sexta-feira, setembro 21, 2007

Ainda Aquilino

Pedro Mexia, a propósito de Aquilino e da trasladação dos seus restos mortais para o panteão nacional, diz:

Aquilino, que é um grande escritor, não foi trasladado para o Panteão por ser um grande escritor. O que agora se homenageia é o carbonário, o bombista, o republicano, o «democrata». Razões não muito diferentes das que levaram Junqueiro ao mesmo pedestal. Mas isso também não tem mal nenhum. Cada regime tem os seus heróis.

Não contesto. Mas ver num bombista que atenta contra a vida do Rei um herói não pode deixar de ser o espelho da mediocridade deste nosso regime.

5 Comments:

Blogger Pedro Fontela said...

Sinceramente penso que isso depende da legitimidade do rei. Do ponto de vista republicano (o meu) ela é sempre nula - obviamente que há diferenças entre um regime monárquico meramente decorativo e outro com poder real.

9/21/2007 2:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Será que discordar da Monarquia dá o direito de atentar contra o Rei, assassinando-o?

Nuno

...

9/22/2007 5:57 da manhã  
Blogger José Luís Malaquias said...

Ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém.
No entanto, esses reis que tanto celebram tiraram a vida a muita gente. Mandaram torturar e matar muita gente e nem por isso deixam de ter ruas com os nomes deles, túmulos sumptuosos e as demais regalias.
Se vamos a ver o historial de todas as figuras gradas da Pátria, ninguém sai limpo.
Por isso, prestemos a nossa homenagem a Mestre Aquilino Ribeiro. Deus sabe como nos faria falta ter mais uńs dez como ele.

9/23/2007 4:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Há, seguramente, demasiada gentinha a verter ódio e sem saber de que fala.
No pouco tempo em que estão instaladas repúblicas cometeram-se os mais horrorosos crimes contra a humanidade, exactamene perpetrados pelos presidentes das ditas.

...

9/24/2007 4:40 da manhã  
Blogger Pedro Fontela said...

Nuno,

Depende do modelo monárquico... se estamos a falar de uma monarquia tipo Reino Unido actualmente claro que não! Nesse (e outros casos) existe meios pacíficos válidos de fazer valer os nossos pontos de vista. Noutra situação menos "positiva" acho que a morte do chefe de estado não deve ser de excluir - seja o sistema uma repúblcia ou uma monarquia.

9/24/2007 2:05 da tarde  

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