segunda-feira, outubro 22, 2007

Ministério da Deseducação

A nova proposta do PS na área da educação consegue deixar-me sem palavras. Logo a abrir fico na dúvida se estaremos diante de uma concreta medida de combate ao absentismo, eivada de uma racionalidade que me escapa, se de um expediente de recurso para não coarctar a progressão académica do discente que, pese embora o número de faltas, consegue provar que adquiriu os conhecimentos necessários à transição de ano, para logo concluir que, na sua simplicidade, o Ministério que tutela a pasta em causa só pode estar a gozar.
Vejamos. O aluno ultrapassa o número de faltas legalmente previstas. Não interessa se ao abrigo de uma causa justificativa atendível ou não. Cai a reprovação automática para lhe ser concedida a possibilidade de realizar um exame aferidor da sua capacidade para transitar de ano. Ainda podia aceitar a eficácia, embora de duvidosa bondade, da solução. Porém, volto atrás e releio a notícia. Mesmo que o aluno obtenha nota negativa na prova, ele poderá passar para o ano seguinte.
Alguém me explica, então, por que razão não se admite o fim da reprovação por faltas?
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