terça-feira, novembro 13, 2007

Viajando na maionese

O Daniel Oliveira, às vezes (generosidade minha), estica-se. E neste post, definitivamente, esticou-se. E como eu sei que ele sabe que nós sabemos que ele sabe alguma coisa de ciência política (isto soou estranho não foi?), levo a sua viagem na maionese à conta de má fé.
Um Rei, nas monarquias ocidentais, reina. Não governa. Não é ele, portanto, que "decide". O Rei, nas monarquias ocidentais, arbitra, intermedeia, promove a união. E é isso que as repúblicas não genuinamente presidencialistas pretendem ser. Sem sucesso, penso eu. É que o Rei, ao contrário do PR, não tem direito de voto. Não vota. Não tem (leiam bem) esse direito. Não pode tomar partido. Tem de resguardar-se dessa aritmética para poder ser cristalinamente livre. Não pode depender, para isso, de clientelas que, segundo oiço dizer, alimentam os eleitos e os sequiosos de reeleições. Ou seja, essa "ausência" de uma dita legitimidade democrática não é um pecado. É o maior trunfo.
Mas não devemos escolher quem nos Governa? Claro que sim. Sejam eles PM ou Chefe de Estado. Sim, porque há países em que quem manda mesmo é o Chefe de Estado. E quem manda na Venezuela é o presidente Chavez. Mais ninguém. E permitir que estes se perpetuem no "poder" (no poder em sentido próprio) é perigosíssimo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

e é porque reina e não governa que não deve participar em incidentes diplomáticos nem mandar calar ninguém. Felizmente está a chegar onde eu queria.

11/13/2007 11:58 da tarde  

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