Não
E eis que pela manhã somos confrontados com a inquirição: porque não podia ser Jesus Cristo comunista?
E a resposta afigura-se simples. Não poderia sê-lo porque o comunismo, com a sua intenção comunitária, olvida o ser pessoa, para dissolver o homem no todo societário. Padece do extremismo que, nos antípodas, o liberalismo libertário carrega. Quer a hipertrofia do indivíduo, quer a hipertrofia societária contendem abertamente com a essência predicativa daquele que, mais do que simples súmula de razão e instinto, é portador de uma dimensão espiritual que, fazendo dele único e irrepetível – e como tal portador de uma pretensão de respeito pela sua individualidade -, o impede de se fechar no isolamento atomista do seu eu para o levar ao encontro ético – e solidário – com o outro, através do qual se reconhece.
Acresce que a nota de materialismo, informadora do comunismo, torna-o desvalioso. Abdicando da axiologia determinante do viver gregário, abre a porta a todos os totalitarismos de que as trágicas experiências históricas dão conta.
Totalitarismos que, se no plano político puro se entendem pela falência da pressuposição, ex ante, do dado material, se tornam facilmente perceptíveis – num juízo compreensivo global – se percebermos que o comunismo, na sua radical matriz marxista, cometeu o erro de colocar o homem no centro do mundo, tornando-o – presunçosamente – senhor todo poderoso da terra e reservando-lhe o papel outrora cometido a Deus.
De ópio do povo resvalamos, uma vez constatada a falência do modelo económico assente na dialéctica em que a infraestrutura tudo comanda, no ataque desbragado e mesquinho a toda a forma de religiosidade, erigindo a espiritualidade e os valores primordiais da civilização ocidental no monstro a abater.
É esta a maldade intrínseca da esquerda que nesta casa incontinente combatemos.
Maldade da ideologia que muitos, pela bondade que no seu ser se intui, acabam por acolher, em nome da defesa dos mais fracos. Sem que percebam que, entre o tudo e o nada, há um tertium datum a fazer a diferença. E que é preferível, porque não aliena, mas emancipa.
E a resposta afigura-se simples. Não poderia sê-lo porque o comunismo, com a sua intenção comunitária, olvida o ser pessoa, para dissolver o homem no todo societário. Padece do extremismo que, nos antípodas, o liberalismo libertário carrega. Quer a hipertrofia do indivíduo, quer a hipertrofia societária contendem abertamente com a essência predicativa daquele que, mais do que simples súmula de razão e instinto, é portador de uma dimensão espiritual que, fazendo dele único e irrepetível – e como tal portador de uma pretensão de respeito pela sua individualidade -, o impede de se fechar no isolamento atomista do seu eu para o levar ao encontro ético – e solidário – com o outro, através do qual se reconhece.
Acresce que a nota de materialismo, informadora do comunismo, torna-o desvalioso. Abdicando da axiologia determinante do viver gregário, abre a porta a todos os totalitarismos de que as trágicas experiências históricas dão conta.
Totalitarismos que, se no plano político puro se entendem pela falência da pressuposição, ex ante, do dado material, se tornam facilmente perceptíveis – num juízo compreensivo global – se percebermos que o comunismo, na sua radical matriz marxista, cometeu o erro de colocar o homem no centro do mundo, tornando-o – presunçosamente – senhor todo poderoso da terra e reservando-lhe o papel outrora cometido a Deus.
De ópio do povo resvalamos, uma vez constatada a falência do modelo económico assente na dialéctica em que a infraestrutura tudo comanda, no ataque desbragado e mesquinho a toda a forma de religiosidade, erigindo a espiritualidade e os valores primordiais da civilização ocidental no monstro a abater.
É esta a maldade intrínseca da esquerda que nesta casa incontinente combatemos.
Maldade da ideologia que muitos, pela bondade que no seu ser se intui, acabam por acolher, em nome da defesa dos mais fracos. Sem que percebam que, entre o tudo e o nada, há um tertium datum a fazer a diferença. E que é preferível, porque não aliena, mas emancipa.
1 Comments:
Assim como nem toda a direita se revê em Pinochet, nem toda esquerda é totalitária e centralizadora.
Foi sintomático neste post como se pegou no comunismo e nos seus maus exemplos para pintar toda a esquerda e a sua "maldade intrinseca".
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