ética
A propósito da lei do aborto, a Ordem dos Médicos afirmou que não vai alterar o seu código de deontologia. O bastonário Pedro Nunes explicou que nenhum médico será punido disciplinarmente se cumprir a lei, mas isso não implica que se altere a "ética" dos médicos. Tem toda a razão o bastonário. Para mais, quando ouvimos e lemos muitos dos que fizeram campanha pelo Sim afirmar que não se tratava de consagrar um direito mas sim não criminalizar as mulheres que ao aborto recorram. Faz, pois, todo o sentido que a OM, mantendo o seu "código de conduta" quanto a esta matéria, se limite a não penalizar os médicos que pratiquem abortos no estrito cumprimento da lei.
2 Comments:
Uma vitória contra a opressão socialista.
Como defensor do direito à vida, saúdo essa decisão da Ordem dos Médicos.
No entanto, como cidadão, não posso aceitar que um orgão que exerce, por delegação, funções soberanas do estado, tenha um código interno em discordância com a lei geral do país. É um perigoso princípio de divergência dentro do estado.
Assim, defendo que se retire às ordens profissionais todos os poderes que agora detêm de regulação legal das respectivas actividades profissionais. Passariam assim a ser, exclusivamente, o que sempre deveriam ter sido - órgãos puramente deontológicos - revertendo as funções soberanas de regulação para o âmbito do estado.
Não podemos é ter Sol na Eira e chuva no nabal: ter funções de estado quando interessa e ser independente do estado quando já não interessa.
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