Essa é a "bandeira de pretos" como disse o seu camarada republicano Guerra Junqueiro em 1911 aquando da vergonhosa "questão das bandeiras". Eu direi apenas que é feia comó raio.
o ZLM tem razão. A bandeira verde e rubra é a genuína. No sentido de que é a que genuinamente, pela influência jacobina, positivista, revolucionária, representa a degradação a que este país chegou quando Portugal deixou de o ser para passar a qualificar uma república.
Na verdade, isto não foi mais do que uma farpa aos meus confrades bloguistas. A verdade é que, também eu, acho que a bandeira é feia como o raio. Mas também, o que é que eu sei, visto que não me considero um bom patriota. A bandeira que ainda mais gosto é a das Nações Unidas, que é genuinamente bonita, além das promessas que trazia quando foi concebida.
Não gosto nada desta bandeira e é realmente feia como um raio. Contudo, mesmo jacobina, mesmo laicista e anti-clerical, mesmo maçonia é, para o bem e para o mal, a bandeira que neste momento representa o país. Por isso é realmente, por muito que me custe dizer, a minha bandeira.
É sempre mais fácil dizer que o passado é que era bom e que o presente não presta. Nenhum postador nem comentador deste blog estava vivo em 1910 (nem antes), portanto, não sabemos! Provavelmente, havia aspectos melhores e aspectos piores, como em tudo.
Dizer que antes é que era é a panaceia para todos os males.
O último anónimo é que disse tudo. Com todos os problemas que hoje haja, prefiro viver com o nosso actual estado de desenvolvimento face ao resto da Europa e do mundo do que com o estado de desenvolvimento relativo de 1909. As pessoas esquecem que Portugal era um país subdesenvolvido, com uma população iliterada, uma esperança de vida baixíssima e uma indústria praticamente inexistente. Hoje, pelo menos, temos uma literacia quase plena, a quinta mortalidade infantil mais baixa do mundo, uma esperança de vida entre as mais altas e tudo isso em paz social. E quase tudo foi conseguido nos últimos 30 anos, em democracia plena.
Caro José: Já tentou fazer as comparações em termos relativos com as outras nações? Qual é o nosso lugar, quais são as nossas vantagens relativas? De resto, muito mal estávamos se ainda andássemos de caleche e as mulheres não votassem. Obviamente promover o conhecimento da história não é alienação, antes é promover LIBERDADE ACRESCIDA. O que eu me insurjo é contra a história instrumental, mera propaganda do regime que ensinam nas escolas e é difundida nos media “oficiais”. Mas mais uma o problema não é para os meus filhos, a quem lhes incuto sentido crítico, e fontes alternativas. Aproveite a blogosfera José, leia e abra os seus horizontes, que aqui as perspectivas são mais largas.
Gostei da diversidade de opiniões. Mas achei que falta algo muito importante: deixar de se fixarem no passado e projectarem as vossas energias no futuro. Este está nas nossas mãos e, por isso, agora, devemos preparar o amanhã mais sorridente para os vindouros, filhos, netos, etc. Olhar atentamente no que nos resta e criar uma empatia, uma sinergia, que nos leve a fazer o milagre da multiplicação dos pães, imitando a Irlanda, os países nórdicos, etc. Começar pelo ensino, o civismo e por aí fora. Cumprimentos Do Miradouro
Bem, se voltarem a pôr a Bandeira Portuguesa, como é devido, de azul e branco, talvez o Povo - que hoje é mais igorante do que então com a diferença de que agora se diz que andaram na escola e, por isso, os licenciados são, em geral, uma nulidade -, talvez o Povo se levante e deite esta merda socialista abaixo para o esterco a que pertence.
Caro João Távora, se tiver o cuidado de ler o meu comentário, poderá ver que eu (apesar de iliterado) estava a falar em termos relativos. Eu digo explicitamente "face ao resto da Europa e ao mundo". De facto, o nosso subdesenvolvimento face ao mundo em 1909 era gritante. Portugal tinha níveis de desenvolvimento que o comparavam com um país do terceiro mundo. Está certo que em 1973 ainda estávamos possivelmente pior, de um ponto de vista relativo. Hoje, os nossos níveis de literacia, apesar de maus e preocupantes, já são os de um país europeu e o grosso da iliteracia remanescente é entre uma população idosa que não foi educada pelo regime anterior. Na saúde, demos um salto de gigante de que as pessoas não têm a mais pequena noção. Os índices de saúde primária passaram de uma anedota em 1909 (de novo em comparação com o resto do mundo desenvolvido) para alguns dos melhores do mundo. São números indesmentíveis e que, se o nosso amigo João Távora seguir o seu próprio conselho, encontrará em qualquer fonte reputada na Internet.
14 Comments:
Essa é a "bandeira de pretos" como disse o seu camarada republicano Guerra Junqueiro em 1911 aquando da vergonhosa "questão das bandeiras". Eu direi apenas que é feia comó raio.
