quarta-feira, junho 20, 2007

Notas de um debate...

É sabido que o formato não augurava nada de particularmente entusiasmante. Contudo, mesmo assim, houve momentos interessantes. Estas são as notas de espectador furtivo.

António Costa - Logo nos primeiros minutos se percebeu que era ele o próximo presidente da Câmara. Soube chamar a si esse estatuto e não permitiu que lho tirassem. Encarava as tiradas dos demais candidatos como se estivesse a ouvir populares numa sessão de esclarecimento no salão do centro recreativo da Ajuda. Ganhou.
Fernando Negrão - Como é que um homem que me parece intrinsecamente competente e bem formado se imola daquela maneira? O tropeção em Setúbal... Uma ideia para Lisboa? Hummm…. Já sei! Ambiente! Foi pena.
Ruben de Carvalho – Com ar furibundo de quem acabara de assistir ao espancamento de toda a Família, não se cansou de distribuir fruta. Pena que se tenha lembrado pouco da Câmara de Lisboa. E, convenhamos, falar de “trabalhadores” por tudo e por nada, já cansa.
Carmona Rodrigues – É um eterno optimista. Ora aí está um tipo que faz falta para erguer a nossa auto-estima. Onde todos, e bem, vêem ruínas e desgraça, ele descobre jardins frondosos e paradisíacos. Temo que o optimismo seja apenas falta de lucidez, sobretudo política.
Telmo Correia – Nem tão bom como ele acha, nem tão mau quanto se receava. Lixou-se com o lixo. É ágil mentalmente, mas talvez a sua iteração (dele próprio) não credibilize o que devia ser uma verdadeira lufada de ar fresco. Provou do veneno que o chefe costuma reservar às suas vítimas, quando Sá Fernandes lhe pediu para identificar três, apenas três, dos milhares de prédios devolutos pertencentes à Câmara. Se calhar não gostou, mas houve espectadores que se riram.
Helena Roseta – a Mãe. Puxou as orelhas a todos os meninos sem excepção, dizendo que, para serem bonzinhos e irem para o Céu, tinham de brincar todos uns com os outros. Os meninos não ousaram mandar calar a Mãe. Nem mesmo quando ela falava, falava e não dizia coisa nenhuma. Vê-se que gosta deste papel. De embrulho. Sinceramente, acho que não faz falta. Nem na Câmara.
Sá Fernandes – É o maior! Eu, eu, eu, eu. E ainda eu, eu, eu, eu. E já me esquecia de falar de mim: eu isto, eu aquilo. Um tipo tão bom não merece a Câmara de Lisboa. Merece um palco muito maior. De preferência longe. Muito longe.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sou lisboeta mas se fosse jamais votaria na lista da sra deputada amiga-da-paneleirada.

Parece mentira...

http://www.ilga-portugal.pt/noticias/agenda20070615.htm

Tudo num debate promovido pela Associação ILGA Portugal:

Teresa Caeiro (CDS-PP) referiu o artigo 13º da Constituição, dizendo que a discriminação deve ser combatida sem tréguas (política de tolerância zero), nomeadamente na política de habitação. Manifestou dúvidas quanto à necessidade de visibilidade LGBT. Afirmou o seu apoio a medidas de formação anti-discriminação bem como a aquisição de bibliografia de temática LGBT nas bibliotecas municipais.

Relativamente ao Arraial Pride, manifestou o apoio à sua centralidade, desde que salvaguardados aspectos ambientais e de ruído. Referiu ainda ter sempre sido apoiado pelo CDS-PP o Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. Defendeu também a formação de funcionári@s da CML contra a homofobia, bem como junto das escolas. No que diz respeito ao CCGLL, afirmou que a Câmara teria que ser “pessoa de bem” enquanto proprietária.

6/21/2007 1:46 da manhã  

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