Açores, essa bela localidade
Indignam-se quais fariseus perante consciências alheias. Falo, como não podia deixar de ser, das Dupond e Dupont das causas fracturantes em Portugal. O problema agora são os malandros dos médicos que têm o descaramento de alegar objecção de consciência perante a possibilidade de serem obrigados a fazer um aborto só porque sim. A mais recente "causa" centra-se nos Açores, onde todos os médicos serão objectores de consciência. Indignadas, questionam o que farão as pobres mulheres para pôr termo à gravidez, sendo obrigadas a viajar para o continente para o fazer. Sem querer perder muito tempo com quem o não merece, limito-me a perguntar onde andaram estas 2 senhoras quando durante anos e anos (e ainda hoje), grávidas e doentes, residentes nos Açores, tiveram de viajar para o continente para obter decente acompanhamento médico ou sujeitar-se à falta de condições existentes nas ilhas? Quando as futuras mães, em pleno trabalho de parto, se confrontam com a relutância dos profissionais de saúde em administrar-lhes epidural, dada a sua escassez? Quando perante DOENÇAS, doentes e familiares se vêem confrontados com a incapacidade das unidades de saúde locais para os tratar condignamente?
Seria, pois, bom que certas e determinadas pessoas, antes de pisar a consciência dos outros, percebessem quão vazias se encontram as suas.
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