terça-feira, setembro 11, 2007

mas

Independentemente das opções políticas de cada um, consideramos que há momentos em que não podemos vacilar na escolha do lado da barricada que queremos integrar. O 11 de Setembro é um desses momentos. Perante o maior ataque terrorista de sempre, que provocou cerca de 3000 mortos civis, há quem insista em tapar aquela hedionda brutalidade com comprometidíssimos "mas". E são estes "mas" que acabam por revelar quem é verdadeiramente livre nas suas convicções. A verdade é que podemos (e devemos, acrescentamos) condenar categoricamente, sem quaisquer tibiezas, os acontecimentos que marcaram uma nova era sem ter de apoiar, por esse motivo, a administração Bush, a política externa dos EUA, a opção de retaliação e os muitos disparates, criminosos boa parte deles, que se seguiram àquela barbárie. Aquelas imagens, que ainda castigam os olhos de quem tem memória, escreveram uma nova e expressiva página da história da brutalidade humana. E é isso, apenas isso, que queremos condenar. E condenar vivamente. Em nome de quantos tiveram de morrer por isso.

Nuno Pombo e Rui Castro

4 Comments:

Blogger José Luís Malaquias said...

A minha disputa é com a frase "E é isso, apenas isso, que queremos condenar".
Pois, não podem condenar "apenas" isso.
Porque tragédias como a do 11/9 aconteceram muitas nos últimos anos.
Morreram milhões no Ruanda, perante a impassividade internacional.
Morreram milhares no Líbano.
Morreram milhares no Afeganistão.
Morrem dezenas de milhares no Iraque. Até mesmo norte-americanos já morreram mais no Iraque do que naquele fatídico World Trade Center.
E, no entanto, nenhuma dessas incontáveis tragédias suscita o interesse, a comoção, as manifestações de solidariedade que suscita o 11/9. É só porque os que morrem nos outros lados não usam gravata?

Por isso, não pode ser "apenas" isso.

9/12/2007 12:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Malaquias,não percebes nada:o 11/9 é o início da tentativa de conquistar o Mundo pelo terrorismo islâmico e aplicação da "sharia": proibição do álcool, burkas,poligamia dos homens, mulheres tratadas como...,apedrejamento d quem tem relações sexuais antes ou fora do casamento,etc.
è "isto" que eles querem.Já percebeste?
Isto foi publicado em 1998 em Londres num jornal delíngua árabe.
è contra "isto" q se bate Bush!!!
E já agora, porque não falaste do genocídio racista islãmico no DARFUR, que é a maior tragédia actual, segundo Guterres?

9/12/2007 2:35 da manhã  
Blogger José Luís Malaquias said...

Caro anónimo,

penitencio-me por não ter incluído Darfur na lista, juntamente com dezenas de outros lugares de tragédia que o espaço me impede de nomear.
O facto é que se morre, vítima de atrocidades, um pouco por todo o mundo. Portanto, concordo com o Rui e com o Pombo quando dizem que não se pode pôr o "mas". Já não concordo quando colocam eles o "apenas".
Relativamente a esse fundamentalismo islâmico de que me fala, que me pareceu que não era o enfoque do post do Rui e do Nuno e por isso não o comentei, acho que o temos de condenar sem meias palavras.
"Mas" - e aí já tenho que pôr um "mas", porque a história não começou a 11 de Setembro - esse fundamentalismo islâmico teve as políticas do mundo ocidental na sua génese. Ninguém se lembrou das consequências quando armámos os Mujahedin para combater os soviéticos no Afeganistão. Ninguém se lembrou das consequências quando impusémos o Xá no Irão para nos dar petróleo barato. Ninguém se lembrou das consequências quando a Occidental Petroleum andou a alimentar ditadores fantoches pelo Médio Oriente que deram do ocidente uma imagem de corrupção, tirania e ausência de valores.

Por isso, em grande medida, o fundamentalismo islâmico foi alimentado pelo Ocidente e os mesmos erros que foram feitos nos anos 50 estão agora a ser repetidos no intervencionismo militar no Iraque.

9/12/2007 10:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Há gajos fanáticos. Os terroristas, os islamitas de um lado; os que os defendem e protegem do outro.
Uma porra...

9/13/2007 6:43 da manhã  

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