Este comentário foi removido pelo autor.
Caro José, já agora explique-me, como se eu fosse muito burro, porque esta é genuína e as outras não?
Caro João,
o ZLM tem razão. A bandeira verde e rubra é a genuína. No sentido de que é a que genuinamente, pela influência jacobina, positivista, revolucionária, representa a degradação a que este país chegou quando Portugal deixou de o ser para passar a qualificar uma república.
Cumprimentos
Na verdade, isto não foi mais do que uma farpa aos meus confrades bloguistas.
A verdade é que, também eu, acho que a bandeira é feia como o raio. Mas também, o que é que eu sei, visto que não me considero um bom patriota.
A bandeira que ainda mais gosto é a das Nações Unidas, que é genuinamente bonita, além das promessas que trazia quando foi concebida.
Não gosto nada desta bandeira e é realmente feia como um raio. Contudo, mesmo jacobina, mesmo laicista e anti-clerical, mesmo maçonia é, para o bem e para o mal, a bandeira que neste momento representa o país. Por isso é realmente, por muito que me custe dizer, a minha bandeira.
Porque raio se mudou a bandeira quando se instaurou a merda da república?
É sempre mais fácil dizer que o passado é que era bom e que o presente não presta. Nenhum postador nem comentador deste blog estava vivo em 1910 (nem antes), portanto, não sabemos! Provavelmente, havia aspectos melhores e aspectos piores, como em tudo.
Dizer que antes é que era é a panaceia para todos os males.
O último anónimo é que disse tudo. Com todos os problemas que hoje haja, prefiro viver com o nosso actual estado de desenvolvimento face ao resto da Europa e do mundo do que com o estado de desenvolvimento relativo de 1909.
As pessoas esquecem que Portugal era um país subdesenvolvido, com uma população iliterada, uma esperança de vida baixíssima e uma indústria praticamente inexistente.
Hoje, pelo menos, temos uma literacia quase plena, a quinta mortalidade infantil mais baixa do mundo, uma esperança de vida entre as mais altas e tudo isso em paz social. E quase tudo foi conseguido nos últimos 30 anos, em democracia plena.
'Melhor que este iletrado malaquias só,talvez,o impagável vasco gonçalves.Só que esse tinha a desculpa de ser maluquinho.
Caro José:
Já tentou fazer as comparações em termos relativos com as outras nações? Qual é o nosso lugar, quais são as nossas vantagens relativas? De resto, muito mal estávamos se ainda andássemos de caleche e as mulheres não votassem. Obviamente promover o conhecimento da história não é alienação, antes é promover LIBERDADE ACRESCIDA. O que eu me insurjo é contra a história instrumental, mera propaganda do regime que ensinam nas escolas e é difundida nos media “oficiais”. Mas mais uma o problema não é para os meus filhos, a quem lhes incuto sentido crítico, e fontes alternativas. Aproveite a blogosfera José, leia e abra os seus horizontes, que aqui as perspectivas são mais largas.
Gostei da diversidade de opiniões. Mas achei que falta algo muito importante: deixar de se fixarem no passado e projectarem as vossas energias no futuro. Este está nas nossas mãos e, por isso, agora, devemos preparar o amanhã mais sorridente para os vindouros, filhos, netos, etc.
Olhar atentamente no que nos resta e criar uma empatia, uma sinergia, que nos leve a fazer o milagre da multiplicação dos pães, imitando a Irlanda, os países nórdicos, etc.
Começar pelo ensino, o civismo e por aí fora.
Cumprimentos
Do Miradouro
Bem, se voltarem a pôr a Bandeira Portuguesa, como é devido, de azul e branco, talvez o Povo - que hoje é mais igorante do que então com a diferença de que agora se diz que andaram na escola e, por isso, os licenciados são, em geral, uma nulidade -, talvez o Povo se levante e deite esta merda socialista abaixo para o esterco a que pertence.
Caro João Távora, se tiver o cuidado de ler o meu comentário, poderá ver que eu (apesar de iliterado) estava a falar em termos relativos. Eu digo explicitamente "face ao resto da Europa e ao mundo".
De facto, o nosso subdesenvolvimento face ao mundo em 1909 era gritante. Portugal tinha níveis de desenvolvimento que o comparavam com um país do terceiro mundo. Está certo que em 1973 ainda estávamos possivelmente pior, de um ponto de vista relativo. Hoje, os nossos níveis de literacia, apesar de maus e preocupantes, já são os de um país europeu e o grosso da iliteracia remanescente é entre uma população idosa que não foi educada pelo regime anterior. Na saúde, demos um salto de gigante de que as pessoas não têm a mais pequena noção. Os índices de saúde primária passaram de uma anedota em 1909 (de novo em comparação com o resto do mundo desenvolvido) para alguns dos melhores do mundo. São números indesmentíveis e que, se o nosso amigo João Távora seguir o seu próprio conselho, encontrará em qualquer fonte reputada na Internet.
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