cachimbo
Paulo, apesar de ser contra o novo aeroporto, a verdade é que a localização OTA (opção fechada e sem necessidades de mais estudos) constava já do programa de Governo. Não posso, pois, concordar quando escreves:
Em democracia o poder pertence aos cidadãos que na impossibilidade prática de o exercerem directamente (lamento camaradas mas não resulta mesmo) elegem os seus representantes a quem atribuem um mandato popular. A construção de um novo aeroporto internacional é um exemplo de uma decisão que pela complexidade técnica não pode ser tomada directamente pelo Povo (...) Esse será momento um teste decisivo à credibilidade deste Governo. Das duas uma. Ou confiamos no Primeiro-Ministro – e MOP mesmo que se chame Mário Lino – para tudo visto e ponderado decidir segundo o interesse nacional. Ou não confiamos. E se não confiamos mais vale trocar de governo porque este já não lá está a fazer nada.
Quem não concorda, como eu (e tu) com a opção, pode e deve lutar para tentar alterá-la, mas pretender fazer cair o Governo por não aceitar debater um assunto que antes das eleições era já um dado adquirido talvez seja excessivo, digo eu.
3 Comments:
Tanto quanto me lembro, já houve governos que caíram por menos. E não é preciso recuar muito tempo.
Rui, no meu texto não peço a queda do governo aliás sou institucionalista e pela estabilidade.
Chamo apenas a atenção para que, em última análise, temos mesmo de confiar no juizo político e técnico do Governo porque tem um mandato popular legítimo.
abraço
P.
E tudo o resto que fazia parte do programa de governo e devia ser fundamental? Perguntaram a alguém se se importava por fazerem o contrário? E a confiança que está subjacente ao voto entregue?
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