão
E uma série de gente.
Nasce uma nova nação
E mais uma associação.
Nasce um incrível evento,
Um perverso Papa
E um santo pensamento.
Nasce o neto ao Nascimento,
Nasce a mana ao João.
Tudo isso é bom, tudo isso é mau,
Tudo isso, humano.
O que é divino
É morrer o pecado
Só porque nasce um menino
Numas palhinhas deitado.
15 Comments:
Bravo! È de tua autoria?
Com uma ajudinha do meu irmão mais velho...
Espero que o Papa perverso seja o Alexandre VI...
Certamente que nos nossos dias não me ocorreria nenhum, graças, literalmente, a Deus.
Bonito! A versalhada em forma de meia árvore (que nesta quadra será de natal) é propositada ou é mera coincidência?
Meu caro ferndinand,
Nada que saia da pena do Jorge Lima é mera coincidência.
Ó Pombo, pera lá que esta foi mesmo coincidência. E confesso que ainda me passou pela cabeça prolongar os versos de baixo, para prolongar as ramadas, ou pelo contrário encurtá-los, para fazer o tronco, mas achei que era um bocado de mais (ou de menos, respectivamente...)
Ferdinand:
I resent «versalhada». Tsc tsc tsc...
Além de que um dia eu vou ser famoso, e quando na minha fotobiografia se perguntar quem chamou «versalhada» à minha obra sublime, a resposta será: «Personne».
Caro Nuno Pombo,
Permita-me corrigi-lo: do teclado e não da pena! Atendamos ao suporte em uso neste posto de lucubração.
Phestas phelizes como diria o do outro dia, que ainda as dá com ph
Ó Ferdinand sabes o que é mesmo bonito?
Desculpe lá repetir-me, mas está mesmo bonito!!!
Desculpe lá repetir-me, mas muito obrigado!
Jorge Lima, não tendo a pretensão de me medir consigo, junto envio, esta sim, uma verdadeira versalhada, para comemorar a quadra que se atravessa. Sugiro a sua leitura em ritmo rap:
Este ano não vai haver presépio:
A vaca está louca e não se segura nas patas;
Os Reis Magos não podem vir, porque os camelos estão no governo;
O Burro está na Escola a dar aulas de substituição;
A Nª Sra e o São José foram meter os papéis para o rendimento minimo;
A "Asae" fechou o estábulo por falta de condições Higiénco-Sanitárias;
E o tribunal de menores ordenou a entrega do Menino Jesus ao Pai Biológico
Santo Natal, para si e para os IV
Cara Anónima:
Antes de mais, permita-me presumir-lhe o género, porque só as senhoras apreciam poesia. Sei do que falo, porque desde que escrevi a tal versalhada, os meus amigos deixaram de me convidar para os copos e as minhas amigas, pelo contrário, começaram a contar-me as suas aventuras íntimas em tom cúmplice e sem se pouparem a pormenores.
Dito isto, o seu poema é muito mais realista que o meu. O Natal, qualquer crente o sabe, é encarnação, e este país está cada vez mais encarnado, o que rima com carenciado. Aguentemos, que nós, em sentido lato, é que os pusemezio-os lá.
Bom Natal, mesmo assim, pelo menos sob a forma tentada. E, como diz o Diabo, vale sempre a pena tentar.
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