a democracia fica-Te tão bem
Cavaco e Sócrates vão dando cada vez mais sinais de que o referendo sobre o novo tratado europeu (constituição, tratado, convenção colectiva, whatever) já era. Cá, como lá (no estrangeiro), teme-se que o povo, em liberdade, opte por rejeitar aquilo a que denominamos por bem comum. Para o evitar (repito, que o povo, em liberdade, escolha) nada mais fácil: não se faz referendo. Desculpas há muitas, desde a simplicidade do tratado à inconveniência de mais uma consulta popular. No fundo, pretende-se evitar mais chumbos. E, para isso, nada mais fácil que evitar novas consultas.
O povo, que em condições normais votaria sim de forma esmagadora, percebe que o seu discernimento político é cada vez menos considerado por aqueles que o governam; os mesmos que o povo estúpido elegeu.
Leio, entretanto, que alguns vão mais longe, defendendo que o referendo só é um instrumento legítimo e adequado para as questões menores (Sérgio Sousa Pinto, no dn, via Gabriel). Não posso deixar de concordar: referende-se o Sérgio Sousa Pinto.
3 Comments:
Muita gente que teria votado contra o defunto tratado em nome do bem comum, por isso não tenho a certeza de seguir o seu raciocínio...
está um "que" a mais, perdão...
Caro I. Rodrigues,
No dia em que seguir (no sentido de concordar, como é óbvio) o meu raciocínio ficarei preocupado.
Estou convicto de que uma larga maioria de cidadãos eleitores votaria Sim num referendo ao tratado europeu, apesar de reservas naturais relativamente a algumas matérias.
Suspeito, aliás, que por cá não se compreenda a razão de ser do chumbo ocorrido, por exemplo, em França.
Cumprimentos
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