There's no business like show business
Há alguns meses telefonei a um amigo meu para lhe dizer que o tinha visto na televisão, em determinado programa. Quando atendeu o telefone não ficou espantado e disse-me apenas que, há anos que escrevia diariamente nos jornais, e que nunca tinha sido tão "felicitado" como após aquela aparição de cinco minutos na televisão.
A televisão é sem dúvida o meio de comunicação mais poderoso até agora inventado, mas não podemos esquecer que é um meio "público", cuja exploração é dada em concessão a privados, que têm de cumprir com determinados requisitos. É importante que o cumprimento destas regras ser verificado regularmente, e deve ainda ser tido em causa que a televisão é o meio de formação por excelência da população em geral.
Não quero com isto defender que não deva haver pluralidade de opiniões na televisão. Não defendo nada parecido com o "sistema Hugo Chavez", o que entendo que deve haver é uma política estrita de qualidade, pois a educação da população passa em grande parte por aí.
Por esta altura devem estar a pensar: o que é que faz este gajo, vir para aqui com esta cantilena, nesta altura do campeonato? Será por causa da cobertura do desaparecimento de Madeleine Mccann? Não. O que me fez pensar neste assunto foi uma notícia extraordinária que dá conta de que a Endemol vai arrancar com um novo reality show, onde uma doente terminal de 37 anos vai escolher de entre vários concorrentes, quem vai ficar com os seus rins.
Acho que não preciso dizer mais nada. Está tudo dito.
3 Comments:
Deus nos acuda!!!!!Tá tudo parvo!!!!
Eu até ia postar sobre o assunto. Mas não é mesmo preciso dizer mais nada. Obg.
A tv, a rádio e os jornais poderiam ser um meio de formação se quem escreve e quem lê soubesse Portugês e o que está a dizer.
Ninguém ou quase ninguém sabe, revelando uma terrível ignorância.
Os dois melhores exemplos são o muito apreço dos intelectualóides Portugueses pelo canal 2 da RTP e pelo que chamam canais temáticos (Discovery, Odisseia e História).
O canal 2 é uma trampa que repete aqueles canais e não tem mais nada além do excelente José Hermano Saraiva.
Os tais temáticos têm, de facto, bastante sumo. Porém, quem traduz não sabe o que faz e os papagaios que fazem a locução nem sequer sabem pronunciar correctamente os nomes fundamentais.
Se deixassem continuar o velho esquema das legendas sempre se podia ouvir a versão original.
Enfim, uma chatice.
Nuno
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