Cimeira UE- Àfrica (1): Imagem
Dislates de imprensa (4)
(Opressão socialista 12)
“Declaração de Lisboa”, “Espírito de Lisboa”, “Depois desta Cimeira nada será com dantes”, foram inumeros os chavões que o Primeiro-Ministro português ensaiou na semana passada e que apresentou ao longo do festim deste fim-de-semana. Os jornais portugueses alinharam no coro. Mas a imprensa estrangeira não é tão “naíf” nem precisa de mostrar que é nacionalista.
O Frankfurter Allgemeine, um dos principais jornais alemães, realçou a forte polémica entre África e a União Europeia que caracterizou o início da nova parceria. O The Guardian refere que as ameaças da UE em aumentar as tarifas à importação de produtos africanos fizeram resvalar os acordos comerciais. Este foi o principal fracasso da cimeira.
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Para os jornais portugueses foi um sonho tornado realidade. Na edição de Domingo do Público a sua editora de Internacional, Teresa de Sousa, resumia brilhantemente o resultado da propaganda conjunta Portugal-UE.
De fora ficaram dezenas de anos de desperdício de dinheiros públicos em Àfrica, de corrupção “canalizada” pelo hemisfério Norte. Não houve uma única palavra, nem na Cimeira nem nos jornais, sobre como garantir que não continua o “fartar vilanagem” que é a ajuda internacional aos países pobres.
De fora ficava o discurso inaugural do responsável da União Africana que, com o ressabiamento já habitual, veio a Lisboa culpar os países europeus pela pobreza que domina o “seu” continente. Foram os colonialistas os culpados, aqueles que ele veio agora visitar de mão estendida, mas sempre sem deixar de ameaçar abertamente com o apoio da China.
De fora ficaram também os protestos contra as Parcerias Especiais que, na óptica africana, não são mais do que tentativas europeias de voltar aos tempos do chamado colonialismo e da exploração do homem preto.
De fora ficaram ainda as referências a inúmeros ditadores que estiveram de passeio em Lisboa. As atenções centraram-se no Zimbabwe e no Sudão, os párias africanos “eleitos” pela comunidade internacional. Dos restantes ninguém falou. Kadaffi já passou essa fase e agora é um “amigalhaço” em cuja tenda devemos tomar chá.
De fora, finalmente, ficou o falhanço da UE em abrir os seus mercados aos países africanos.
(Opressão socialista 12)
“Declaração de Lisboa”, “Espírito de Lisboa”, “Depois desta Cimeira nada será com dantes”, foram inumeros os chavões que o Primeiro-Ministro português ensaiou na semana passada e que apresentou ao longo do festim deste fim-de-semana. Os jornais portugueses alinharam no coro. Mas a imprensa estrangeira não é tão “naíf” nem precisa de mostrar que é nacionalista.
O Frankfurter Allgemeine, um dos principais jornais alemães, realçou a forte polémica entre África e a União Europeia que caracterizou o início da nova parceria. O The Guardian refere que as ameaças da UE em aumentar as tarifas à importação de produtos africanos fizeram resvalar os acordos comerciais. Este foi o principal fracasso da cimeira.
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Para os jornais portugueses foi um sonho tornado realidade. Na edição de Domingo do Público a sua editora de Internacional, Teresa de Sousa, resumia brilhantemente o resultado da propaganda conjunta Portugal-UE.
De fora ficaram dezenas de anos de desperdício de dinheiros públicos em Àfrica, de corrupção “canalizada” pelo hemisfério Norte. Não houve uma única palavra, nem na Cimeira nem nos jornais, sobre como garantir que não continua o “fartar vilanagem” que é a ajuda internacional aos países pobres.
De fora ficava o discurso inaugural do responsável da União Africana que, com o ressabiamento já habitual, veio a Lisboa culpar os países europeus pela pobreza que domina o “seu” continente. Foram os colonialistas os culpados, aqueles que ele veio agora visitar de mão estendida, mas sempre sem deixar de ameaçar abertamente com o apoio da China.
De fora ficaram também os protestos contra as Parcerias Especiais que, na óptica africana, não são mais do que tentativas europeias de voltar aos tempos do chamado colonialismo e da exploração do homem preto.
De fora ficaram ainda as referências a inúmeros ditadores que estiveram de passeio em Lisboa. As atenções centraram-se no Zimbabwe e no Sudão, os párias africanos “eleitos” pela comunidade internacional. Dos restantes ninguém falou. Kadaffi já passou essa fase e agora é um “amigalhaço” em cuja tenda devemos tomar chá.
De fora, finalmente, ficou o falhanço da UE em abrir os seus mercados aos países africanos.
3 Comments:
Richard:
Relativamente ao teu título, noto uma deriva à esquerda em África?
Daqui a uns anos, quando rebentar a balcanização (ou a "jugoslavização") da UE e a Europa Unida implodir, esta Declaração de Lisboa, este "Espírito de Lisboa" e, principalmente, este "Tratado de Lisboa", serão sintética e tristemente recordados como "A Tragédia de Lisboa".
Jorge, São as derivas da vida ...
Caro JPG,
Infelizmente esse perigo é bem real apesar das pessoas optarem por ignorá-lo. A chamada Agenda de Lisboa já foi um primeiro sinal de voluntarismo e utopia desnecessária mas aquela rapaziada não gosta de aprender com os erros...
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