Sobretudo são maquiavélicos. Nunca tinha percebido como é que um falcão como o Ariel Sharon de repente se tornou numa pomba e resolveu entregar de repente a faixa de gaza à autoridade palestiniana.
Mesmo dando de barato que estes confrontos não têm o dedo de Israel e que os palestinianos não precisam da ajuda de ninguém para andarem ao tabefe, não deixa de se ver o génio maquiavélico de Sharon: entregar-lhes a faixa de gaza foi oferecer-lhes a corda para eles próprios se enforcarem. Israel ficou bem visto aos olhos do mundo e os palestinianos perdem a credibilidade para reclamar a auto-determinação.
E a Terra gira ao contrário, por mais que possa parecer o contrário. Eu na faculdade também fazia umas demonstrações assim duns teoremas , quando não estava seguro da matéria: do fim para o princípio. A tese é tudo, a realidade que se adapte. Os Judeus são mauzões, os Árabes são bonzinhos, um beiijinho, dorme bem.
Mas neste caso, o teorema é indeterminado, porque ninguém sai bem na fotografia. Os palestinianos demonstraram que não se podem governar a eles próprios e que, portanto, não merecem a independência que reclamam. Os israelitas demonstraram o seu génio (não é à toa que todas as grandes potências ao longo da história se foram abaixo no dia em que os expulsaram), ao conceberem um plano em que, fazendo o que lhes pediam, conseguiram mais do que alguma vez conseguiriam com buldozers, tanques e helicópetros. Neste caso, acho que até quem fica mais mal visto são os palestinianos, pelo que não entendo a indignação semítica do Jorge.
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Sobretudo são maquiavélicos.
Nunca tinha percebido como é que um falcão como o Ariel Sharon de repente se tornou numa pomba e resolveu entregar de repente a faixa de gaza à autoridade palestiniana.
Mesmo dando de barato que estes confrontos não têm o dedo de Israel e que os palestinianos não precisam da ajuda de ninguém para andarem ao tabefe, não deixa de se ver o génio maquiavélico de Sharon: entregar-lhes a faixa de gaza foi oferecer-lhes a corda para eles próprios se enforcarem. Israel ficou bem visto aos olhos do mundo e os palestinianos perdem a credibilidade para reclamar a auto-determinação.
E a Terra gira ao contrário, por mais que possa parecer o contrário. Eu na faculdade também fazia umas demonstrações assim duns teoremas , quando não estava seguro da matéria: do fim para o princípio. A tese é tudo, a realidade que se adapte. Os Judeus são mauzões, os Árabes são bonzinhos, um beiijinho, dorme bem.
Mas neste caso, o teorema é indeterminado, porque ninguém sai bem na fotografia. Os palestinianos demonstraram que não se podem governar a eles próprios e que, portanto, não merecem a independência que reclamam. Os israelitas demonstraram o seu génio (não é à toa que todas as grandes potências ao longo da história se foram abaixo no dia em que os expulsaram), ao conceberem um plano em que, fazendo o que lhes pediam, conseguiram mais do que alguma vez conseguiriam com buldozers, tanques e helicópetros.
Neste caso, acho que até quem fica mais mal visto são os palestinianos, pelo que não entendo a indignação semítica do Jorge.
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