DIA MUNDIAL DA POPULAÇÃO
Foi ontem.
Já sabemos que a população está a decrescer e a envelhecer e que Portugal não é excepção nesta matéria. Os indicadores demográficos actualizados pelo INE confirmam-no: em 2006 nasceram menos 4100 bebés que em 2005, e desde 1935 que não havia tão poucos nascimentos. Mas mais importante que os números é o facto desta tendência se manter há 20 anos, de ainda não se ter invertido como já aconteceu, por exemplo, em França e na Suécia.
As portuguesas têm menos filhos e têm-nos mais tarde. E não se vislumbram medidas para alterar este quadro de extinção e envelhecimento, nomeadamente como as que foram recentemente aprovadas em Espanha, de apoio à mulher e à natalidade.
É verdade que o dinheiro não chega para tudo, no Estado como em nossas casas. Mas assim como não se admite levar os filhos ao cinema quando não se tem dinheiro para lhes dar de comer, também não faz sentido haver dinheiro para acabar com o aborto clandestino (!), promovendo-o no SNS ou patrocinando-o em clínicas privadas, e não se investir mais do que o pouquíssimo que se investe na alteração deste sentimento dominante que resume a mater(pater)nidade a um acto de coragem. Ter filhos é muito mais que um acto de coragem: é um acto de amor e de entrega para sempre (aqui não há divórcio!), vividos com consciência e responsabilidade. Os portugueses (e especificamente as portuguesas em idade fértil) não conseguem viver estas experiências e o Estado, que somos todos nós, não ajuda nem um bocadinho.
Não entendo a dificuldade em apoiar a velha e conservadora (???) causa da maternidade e a facilidade com que se copiam de outros países tudo o que são medidas em favor de causas e temas ditos modernos, defendidos como bastiões da liberdade e atraentemente apresentados a um povo que há muito embruteceu.
6 Comments:
Concordo com a Joana no que se refere à realidade portuguesa.
Já não é verdade no que se refere à situação mundial, onde a população continua a crescer sem controlo em muitos países, gerando uma espiral de pobreza e sofrimento.
Penso que será importante o mundo ocidental, com taxas de crescimento negativas, abraçar o multiculturalismo e abrir muito mais as fronteiras aos países mais pobres. Nós ficávamos com uma população jovem mais rica e esses países reduziam um pouco a sua pressão demográfica.
E, sobretudo, teríamos alguém para nos pagar as nossas reformas quando a altura chegar.
Certo Zé Luís. Naturalmente, referia-me à população ocidental e não mundial. Mas foi uma referência "de passagem", dado que o que realmente me preocupa é o nosso País...
Em Portugal é assim pq deixamos de ter Direita no parlamento.
Porque se pusessem a direita no parlamento decretava-se o dia nacional do "salta-lhe para cima"?
Porque será que ninguém corta os dedos a este anormal que é malcreado até dizer chega?
Será que as coisas na casa deste imbecil são assim?
...
«Porque se pusessem a direita no parlamento decretava-se o dia nacional do "salta-lhe para cima"?»
Mantendo o nível, eu passo a explicar devagarinho, muito devagarinho: políticas de natalidade;
-IMI em função da dimensão do agregado familiar
-IRS com dedução espefícica por cada menbro do agregado.
-adopção do coeficiente familiar
-IA diferenciado para famílias numerosas para veículos de 7 lugares
-Abono de família atribuído em função dos rendimentos e generoso para famílias numerosas
-Bónus/malús na reforma das mulheres em função do nº de filhos.
-escola com professores empenhados para evitar explicações extra
-liberdade de escolha na educação para as famílias não se terem de sujeitar à escola de residência
-preços do SNS diferenciado para famílias numerosas.
-IVA de 5% nas chupetas e toalhetes
http://www.apfn.com.pt/
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