quinta-feira, dezembro 27, 2007

Curiosidades históricas


Correndo o risco da simplificação, conhecida a existência de muitas esquinas nas vielas de uma vida, terá o 1º conde de Farrobo, Joaquim Pedro Quintela (1801-1869), homem opulentíssimo, ficado a dever o seu definitivo declínio à decisão da "questão" que o opunha ao capitalista de nome Pimenta. Este e outros desaires, a que não são alheias as almas sonhadoras e apaixonadas, depois do fausto com que pautou a sua vida, fê-lo abandonar o uso do título com que tinha sido agraciado em 1833, passando a usar apenas o que herdara de seu pai, o 1º barão de Quintela. Os seus palácios, tanto o da Rua do Alecrim como o das Laranjeiras, e o Teatro de São Carlos foram, pelo seu esforço e pelo desafogo dos seus cabedais, colocados no mapa das grandes realizações culturais da época.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É verdade, Mestre!
Onde aprendeste isso tudo?

12/27/2007 1:41 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

E seria possível traduzir todas essas obscuras referências para que um bom republicano possa entender onde é que o mestre Pombo quer chegar?

12/27/2007 2:40 da tarde  
Blogger Jorge Ferreira Lima said...

Pois, Sapientíssimo Milhafre, iluminai-nos...

12/27/2007 3:28 da tarde  
Blogger Jorge Ferreira Lima said...

O tempora, o mores! Hoje em dia, «Nobre» é nome de salsicha!

12/27/2007 4:56 da tarde  
Blogger Nuno Pombo said...

Oh meus queridos leitores, sossegai-vos. Desta feita, a minha explanação nada tem que ver com a querela república vs. monarquia. Pelo menos aparentemente. É certo que se anda para aí a propalar a ideia de ser a nobreza portuguesa, nos idos de oitocentos, uma obscura colecção de analfabetos e ignorantes. O que me pareceu curioso aqui é que um homem riquissimo e de poder, nos tempos em que, à falta do resto, pelo menos havia honra, permitiu fossem arbitrados os seus interesses, tendo acatado a decisão. E essa decisão, por lhe ter sido desfavorável, não só lhe trouxe a ruína financeira como lhe soube a desonra, pelo que, motu proprio, decidiu deixar de usar titulo que lhe fora legitimamente concedido. Quão longe estão as falências dos nossos dias, em que as familias dos trabalhadores são lançadas à miséria enquanto empresários falidos choram amargurados ao volante dos seus Ferrari.

12/27/2007 5:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para saber mais, rever o programa a Alma e a Gente, do Sr.Prof José Hermano Saraiva, exibido no canal nº 2, da Radio Televisão Portuguesa, em Vinte e Três de Outubro de Dois Mil e Cinco, entre as vinte e uma horas e as vinte e uma horas e trinta e três minutos (nesse dia chovia)

12/27/2007 11:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para rato de biblioteca andas a ver muita televisão...

12/28/2007 9:32 da manhã  

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